Capítulo 10 - Star

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A ambulância arrancou, estou tão preocupada com a Maggie. Algo me trás à realidade, estou a abraçar o Sam, o que me deu? Largo-o imediatamente e sinto as minhas bochechas quentes.

- Hey, onde vais? – pergunta Sam.
- Para a aula, para onde haveria de ir?
Ele corre até mim para me acompanhar. Começa-se a rir.
- Qual é a piada?
- Tu és tão desastrada que nem te lembras que agora não tens aulas.
- Que horas são?
- 13:30.
- Nós acabamos de faltar à aula de matemática?
- Sim, mas qual é o mal? Tivemos a ajudar alguém.
- O que estás aqui a fazer ainda?
- Como assim? – pergunta confuso.
- Não devias de ir almoçar com a tua namorada?
Desata a rir.
- Alguém está com ciúmes.
Agora rio eu.
- És tão crente se pensas isso. – reviro os olhos.
- Então porque me disseste isso?
- Para te lembrar, claro.
Ele sorri e diz sussurrando no meu ouvido – os nossos horários de almoço hoje não coincidem.
Arrepiei-me com este ato.
- Tu és mesmo insuportável!
- Tu gostas – diz com um sorriso convencido.
- Ai isso é que não gosto.
- Então porque me abraças-te à bocado?
- Porque... porque me abraças-te primeiro, não te queria destroçar o coração.
- Oh não, a miúda desastrada não queria me destroçar o coração, sempre atenciosa. – diz numa atuação ridícula.
- Não tens mesmo jeito para teatro.
- Claro que tenho, aliás vou-me inscrever nas aulas de teatro.
O meu coração para.
- Ai isso é que não vais.
- Porque não?
- Porque ias fazer figura de ridículo.
Ele faz beicinho – o que me estás a esconder miúda desastrada?
- Nada. – minto, é que nem pense que vai para as aulas de teatro, já chega o ter na minha turma aulas de teatro não. Inscrevi-me hoje de manhã.
Sinto-me ser puxada em direção da secretaria.
- Hey, para.
Ele ignora.
Entramos na secretaria e ele pede para se inscrever nas aulas de teatro, olha para a lista de nomes e lá está o meu. Ele sorri e assina o seu nome mesmo por baixo do meu. Estou toda vermelha. Saio rapidamente da secretaria em direção da cantina, acima de tudo estou com fome. Sinto alguém se aproximar de mim rapidamente.

- Então era aquilo que me escondias.
Ignoro.
- Parece que teremos mais coisas em comum.
Continuo a ignora e começamos a subir as escadas em direção à cantina.
- Vais me ignorar, miúda desastrada? Olha que me vais partir o coração.
- Uau um revirar de olhos de Star Steele. – Espera, o quê? Eu revirei os olhos?
A cantina não tem fila e agradeço imenso por não ter de esperar. Olho para as pessoas na cantina e não tem ninguém da minha turma, mas os meus olhos encontram os de Caroline que me olha com entusiasmo. Faço-lhe sinal de "não é nada do que estás a pensar" e ela sorri, ainda entusiasmada.
- O meu almoço é vegetariano. – indico à senhora que está a entregar as refeições. Sinto o Sam olhar para mim com espanto.
Procuro um sinal de alguém com quem me sentar, mas só conheço Caroline e ela está com as amigas. Além disso, a mesa está cheia. Só me resta sentar numa mesa vazia.

Sento-me e o Sam senta-se à minha frente.
- Alguém te disse que podias sentar aí? – digo.
- A cantina é livre sento-me onde quiser.
Reviro os olhos.
- Então, és vegetariana? – pergunta.
- É, pelos vistos.
- Não comes nenhum tipo de carne?
- Não.
Ele desata a rir. Rapidamente percebo que tipo de carne se refere.
- Nojento. - protesto
- Inocente. – protesta de volta.

Acabámos de almoçar. Estamos a sair da cantina e vou contra uma rapariga que não é nem mais nem menos, a Katie.

- Sam? O que estás aqui a fazer sozinho com esta...rapariga?
É desta que me passo.

Espero-te nas estrelasWhere stories live. Discover now