To All, A Good Night

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Sentados impacientes naquele cômodo. Aguardavam pelo mágico retorno de Lizzie ou alguma resposta dela. Claire assistia ao restante do filme com muita atenção, nem piscava. Por mais que ainda não confiasse em Kirstin, adorava "Cemitério Maldito" e ter algo pra se distrair era bom. E de novo, se Kirstin é a assassina, é bom não deixar que ela perceba que está sob desconfiança. Melhor que ficar olhando para Paul mexendo no celular quieto, sem servir de coisa alguma. Fazia caretas de vez em quando durante algumas cenas, não por medo ou aflição, e sim pelos sussurros chatos de Ed e Kirstin, que, deitados na cama conversavam baixinho entre si, pareciam muito mais interessados em outra coisa. Isso a irritava profundamente. Além de se sentir "vela", também detestava que pessoas conversassem durante um filme. Bufou umas vinte vezes para chamar a atenção da dupla grudenta, e nada foi o suficiente para que entendessem seu desconforto. Notava alguns sorrisos entre as baixinhas e incompreendíveis conversas, parece que finalmente estavam se acertando.

No fim, não adiantou quantos cortes em tendões de aquiles ou bebês encapetados o filme tivesse a oferecer. Aquilo já estava a aborrecendo em níveis extremos, tinha que fazer alguma coisa. Foi quando de relance notou as cabecinhas dos dois pombinhos se aproximarem em extremo aconchego e seus ombros se movimentarem. Ficaram mais colados um no outro. Enfim, houve um estalo pequeno e sutil. Eram os lábios se tocando e línguas em ação. Pigarrear? Não mesmo. Claire Ripley encontrou outra solução para parar o casal:

- Quem faz sexo, morre. -Brincou.

Pararam imediatamente, congelando meio que fingindo estarem prestando 100% de atenção no filme, Claire jogou mais uma:

- Não estou aqui pra segurar vela.

Ficaram sem graça, afastando as carícias e se resguardando. O clima foi quebrado graças a Ripley, que cínica, agradeceu:

- Obrigada.

A porta do quarto se abriu repentina fazendo saltar os quatro presentes, tensos pediam em silêncio a resposta de quem entrara. Suada, ofegante, e bem cansada. Era Lizzie, que freou de uma corrida ao se surpreender dando de cara com todos. Não entrou, ainda segurando a maçaneta, avisou:

- Gente...

- Lizzie! -Exclamou Kirstin soltando Edward, sentando-se na cama fingindo que nada estava acontecendo entre ela e o garoto.

- O que aconteceu? -Claire a cobrou seriamente, imperando que a garota falasse de uma vez, paciência zero.

Paul pelo menos desgrudou do celular, levantando-se num pulo de expressão curiosa colocando-se na mesma curiosidade urgente de Ripley.

- Vocês não estão sabendo?! -Lizzie apresentou indignação.

- Não, mas vamos saber se você abrir a matraca. Desembucha, cacete! -Ordenou Claire.

- Catherine morreu!

- Quê?! -Os quatro exclamaram em Coro.

- Aham... e isso não é nem a metade. O Heitor voltou, Reese está puta da vida e está te procurando, Claire! E tem mais. Lá embaixo tá o maior escândalo! Tá cheio de Vans de Reportagem e polícia para todo lado, a coisa foi feia!

- Já era hora. -Ripley ficou sem ar. Voltou-se a Edward, que, estático, parecia ler a sua mente. E Assim ele fez A PERGUNTA:

- E o Kenny?.. Onde ele está?

- Mal... muito mal... acharam ele caído no chão do quarto de vocês, Paul, do lado do corpo da Cath. Os dois foram atacados.

- Atacados, que horas?!! -Paul a agarrou pelos ombros dando-lhe um sacode. Assustada com a reação, pegou-o firme pelos pulsos:

Scream - Survival 2Место, где живут истории. Откройте их для себя