War of ruined · jikook [ABO]

[03] Alphas are motherfuckers

Para que não fiquem confusos, gostaria de acrescentar uma observação antes de lerem o capítulo:

O cargo "comandante" é mais conhecido como "capitão"

E na hierarquia do exército, Capitão está em uma categoria acima de Tenente.

(🥀)

A noite caía lentamente em Busan, expulsando quaisquer resquício de luz natural.

As periferias da capital se encontravam em escuridão total por viverem nas ruínas, diferente dos bairros ricos, compostos por grandes casarões e as vezes pelo que sobrou das casas tradicionais coreanas.

Jimin morava em uma dessas casas tradicionais. Uma das únicas que sobrou depois da Terceira Guerra Mundial. Seus antepassados construíram ela, depois cuidaram dela até sobrar para si.

Era um relíquia dos Park's.

Entretanto, Jimin dificilmente tinha tempo para passar o dia ou simplesmente dormir nela. Costumava virar noites arquitetando planos para impedir a possível guerra, e se ela vier a acontecer, iria impedir a vitória de Seul.

Busan não era o paraíso, nem o jardim do Eden para ser defendida como tal, muito pelo contrário. Era um lugar perigoso demais para andar sozinho nas ruas e o governo não favorecia ninguém além dos alfas.

Betas e ômegas estavam no mesmo buraco sem fundo, as vezes, Jimin cogitava a ideia de permitir que Seul ganhe. Mas, não tinha certeza se o governo deles seria melhor, pior ou igual ao que está acostumado.

De fato, era uma situação complicada demais para entender por quê diabos Seul queria voltar a ser a capital. Eles iriam jogar esse tipo de governo no lixo ou iriam priorizá-lo? Tudo estava nas mãos do destino.

Nenhum deles saberia dizer qual seria a decisão mais sábia naquele momento, nem qual seria o melhor resultado. Seja lá qual for o final desta história, Jimin só queria estar vivo para contá-la aos seus netos.

—Eu serei um vovô ranzinza — murmurou para o nada, enquanto seus passos se aproximavam da sala do general.

Seokjin avisou para ir até lá após terminar seus compromissos. Park já tinha uma breve noção do que era e teve total certeza quando abriu a porta do cômodo e avistou o rapaz de cabeleira escura se levantar do sofá para se aproximar sorridente.

—Park Jimin —  estendeu a mão em sua direção. —Ou devo dizer... Capitão Park?

Jimin sorriu e apertou a mão alheia em um cumprimento amigável.

—Meus anos de esforços valeram a pena, apenas para vê-lo me chamando de comandante ou capitão.

—É — ele suspirou. —Você está em um cargo maior que o meu agora — voltou a se sentar no sofá, sendo acompanhado pelo acastanhado, que se sentou ao seu lado. —Em pensar que era há sete anos atrás era um simples soldado que todos insistiam em subestimar.

—E onde eles estão agora? — falou em um tom maldoso, como o de uma verdadeira víbora.

A pergunta era retórica e ninguém respondeu por ser um assunto demasiado sério e triste. Jimin costumava ser uma pessoa de bem, afetiva e simpática, no entanto, isso não se encaixava as pessoas que fizeram questão de pisar nele no passado. E agora, acontecia o inverso.

—Enfim — estalou a língua no céu da boca. —É bom estar em sua presença outra vez, Hoseok. Como foi a viagem?

—Ah, foi cheia de surpresas! — respondeu animado. —Pude ver como o mundo é belo longe das ruínas, adquiri mais conhecimento e ousaria em dizer que... transei muito.