Capítulo 13: Revelação

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Minha cabeça rodava e minha visão estava turva, flashes de luz me cercavam com imagens que me atormentavam, algumas pessoas apareciam na minha frente, rotinas, conhecidos, costumes...esses rostos, essas pessoas.... Todas familiares, eu as conhecia de algum lugar, de algum jeito sabia quem eram todas elas. Simon Clodervilt, Caleb Nichlos, Jason Flynders... Charles Xavier. Sim, todas essas pessoas em que eu já toquei estavam dentro de minha cabeça, cada pensamento, opinião, conhecimento e energia dessas pessoas rodavam dentro de mim como se estivessem aprisionadas, cada memória guardada em algum lugar dentro de mim. Fecho meus olhos com forças e ponho as mãos na cabeça, soltando um grito abafado e silencioso, abro os olhos e percebo estar em outro lugar, um casa um tanto aconchegante, uma mulher com longos cabelos castanhos caídos nas costas estava sentada de costas para mim virada para a lareira acesa que aquecia o lugar, me aproximo e percebo que, em seu colo, manchas de sangue se formavam, ela olhava fixo para as chamas que balançavam sem ritmo.

- Por que saiu do quarto?

-Ma... Mamãe?

-Borboletinha, você não devia ter saído do quarto- ela se vira para mim, eu podia ver o corte em seu peito sangrando, meus olhos começaram a se encher de lágrimas e eu agacho no chão aos seus pés.

-Mamãe, eu... eu...- ela levanta minha cabeça dando um leve sorriso.

-Você poderia ter se poupado de ter visto essa cena- fico em silêncio- Cuidado, Borboletinha, Cuidado.

-Cuidado? Mas por...

As imagens se desfaz em minhas mente fazendo em ficar em um total escuro, acordo.

-Você está bem, mon cher?

-Hm..- esfrego os olhos, Remy estava ali- Acho que sim. O que você está fazendo aqui?

-Bom depois de ontem, do ataque de Groxo, nós viemos para cá limpar seu ferimento, mas no meio do caminho você teve uma tontura e desmaiou, Donna pediu para eu ficar com vous.

-Donna?

-Sra. Brunksfield- ele ri- Parece que alguém teve cauchemars durante a noite. - pesadelos, eu tive algumas aulas de francês no começo do colegial, embora não lembrasse de muita coisa eu conseguia traduzir algumas palavras.

-Nada de mais, apena... Sonhos.

Me levanto mas sinto uma vertigem e Remy me ajuda a sentar novamente.

-Cuidado, vou pegar algo para você comer.

Ele sai do quarto, e logo Mary entra.

-Hmmmmmm, então você e Remy, hein?- ela da uma risadinha.

-Ahn?

-Não se faça de desentendida, Ann, todo mundo aqui sabe que ele tem uma queda por você.

-Sim, inclusive nos conhecemos há dois dias mas o casamento já está todo planejado, ou talvez possamos ser originais e fazer o nosso casamento no lugar de algum que nao deu certo? O que você acha?- dou uma risada e ela faz uma careta.

-Bobinha, eu estou falando sério, Ann. Aliás Remy é um gato e aqueles olhos... Meus Deus que olhos..

-Hm...Hm.

Levanto meus olhos em direção a porta e la estava Remy encostado no umbral com uma bandeja em sua mão com algumas frutas, suco e pães, percebi que Mary havia ficado um tanto constrangida pois suas bochechas enrubesceram, ela se levanta da cama e vai saindo do quarto sem olhar para Remy, se vira rapidamente para mim.

-Depois eu volto para te ver, ok?- fiz que sim com a cabeça, mal sabia ela que... Não quero lembrar disso, não agora.

Remy se aproximou da cama se sentando na ponta e colocou a bandeja em meu colo, agradeço pegando um pedaço de pão com manteiga já passado e tomando um gole do suco que pelo gosto parecia ser de maracujá, Remy continuava olhando para mim.

The Rogue's Touch / CONCLUÍDAWhere stories live. Discover now