Capítulo 27.

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Música indicada para ler o começo do capítulo acima.

Música indicada para ler o começo do capítulo acima

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Respirei fundo e admirei o menino ao meu lado. Ele bocejava enquanto admirava as estrelas.

Concordamos que precisamos conversar, mas já estamos alguns minutos calados, e eu não tenho coragem de começar a falar.

— Sabe – Meu corpo estremeceu com sua voz baixa. — Eu vi as estrelas sozinho durante muito tempo. É bom ter você aqui novamente. – Meu coração acelerou e eu admirei seu sorriso feliz.

— Eu também. — Sorri junto a ele. Um vento frio passou por nós e eu agradeci a lua por trazer ele novamente para mim.

Ela cumpriu sua promessa.

Vendo ele ali, tão lindo e tão perto, tomei coragem para falar.

— Din – O chamei com um entalo na garganta. Comecei a balançar meus pés, que estavam na parte de fora do telhado, tentando me manter calma. — Nesses quatros anos eu me preocupei com você. Me preocupei com suas crises de choro e se você conseguiria dormir sem mim. – Puxei o ar, sentindo meus olhos marejados. — Eu senti tanto sua falta. Falta das nossas conversas de tarde, da sua voz, de tudo. – Encarei meus pés, espremendo os lábios e fechando os olhos com força. — E isso doía tanto. – Minha voz falhou, e quando percebi estava molhando o tecido da minha calça. — Doía tanto, Din. – Segurei o tecido da minha blusa com força e mais lágrimas descendo.

— Eu sei. – Meu fôlego foi embora quando ele passou os braços em volta do meu corpo. — Eu também passei por isso. – Me virei para olhá-lo. Seus olhos cintilavam e seu rosto estava molhado. — Eu sei. – Repetiu, só que dessa vez com a voz abalada. Espremi os lábios e o abracei com força.

Seu corpo era quente, mesmo estando em plena madrugada. Seus braços eram confortáveis e me apertavam com cuidado. Quando ele juntou mais nossos corpos pude finalmente respirar.

— Você pode chorar no meu ombro também, idiota. — Murmurei entre soluços quando percebi que ele parecia tímido.

— Eu também senti sua falta. – Contou de maneira rouca entre meus cabelos. — Eu fiz tanta merda sem você. Lory, eu queria tanto que você estivesse ao meu lado. – Afundei meu rosto em seu ombro e apertei o tecido de sua camisa, chorando ainda mais. — Eu... Eu precisava tanto de você. – Nossos calores se misturaram e então, o tecido da minha blusa começou a ser molhado.

Ele estava chorando em meu ombro como nos velhos tempos.

O abraço ficou mais apertado, como nossa vida dependesse disso, como precisássemos do calor um do outro para viver.

Respirei contra seu corpo, e logo seu cheiro doce invadiu minhas narinas, fazendo um sentimento bom dominar meu coração.

Sorri com isso.

— Eu te amo. – Sussurrei, e por causa dos soluços, a frase saiu indecifrável. Abracei seus ombros e respirei calmamente, afundando minha cabeça em seu ombro.

Você Cresceu [✓]Where stories live. Discover now