[08] The minority it's me

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Sentado sobre o banco do pátio, passou a observar a forma bonita como a neve já havia dominado todo o centímetro de terra. O cenário branco era encantador.

E não pararia por alí, nuvens carregadas de gotículas gélidas sobrevoavam os céus, deixando quilos de flocos de neve em queda livre para se deparar com o chão.

Tudo levou-o a lembrar-se da mulher de pele alva e madeixas negras. Ah, como sua mãe era bela, tanto por fora quanto por dentro. Era uma ômega adorável e carinhosa, agradecia muito aos céus por ela ter se casado com seu pai, um alfa diferente que sempre fez questão de tratar bem sua esposa.

Jimin esperava encontrar uma pessoa assim, seja homem ou mulher, não importava para si. Porém, sua áurea assustadora demais para um ômega, afastava a maioria dos alfas que gostaria de ter algo além de uma simples amizade consigo.

Talvez isso explique o fato de nunca namorar na vida, apenas vivenciando casos de uma noite ou de dois, três dias. Não que isso seja ruim, como dito outrora, Park Jimin adora uma boa foda. Mas ainda não era o suficiente, ele queria um relacionamento sério.

Para ser mais exato, ele queria amor, algo que infelizmente deixou de existir com o tempo.

E pensando em tudo isso, nem se deu conta de que havia uma presença à mais, sentada ao seu lado. Jimin virou a cabeça, fitando o alfa de cabelos loiros por alguns segundos antes de balbuciar qualquer coisa para o vento friozinho e a brisa gostosa.

—Você me parece perdido — Taehyung comentou, ouvindo um suspirar.

—Não estou perdido, estou pensativo — olhou-o de soslaio.

Depois permaneceu-se em sua quietude, dilatando as narinas ao inspirar pelo nariz e fazendo um vapor condensado escapar ao expirar pela boca. A temperatura caía cada vez mais, e para um ômega era demasiado arriscado ficar à deriva daquela maneira.

Mas, era Park Jimin, o ômega lúpus. Seu mundo era completamente diferente, e tudo era uma verdadeira dúvida ou confusão aos olhos de desconhecidos. E até mesmo os mais próximos se sentiam estranhos em algumas ocasiões ao lembrar-se que o acastanhado não era um alfa. Se bem que era melhor do que um.

—Sabe, Taehyung — se deitou no banco e subitamente transformou o colo do mais novo em seu travesseiro, ao deixar a cabeça descansar alí. —As vezes eu só queria estourar a cabeça de alguém com os punhos — admitiu.

—Eu queria poder dizer que te entendo, de verdade — falou, sem saber o que fazer quanto a posição que se encontravam. —Mas sou só um simples soldado.

—Taehyung — chamou, se erguendo um pouco, apenas para olhar o rosto do jovem. —Tudo na vida tem uma primeira vez, a tua ainda virá.

—E se eu for uma exceção? Posso garantir que morrerei na guerra — respondeu, coçando a nuca.

O menor voltou a deitar a cabeça no colo do alfa, e puxou a mão dele em direção ao seus cabelos, incentivando-o a acariciá-lo na região.

—Vira essa boca pra lá! Como se eu fosse capaz de deixar isso acontecer.

O Kim não entendia como seu comandante pode criar tanta intimidade consigo em pouquíssimos dias, deveria ser quase impossível. Mesmo assim, não se sentia desconfortável com essa amizade repentina. Jimin demonstrava ser o mais duro dos homens, mas tinha um coração bom.

Qualquer híbrido que parasse por mais de um segundo para analisar o caráter do lúpus, iria encontrar algo além de um ômega agressivo e mandão. Taehyung conseguiu fazer isso, deixando todo seu medo e receio de lado para entender o que se passava na cabeça daquele nanico ranzinza.

—Nós somos amigos a tão pouco tempo, e mesmo assim já te considero muito — comentou, sem parar de passar a mão sobre os fios sedosos do Park.

—É recíproco — fechou os olhos aproveitando o carinho em seu couro cabeludo.

A tarde passou rápido e os dois não continuaram daquela forma por muito tempo. Jimin ainda se sentia um pouco estressado graças a maldita reunião de mais cedo, e do nada se pegou pensando no tal Jeon Jungkook.

Se lembrava bem de tê-lo ouvido dizer para voltar no dia seguinte, e se lembrava bem de mandá-lo ir a merda. Entretanto, uma súbita vontade de caminhar pelo bosque de novo para ter certeza de que ele estaria lá, o fez se estranhar.

Ah, mas ía ser só uma voltinha.

Com isso em mente, caminhou pelo pátio e passou por um dos portões ao fundo da base.

—Ele nem vai estar lá, aposto a minha dignidade que-

—Sabia que viria.

Arregalou os olhos de susto, e elevou o olhar lentamente. Ele estava alí, parado, encostado no tronco de uma árvore. Jimin não precisou adentrar o matagal, Jeon Jungkook veio até ele.

Porém, havia um pequeno probleminha nisso tudo.

—Oh, Deus, você sabe onde está?!

—Eu sei, e você? — rebateu em um tom inocentado, mas sem possuir inocência alguma.

—Não é isso, seu estúpido! — empurrou-o para dentro da pequena floresta logo atrás. —Você está há um metro da base militar, cidadãos não podem vir aqui!

—Não? Então o que faz aqui?

Constrangido, Jimin apontou em direção ao seu ombro, onde estava o símbolo de sua patente. O moreno encarou o local e pareceu pensativo por alguns instantes.

—Você é... o capitão do exército? — a confusão se passava pelos seus olhos, em um misto de preocupação e nervosismo. —Mas você não é um ômega?

—Aish — revirou os olhos. —Eu sou um lúpus, tenho a força de qualquer alfa idiota.

—Agora entendi porque seu cheiro é tão diferente.

—Como assim?

—Os outros ômegas costumam cheirar frutas vermelhas, como: morango, framboesa ou cereja — aproximou um passo, fazendo o Park recuar para trás. —Você cheira a canela, a maioria dos alfas não gostam por ser um cheiro muito inebriante.

—Tá, e a minoria?

—A minoria sou eu — sorriu cafajeste e Jimin quis se bater por ficar vermelho e bater naquele idiota por fazê-lo ficar vermelho.

—Vai se foder! — deu meia volta, se arrependendo por dar as caras alí.

Ele pode sentir o ego alheio aumentar apenas de aparecer quando na verdade deveria estar bem longe daquele bosque. Então se retirou, esquecendo-se de que não soube como nem por que ele estava alí.

Afinal, ele estava apenas lhe esperando mesmo sem ter a certeza de que viria?

—Te vejo semana que vem, Park Jimin! — o Jeon gritou quando já estava prestes a atravessar o portão dos fundos. —E não, eu não sou um stalker. Mas foi impossível não ver seu belo nome grifado no uniforme!

(N/A)

Coé rapaziada

essa att aqui veio pra fortalecer o nosso vmin lindinho

amo uma friendship linda como vmin, mal ae

bem, a att seria adiada pra amanhã por conta de certos acontecimentos, mas promessa é dívida e cá estou eu

é isso ae, beijinhos da tia sakuy 💕

War of ruined · jikook [ABO]Where stories live. Discover now