Capítulo 29

26.7K 3.3K 3.6K
                                    

Sento em uma mesa no canto e Matthew me acompanha sentando na minha frente, a única coisa que nos separa é uma pequena mesa de madeira

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Sento em uma mesa no canto e Matthew me acompanha sentando na minha frente, a única coisa que nos separa é uma pequena mesa de madeira.

— Vai beber alguma coisa? — Ele pergunta distraído, olhando para a decoração acolhedora do bar. Ele é pequeno, tem poucas mesas e poucas cadeiras, no máximo umas seis ou sete já que a maioria das pessoas sentam em frente ao balcão para facilitar o pedido das bebidas. O bar por incrível que pareça é bem aconchegante, as luzes são escuras para dar um clima mais noturno, tem uma lareira no canto que não está acesa por conta do aquecedor que já está ligado. Do outro lado do bar eu consigo ver um pequeno palco onde as pessoas estão indo para cantar, é uma espécie de Karaokê. É um lugar que com toda certeza o meu pai gostaria de conhecer, ainda mais pela bebida.

— Eu não bebo.

— Eu já deveria imaginar. — Ele abre um sorriso. — Como você não vai beber, eu também não irei. Vamos pedir batatas fritas.

Rio e desvio o meu olhar do seu.

— Não precisa, Matt, pode beber se você quiser. Eu não ligo. — Dou de ombros. Eu lidei a vida inteira com o meu avô afogando as suas mágoas na bebida, já estou acostumada em ver as pessoas a minha volta beberem.

Ele me encara por alguns segundos como se estivesse esperando eu mudar de ideia, mas eu não mudo, e então ele desvia o olhar e chama o garçom, que no mesmo segundo corre até nós.

— Boa noite! O que vocês irão querer?

— Uma porção de batatas fritas e um copo de Whiskey. — Ele pede sorrindo e o garçom assente com a cabeça indo até o balcão, onde todos os outros funcionários estão trabalhando.

— Tem certeza que não se incomoda se eu beber?

— Tenho. Não tem problema algum, Matthew. — Abro um sorriso para tranquiliza-lo.

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Nem parece que já se passaram um mês e dezoito dias. O tempo passou tão rápido. — Comento rindo. — Nem acredito que a competição de skiing é daqui à dois dias. Você vai participar?

— Provavelmente não. Agora eu só quero esquiar por diversão, não quero mais todo aquele peso da competição em minhas costas, ainda mais porque eu sou uma pessoas extremamente competitiva, não daria certo.

— Entendo. — Digo. — Estou muito feliz por você ter voltado à esquiar. Consigo ver em seus olhos que está feliz com tudo isso.

— Muito. Eu achei que eu nunca iria conseguir voltar para a pista, sabe? E agora parece que tudo mudou...sei lá parece que eu nasci para fazer isso entende? É uma loucura. Obrigado Julieta, por fazer isso acontecer.

— Você não precisa me agradecer. Lembra que você fez uma cirurgia e ficou de cama durante sete dias por minha causa? O que eu fiz por você não chegou nem perto do que você fez por mim. Obrigada.

60 dias com eles Where stories live. Discover now