Capítulo 18 - À espera.

42 4 0
                                    

Virei e caminhei para casa, desta vez ele não me impediu, apenas me acompanhou de volta a tribo, alguns passos atrás de mim.

− Não precisa me levar até em casa. – disse, sem olhar para ele.

Apressei meus passos e sai de perto dele. Não poderia ir direto para casa, então fui até a casa de Chad, ver como ela estava.

Ela me recebeu e me abraçou quando o choro incontrolável veio.

− Chad... como você está? Soube que papai esteve aqui...

− Oh, minha criança...estou bem...perdoe-me por não poder guardar seu segredo.

− Eu que peço perdão Chad, por ter exposto você.

Em seus braços pude desabafar e me acalmar. Acabei adormecendo em sua casa.

Meu sono foi conturbado, pesadelos me assombraram. Uma criança - um menino - vinha ao meu encontro e estendia sua mão. Eu tentava alcança-lo, mas não conseguia. Então ele me disse: "Cuidado mamãe, o inimigo está próximo!". Acordei assustada e aquelas palavras ecoaram em minha cabeça. Não sabia por quanto tempo havia dormido. Chad me ofereceu um chá calmante e aquilo bastou para que eu apagasse.

Ela estava ao meu lado quando abri meus olhos.

− Querida, que bom que acordou, fiquei preocupada. Você dormiu por um dia inteiro e agora pouco estava se debatendo. Foi um pesadelo?

Sentei-me, ainda um pouco zonza.

− É sério, Chad? Estava exausta... foi um pesadelo, apenas isso.

− Seu pai esteve aqui, várias vezes, preocupado com você.

− Papai... – foi o que consegui dizer.

− Fiz uma sopa deliciosa para você, querida. Espere, já volto.

Ela saiu e voltou com um prato quente de sopa. Pelo cheiro, parecia delicioso.

Mas, quando a primeira porção da sopa caiu em meu estômago, tive enjoo e corri para a janela do quarto vomitar.

Chad veio atrás de mim.

− Ailyn... você está grávida?

Olhei para ela, sem poder acreditar naquilo. Eu, grávida?

− Não... Chad... não poderia.

− É claro que poderia. Faz quanto tempo que seu período não vem?

Tantas coisas acontecendo em minha vida, que não prestei atenção nisso.

− Sinceramente... eu não sei...talvez um mês? – dei de ombros.

− Provavelmente carrega uma criança em seu ventre. – disse colocando sua mão em minha barriga.

Olhei para minha barriga e também coloquei minhas mãos nela. Um bebe... um filho de Kizar. Lembrei-me do pesadelo do menino me chamando de mamãe.

− Chad... o que farei? O que será de mim? – estava perdida!

− Não se preocupe querida, tudo ficará bem.

− Chad, ninguém pode saber, muito menos papai e Kizar.

− Mas, Ailyn, Kizar deve saber - ele é o pai!

A Luz e o Herdeiro (Completa)Where stories live. Discover now