Capítulo 45 - Sam

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----------- DEPOIS DO INCÊNDIO ------------

Visualizei tudo em câmera lenta.
Assim que o maldito armários derramou por cima da Star, os bombeiros rapidamente apagaram o fogo à sua volta e retiraram-na da casa o mais rápido que conseguiram.
Quanto a mim fiquei paralisado, gélido, como se estivesse num congelador há uma semana.
Colocaram a Star na ambulância e supliquei que me levassem junto, mas impediram-me e vi a rapariga dos meus sonhos partir numa ambulância num estado de emergência crítico.
Rapidamente, a minha mãe pegou nas chaves do carro, que nem sei como sobreviveram às chamas, abriu o carro e partimos para o hospital.
Estou agora, neste momento, fechado dentro destas paredes, sem notícia alguma dela.
Levanto-me da cadeira e começo a andar para trás e para a frente. Puxo o meu cabelo e solto um grito para tentar acalmar minha mágoa mas não adianta de nada.
- Filho, eu sei que esta espera está a deixar-te louco, a mim também acredita, mas tranquiliza-te tenho a certeza que a Star está segura nas mãos de profissionais e farão de tudo para que ela fique bem. - Fala parecendo segura de sim, mas na verdade sei que se sente culpada pelo que aconteceu, por a ter deixado entrar. Não a culpo, no calor do momento ficou desesperada e a Star consegue ser bem convicente.
- Não sabes mãe. Nenhum de nós sabe o que se está a passar lá dentro. - Falo desesperado.
- A mãe dela já está a caminho assim como o pai e a tua irmã. Vai tudo ficar bem. - Tenta transmitir-me positividade.
Volto a sentar-me e passado 10 segundos a minha perna começa a subir e a descer num movimento muito rápido.
Passado cerca de três minutos sou salvo pela mãe da Star.
- O que aconteceu? - Pergunta aflita.
- Caiu um armário em chamas em cima da sua filha.
A senhora faz uma cara horrorizada e surge-lhe lágrimas nos olhos.
- O incêndio aconteceu em nossa casa, não sei o que a Star lá fazia, ela ofereceu-se para ir buscar o Sam e acabou por ser cercada pelo fogo. Eu peço tanta desculpa, a culpa foi toda minha por a ter deixado entrar.- Culpa-se a minha angustiada.
- Não, a culpa não foi tua. Vamos respirar fundo. O ambiente qui está muito pesado. Foi um acidente traumático para todos pelo que agora a última coisa a fazer é culpar-nos de alguma coisa. Já aconteceu e não há volta atrás. Vocês estão bem? Foram vistos pelo um médico? - Tenta acalmar-nos. De facto não sabia, que contornava as situações tão bem, fiquei surpreso.
- Sim estamos bem e não precisamos de um médico, obrigada. - Respondo gentilmente.
- De certeza? É melhor garantirem que está mesmo tudo bem.
- No meio desta confusão toda esqueci-me que inalaste muito fumo Sam. Vamos averiguar. Obrigada Megan.
Não quero ir, mas para deixar a minha mãe tranquila, cedo.
Aproximamo-nos de uma enfermeira que por ali passa. Esta leva-nos para uma sala e analisa o nosso estado. Enquanto isso a Sr. Megan aproxima-se da secretaria para dar as informações da Star.
- Estão bem, estão os dois em perfeitas condições de saúde. Tiveram muits sorte. - Sorri amigavelmente.
- Obrigada. - A minha mãe agradece e voltamos para o nosso local inicial, a sala de espera.
- Mãe! Sam! - Chama uma voz familiar
Estão bem? - Corre a minha irmã para os meus braços.
- Nós sim, já a Star... - Falo angustiado.
- Ela vai ficar bem! - Fala o meu pai enquanto dá um beijo rápido na minha mãe.
- Pois vai. - Reforça Kitty e abraça-se com força ao meu pescoço.
Aparece finalmente o médico. Aproximo-me.
- Então Doutor, boas notícias? - Pergunto ansioso.
- Receio que não, a Star encontra-se em coma.

Espero-te nas estrelasWhere stories live. Discover now