War of ruined · jikook [ABO]

[06] Come back here tomorrow

16:26h.

O sol logo diria adeus, mas até lá, continuaria iluminando as terras da península coreana. Seus raios solares passavam entrecortados sobre a folhagem abundante das árvores.

O clima esfriando aos poucos, os pequenos flocos de neve caindo do céu para alcançar a terra, o cenário sendo pincelado dos tons mais lindos de branco, e tudo graças ao início do inverno.

Os fios acastanhados de Jimin ao vento, enquanto seus olhos atentos continuavam fixos ao moreno encostado na mesma rocha que usava para se esconder minutos atrás.

Seu nome era Jeon Jeongguk.

E Jimin quis se bater quando reparou nos detalhes bonitos daquele alfa. Moreno, alto, músculos rígidos com os antebraços cheios de veias deliciosamente a mostra graças as mangas da camiseta arregaçada até os cotovelos, e pele bronzeada.

—E você? — ouviu a voz do maldito bonitão novamente, dando total atenção as palavras dele. —Como se chama?

O ômega riu cético e passeou a língua pelo lábio inferior. —O que te faz pensar que direi o meu nome tão facilmente?

—Ora, eu disse o meu, acho justo que digas o teu — deu de ombros, simplista.

—Isso me soa tão patético — posicionou as mãos no quadril.

—Por quê?

—Porque você não me conhece!

—Mas quero conhecer — rebateu, atrevido.

Jimin riu outra vez e tombou a cabeça para trás, incrédulo com tamanha ousadia. Turbilhões de pensamentos passaram despercebidos em sua cabeça, e a única coisa que ele conseguia pensar, era o motivo de ainda estar alí.

Ele poderia simplesmente dar as costas àquele cara e voltar para a base militar, mas algo naquele alfa o intrigava. Então, permaneceu no local, mesmo que o seu lado orgulhoso e difícil demais o impedisse de dizer seu nome.

Afinal, nem conhecia o tal Jeon. E de uma coisa ele sabia desde criança: nunca conversar com estranhos. Essa regra ele já quebrou, portanto, não daria tanto conhecimento sobre si a um desconhecido.

—Enfim — decidiu dar outro rumo à conversa. —O que faz aqui? Sabe que essa área é restrita, né?

—Bem, não tinha nenhuma placa alertando isso enquanto caminhava por aqui — se aproximou com passos lentos, colocando as mãos perigosamente nos bolsos.

—Estou alertando agora, não estou? — semicerrou os olhos, atento a aproximação repentina. —Então, se eu fosse você, dava o fora daqui o quanto antes. Meu dia foi bem estressante, e não estou afim de descontar minhas frustrações em qualquer um.

—Eu irei embora com uma condição — tirou a destra do bolso e levantou o dedo indicador. —Me prometa que voltará aqui amanhã.

Franziu o cenho e piscou devagar, abrindo a boca diversas vezes sem saber o que dizer. Aquele era o momento certo para dar o fora dalí. Porque se Jeongguk não daria, Jimin faria esse favor a si mesmo e nunca mais andaria em bosque nenhum, pelo menos não sozinho.

—Vai a merda — se virou para o caminho de onde veio, e por ele, começou a voltar para onde nem deveria ter saído.

Mas não antes de conseguir ouvir a risada do moreno. Ah maldito, sua risada também era bonita. Grunhiu irritado, talvez por dar atenção ao maluco lá atrás ou talvez por tomar a estúpida decisão de invadir aquela região privada pelo governo.

Nem sabia dizer por que fez isso. Foi algo completamente instintivo.

Sua avó com certeza lhe diria que fôra uma obra do destino.

E Jimin só queria que o destino fosse se foder.

[...]

—"Volte aqui amanhã" — resmungou baixo, engrossando a voz para tentar alcançar o tom do alfa que encontrou na floresta. —Vou voltar pra descer o cacete em você, bastardo!

Novamente não soube o motivo da sua irritação. Não foi algo muito grande para fazê-lo querer matar alguém, e também não foi algo pequeno para seguir a vida plenamente sem lembrar-se dos acontecimentos.

É de Park Jimin que estamos falando.

Com passos rápidos se aproximou de seu escritório, e ao entrar, fez questão de fechar a porta com força. Se encostou nela e passou alguns minutos encarando o relógio na parede, onde sua escrivaninha estava posicionada.

Era daquele móvel da onde nunca deveria ter saído. Estava estressado com tanto trabalho e quando resolveu se acalmar, apenas se estressou mais. Infelizmente, era inevitável.

Ser um Capitão exigia muito mais do que treinar valentões e comandar um exército. Suas responsabilidades se atribuíam a vários patamares, desde o pequeno ao enorme. E como se não bastasse, sua personalidade rígida e bruta o atrapalhava as vezes.

Porém, Jimin sempre foi um cara esperto e inteligente. Se não, nem no exército teria se alistado. Provavelmente estaria se prostituindo para conseguir comprar pelo menos uns dois ou três pães mofados e fedidos da padaria do senhor Kwan.

Não estava brincando quando disse que vida de ômega não é nada fácil. Só esperava que algum dia o governo de Busan caísse nas mãos do alfa perfeito. Um alfa que acabasse com toda aquela desigualdade social e preconceito com a minoria.

—Que piada — soltou em um suspiro, batendo levemente a cabeça contra a porta. —Posso visitar o inferno, cumprimentar Lúcifer com um beijo e voltar dois séculos depois que vai estar a mesma bosta.

Em seguida, caminhou até sua mesa de trabalho e se sentou na cadeira estofada, agarrando um lápis e uma régua. Ajustando a reta de plástico, traçou uma linha do leste ao norte do mapa sul-coreano. Iria, pela milésima vez, arquitetar um plano. Os outros sempre lhe pareciam simples demais ou decifráveis demais. Sua ambição e perfeccionismo o impediam de fazer algo de qualquer jeito.

E não, isso não era visto como defeito, pelo contrário. A ambição por um plano perfeito tornava as linhas grafitadas demasiada complexas, o que dificultava o entendimento de terceiros. Ainda sim era cansativo e nem sempre possuía uma disposição adequada para todo esse trabalho.

Além de viver com dores nas costas, graças as centenas de noites mal-dormidas debruçado sobre a escrivaninha. Isto só nos mostra qual o proposito de Jimin naquela área de trabalho.

Jimin estava alí para botar alfas idiotas na linha, arquitetar e ajustar planos, comandar um exército inteiro na guerra e chutar o traseiro do comandante do exército de Seul até eles darem o fora.

E, com total consciência sobre ser um ômega lúpus, entraria para a história após vencer a guerra.

(N/A)

Devo admitir que demorei e que esse capítulo não foi bem o que eu queria

A primeira parte, com o jk ta tudo lindo, mas a segunda parte eu só enrolei pra completar o capítulo kkk

me desculpem por isso

mas não desistam de mim, o próximo capítulo será menos ruim

e eu amo vocês de monte viu?

e um beijo nessa boca linda (principalmente na sua, meu flaminguinho 💕)