Capítulo 32

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Nathalie narrando

— Até mais, Nicolle! — Aceno para a garota que entra dentro do carro que seu pai está dirigindo.

— Até mais, meninas, obrigada pela ajuda. — Ela sorri, acenando.

Eu e Kylie voltamos para o jardim e encontramos Julieta sentada sozinha no canto ao lado das flores, ela está com a cabeça entre os joelhos, parece estar tremendo. Kylie não vê, ela está ocupada falando da sua fome e da sua pizza que está dentro do banheiro.

— Kylie...eu vou ficar aqui fora um tempinho, ok? Daqui à pouco eu vou entrar de novo. — Aviso e ela dá de ombros, entrando na casa.

Vou até a Julieta e sento ao seu lado. Consigo escuta-lá chorando e isso me deixa preocupada. O que deve estar acontecendo com ela? Passo minhas mãos pelas suas costas e a abraço. Eu acredito que agora não seja um bom momento para eu fazer perguntas e a deixar atormentada. O melhor que posso fazer agora é tentar acalma-lá.

— O Ethan...eu odeio ele. — Julieta grita em meio de várias lágrimas.

— O que esse idiota fez dessa vez?

— Ele... — Ela soluça. — Me beijou na frente do Matthew propositalmente.

— Sério?

— Sim. O Matt está triste, Nath. E eu estou ainda mais triste porquê eu já senti a mesma dor quando ele beijou aquela garota na minha frente, mas a diferença era que na época nós dois não tínhamos nada. E agora temos. Consigo imaginar a dor que ele está sentindo, e isso dói em mim também. Ainda mais porquê o Ethan é um dos seus maiores inimigos. Ele chorou. E isso partiu o meu coração. A minha vontade é de bater no Ethan até ele pedir perdão por toda essa confusão que ele está causando. E o pior, ele encostou em mim e me beijou sem o meu consentimento. Isso é assédio, e ele vai pagar por isso. — Digo.

— Deixa que eu dou um jeito nesse Ethan. — Eu levanto, com a raiva e o ódio daquele garoto me atingindo por inteira. — Já volto!

— O que você vai fazer? — Julieta levanta também e corre até mim com sua voz chorosa. — Não faça nada por impulso, Nathalie!

Abro um sorriso maligno, mando uma piscadela para a minha irmã e ergo a minha cabeça.

— Se é guerra que ele quer, é guerra que ele terá.

Entro dentro da casa e de longe já consigo ver o babaca bebendo a sua cerveja no canto com os amigos. Eu reviro os meus olhos e ando até ele. Paro em sua frente o encarando e o empurro contra a parede. Ethan e todos os seus amigos arregalam os olhos, parecem estar assustados.

— Se você tocar na minha irmã mais uma vez eu juro que acabo com toda essa sua vida miserável. — Sussurro perto do seu ouvido. — Eu não sei se um idiota como você sabe, mas a Cléo Jensen é a minha amiga, e nessa casa tem várias câmeras espalhadas. Seria fácil demais conseguir a sua filmagem com a minha irmã. — Sorrio de uma forma maligna. — Eu, como uma boa garota, poderia espalhar esse vídeo para todo mundo, e não seria nada legal. Acabaria com a sua carreira de esquiador em Killa. — Eu sorrio mais uma vez.

Consigo ver o seu rosto ficar cada vez mais vermelho. Ethan deve estar se sentindo impotente.

— Sua vadia! — Ele sussurra e como resposta eu dou um chute em suas partes íntimas. Ele uiva de dor.

— Recomendo que não brinque com fogo, Ethan, a água do seu balde pode não ser suficiente para apagar.

Todos riem da cara do Ethan que está estático no mesmo lugar em que eu o deixei.

60 dias com eles Where stories live. Discover now