War of ruined · jikook [ABO]

[04] Let's be friends?

A água morna escorrendo por sua epiderme parecia a melhor das sensações após ingerir tanto álcool. Sua sorte era que, nunca foi fraco com bebidas e graças a isso voltou tranquilamente para casa.

Ía ser sua primeira noite de sono em casa depois de quase um mês, estava tão acostumado a dormir sobre a escrivaninha de seu escritório que esqueceu-se de que ainda tinha uma cama quentinha, e talvez empoeirada.

Mas naquele momento, somente naquele momento ele encontrou a paz. A tão famigerada paz temporária, pois sabia que ela acabaria na manhã seguinte, quando fosse botar aqueles alfas idiotas na linha.

Ela também acabaria com a guerra que estava por vir, e não acabaria somente com a sua. Tente imaginar quantas famílias perderão seus lares e quantos inocentes perderão suas vidas. Caramba, só de pensar lhe causava arrepios.

Querendo ou não, a vida dos cidadãos estava em suas mãos. E perder a guerra significava falhar com todos eles. Mesmo que várias vezes tenha cogitado a ideia de permitir que Seul ganhasse por diversos motivos, ainda há híbridos que não merecem um terço do que pode acontecer.

—Eu precisava de apenas cinco minutos para fingir que estava tudo uma maravilha — diz para o nada, enquanto girava o registro para o lado contrário, desligando o chuveiro. —Parabéns, Park Jimin, por perceber que sua vida é uma bosta!

Suspirou praguejando e saindo do box. Em seguida agarrou uma toalha e secou seu corpo calmamente, logo voltando para o quarto e vestindo apenas uma calça moletom folgada para dormir. Assim, se jogou na cama, desejando bons sonhos a si mesmo.

[...]

—Essa foi a melhor noite da minha vida — comentou com Seokjin.

—Sério? Eu fiquei morrendo de ressaca.

—De madrugada?

—Veio adiantada.

—Sei não — aproximou o nariz do pescoço do mais velho, fungando e sentindo o cheiro mais cítrico que o normal. —Seu cheiro está forte.

—Acha que meu cio está próximo?— questionou, mesmo já fazendo uma ideia.

—Provavelmente — se afastou, espreitando os olhos ao redor. —Por isso esse fogo no cu todo.

—Me respeite, seu anão — cruzou os braços, tentando passar uma pose superior.

Jimin riu dando tapinhas nas costas de Seokjin.

—Vou tentar — piscou. —Agora vá trabalhar! — empurrou o maior em direção à porta da sala dele.

—Me ame menos! — entrou na sala, mas não antes de ver o acastanhado mostrando-lhe o dedo do meio.

—Aish, eu mereço — reclamou, dando meia volta para caminhar até o pátio.

Antes mesmo de alcançar o local, ele pode avistar um dos novatos encolhido e machucado no chão, enquanto três dos veteranos caçoavam da sua cara. Por algum motivo, uma raiva quase incomum apossou-se de si. Aquela cena era nostalgicamente horrível.

—Ya! — gritou, chamando atenção dos soldados. Nem se deu ao trabalho de entender como chegou alí tão rápido. —Vocês acham engraçado brincar com alguém desse jeito? — se aproximou dos três sujeitos, se pondo na frente do jovem ferido.

—Qual é... precisamos de diversão — um deles respondeu, com as mãos na cintura. Ele era forte e não parecia sentir medo de Jimin, mas sentiria em breve. —E as feições dele são tão delicadas que mais se parece um ômega.

—Só podia ser — revirou os olhos e jogou a cabeça para trás, soltando uma gargalhada debochada. —E você acha divertido bater em ômegas? —  estalou o pescoço, voltando a cabeça na posição anterior e revelando seus olhos brilhando em um violeta fosforescente. —E se... eu te dissesse que acho divertido bater em alfas?