The House On Sorority Row

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Um baque, um deslize. Um baque, e um deslize. Era com essa dificuldade que Kirstin puxava sua mala escada a cima, sem ajuda de ninguém, degrau por degrau. Fazendo careta de tanto exercer força, controlava o fôlego conforme subia, puxando aquela mala enorme. Já eram quase oito horas, Edward logo a buscaria para a tal festa, ela ainda nem estava arrumada. Entre as batidas das rodinhas no topo de cada degrau, podia ouvir as outras meninas correndo pelo andar de cima:

- Alguém viu minha chapinha?!

- NÃO!!

- Sai da minha frente, eu tô atrasada!

- Não acho minha calcinha comestível!

"Calcinha comestível"? -Pensou Kirstin. "Que porra de lugar eu vim parar? Estou seriamente pensando em reconsiderar a Zeta Beta." A alça de plástico retrátil estava puxada no máximo, sentia seus braços perderem forças e a qualquer momento, a mala poderia rolar escada abaixo e deixá-la num ataque de nervos sem limites.

- Argh, droga!

Enquanto isso, no corredor do andar de cima, uma porta entre muitas, se abria vagarosamente. O rosto da morena apareceu na pequena brecha, observando o corredor vazio com suspeita em seus olhos. Estava quieto demais e nem sempre era assim. Hesitou, ficando parada na porta entre aberta, esperando para ter certeza se nenhuma garota passaria por ali no último segundo, ou se aquele bando de malucas não surgiriam do nada como sempre faziam para estragar sua paz. Abrindo mais a porta, deixando-a agora escancarada, Maddie se preparava para sair, ainda desconfiada. "Está mesmo tudo livre? Não pode ser". Com as pernas quase cruzadas segurando a forte necessidade, esticou o pescoço para frente afim de averiguar com mais cuidado. Os ombros tremeram involuntariamente, não aguentava mais segurar. "Ok, está limpo!". Se pôs a correr imediatamente mirando numa porta a quatro metros de distância. Portando o celular numa das mãos e se apoiando na parede com a outra, Maddie fazia seu caminho às pressas de pernas abertas, andando feito um pinguim segurando em si o monstro que queria sair: O resultado de ter tomado laxante por engano.

- Ai, ai, ai, ai não sai, não, não sai, não!

De repente, a jovem desapareceu atrás da porta que bateu com força, se fechando. A porta, que ela consumida pela "vontade", nem percebeu estar fortemente rabiscada em vermelho em seu interior. O corredor jazia vazio novamente, mas talvez, não por muito tempo.

Sentada no vaso, sorria em alívio. Finalmente poderia fazer o que tinha de fazer em paz, mesmo com tamanho desconforto que seu rosto expressou logo em seguida, se enchendo de vergonha ao ouvir o que fazia atingindo a água.

- Meu Deus... -Respirou fundo contorcendo o rosto, entre os sons de gases e escapadas líquidas que se derramavam à água do vaso. - Jesus, as meninas irão precisar de uma máscara de oxigênio depois que eu terminar.

Tentando desviar sua atenção do barulho desagradável e do cheiro terrível que logo viria, Maddie tentou disfarçar sua humilhação, isolada deslizando o dedo na tela do celular à procura de algo para se entreter. Apoiada com os cotovelos sobre a coxa, nem precisava fazer força, aquela "Coisa" aguada sendo despejada por ela saía sozinha e o que era preocupante, nem sentia direito. Às vezes pensava sentir algo pastoso ou quente escorregando do orifício mas não tinha certeza. Estava literalmente "Cagando sem o cu saber". Mas sua situação poderia piorar. E certamente iria. Murmúrios do outro lado da porta surgiram, haviam pelo menos duas vozes femininas conversando. Maddie paralisou, tentando fingir que não existia. Engoliu seco, pois a casa da Zeta Beta tinha uma certa regra ao uso do banheiro: JAMAIS TRANQUE A PORTA. A regra foi imposta pelas irmãs pelo fato de que muitas vezes, mais de uma garota necessitam usar o espaço ao mesmo tempo e em várias vezes, por motivos diferentes. Uma tem que tomar banho, a outra tem que se arrumar para uma festa, a outra precisa fazer necessidades e assim por diante. O fato de não haver tranca e também a verdade de que as meninas são preguiçosas demais para colocar uma plaquinha com aviso "Ocupado" deixaram Maddie vermelha de vergonha, torcendo para que quem estivesse vindo pelo corredor, não quisesse entrar. "Meu Deus, elas vão entrar! To fodida!". Naquele amplo banheiro, conseguiu ver mais a frente, dois vultos por debaixo da porta, haviam com certeza duas otárias paradas bem ali, e seja qual for a conversa que elas tinham, não parecia ser agradável. "Pelo amor de Deus, não entrem". Tarde demais, a porta se escancarou com a presidente da casa, Clarice, e antes sonolenta menina que atendeu a recém chegada, Ashley. Adentrando às pressas discutindo uma com a outra, ambas portando um estojo de maquiagem nas mãos, usando vestidos justos. De primeira, entraram falando alto sem nem perceberem a coitada da irmã acoada no canto direito, sentada no vaso com a boca tampada. Clarice falava séria e debochada ao mesmo tempo. Quando estava nervosa, sua voz soava arrogante como se ela se achasse a "Dona da verdade":

Scream - Survival 2Where stories live. Discover now