Scream - Survival 2

It's Happening Again

Edward e Kirstin seguiam caminhando pela calçada. Cercados por sobrados em um pequeno bairro nos arredores de Pendleton. Ambos já quase no término do trajeto, faltando pouco para chegar na casa da fraternidade "Zeta Beta". Era fim de tarde, a conversa ainda que fluía muito bem. Uma pena já estar no final.

- Obrigada por me acompanhar, sério. -Kirstin quase se encolheu com um sorriso.

Edward, com os braços ocupados carregando os livros e revistas da garota, sorriu de volta:

- Não foi nada. Acho que você vai gostar daqui.

- Bem, pelo menos não é um lugar onde vou entrar e vai estar cheio de meninas com os peitos de fora.

- É... Não vai... -Hesitou, em tom duvidoso.

- O quê? -Sorriu, desconfiada de seu tom. - Tem algo errado com essa fraternidade? -Não sentiu um pingo de confiança na resposta.

- Não, não é isso.

- Então, qual é a pegadinha?

- A pegadinha é que raramente terá alguma delas em casa. Elas vivem saindo.

- Ah, melhor. Assim tenho mais tempo para ver filmes, ou ler.

- Sério que você não gosta de sair?

- Claro que gosto. Mas acabei de chegar. Não tenho amizades, vou sair com quem?

- Comigo.

A garota abriu um sorriso desproporcional, do qual não conseguiu esconder em suas bochechas coradas:

- Nossa, você é direto.

Ele riu de lado:

- Que fofa. Tem uma festinha hoje na DKY. Não deveria estar acontecendo, mas está. Todo mundo vai pra lá. Quer ir?

- Nossa, seria legal.

- Vai ser, espere pra ver. Aqueles caras são doidos.

- Minha tolerância para loucura não é muito alta, mas aceito o convite. -Balançou a cabeça, constrangida. Não acreditava que recebera um convite para sair logo no primeiro dia.

- Bem, -Parou no meio da calçada. - Chegamos... -Apontou para uma casa amarela com as Letras "ZB" escritas em estilo Grego na fachada.

- Oh... (Droga) -Pensou ela. - De novo, muito obrigada. Eu ainda estaria perdida se não fosse você.

- Acho que sou seu mapa.

Kirstin gargalhou escandalosamente de modo involuntário, e ao perceber o mico, engoliu o riso em um silêncio mórbido ao ficar sem saber o que fazer, (Que risada foi essa, garota? Que merda). Mas Edward não esboçou reação, decidindo por fingir que nada acontecera, afim de não constrangê-la.

- Quer que eu te acompanhe até a porta?

- Não precisa, você já fez demais. -Deu meia volta rapidamente, querendo correr até o fim do mundo e jamais sair, de vergonha.

- Tem certeza? - A segurou, pousando a mão em seu ombro.

- Absoluta! -Suspirou. - Pode deixar... -Ela estendeu os braços, sinalizando para que ele devolvesse seus livros e revistas.

- Oh, claro, desculpe. -Entregou-lhe com cuidado.

Ao receber seus pertences em seus braços, comentou:

- Estou morrendo de medo.

- Por quê?

- Sei lá. Vou simplesmente bater na porta e pedir um teto? É assim que as coisas funcionam?