01_ O início.

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Eu estava meio nervosa. Era a primeira vez que eu iria viajar sozinha e morar com pessoas que eu não conhecia.

Foi um custo para eu conseguir uma vaga para morar na República, mas ainda bem que consegui.

Eu estou no ônibus agora. Eu morei minha vida inteira em São Paulo com meus pais e minha irmã mais nova e, agora estou indo para o Rio de Janeiro. Com muito esforço consegui passar para a UFRJ e é perto de lá que fica a República.

Pelo que eu soube, na República vão morar mais sete estudantes comigo. Até eu conseguir decorar o nome de todos.... já to até imaginando eu confundindo o nome de todo mundo.

A viagem foi longa, eu poderia ter vindo de avião mas tenho um medo absurdo de altura, por isso opitei por vir de ônibus mesmo.

Quando a viagem cansativa finalmente chegou ao fim, as pessoas começaram a sair do ônibus e eu fui uma das primeiras. Estava bem ansiosa para chegar na República logo, apesar de estar bem nervosa.

Na verdade, o meu medo era que as pessoas não gostassem de mim lá, tudo que eu não preciso é morar num lugar onde sou odiada.

Eu sempre fui muito tímida e isso sempre fez com que as pessoas me achassem metida ou algo parecido, por isso algumas meninas na época da escola não gostavam de mim.

Não é que eu não queira falar com os outros, eu só sou tímida de mais pra isso. Por isso estou fazendo de tudo para chegar lá e ser o mais amigável possível.

Saí do ônibus e peguei minha mala que estava guardada junto às outras no ônibus. Depois de ativar a localização do meu celular, eu comecei a andar pela rodoviária para procurar a saída dali, era bem grande.

A rodoviária estava bem cheia, o que fez com que eu esbarrasse em um monte de pessoas sem querer.

Quando finalmente encontrei a saída da rodoviária, vi um monte de táxis parados na rua, o que me fez agradecer mentalmente, já que eu não tinha o número de nenhum e teria que ficar caçando algum para me levar.

Fui até um dos táxis e entrei.

- Bom dia! - Sorrio para o motorista que era um senhor de idade.

- Bom dia mocinha! Para onde? - Ele pergunta.

- Para a República Águas Claras, por favor. - Falo lendo o nome no meu celular e sorrio em seguida.

- Ok. - O senhor assente e logo da partida no carro. - Você é nova aqui na cidade?

- Sim! Vim de São Paulo. - Sorrio para ele.

- E o que te trouxe a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro?

- Eu vim para estudar, vou fazer enfermagem na UFRJ.

- Ah que bom! Espero que goste da cidade.

- Eu já estou amando. - Sorrio.

Me inclinei para o lado para ficar olhando pela janela, a cidade era tão linda! Estava um dia lindo de sol e tinham muitas pessoas passando na rua, por mais que ainda fosse nove da manhã.

Eu realmente estava achando a cidade muito bonita, até que vi uma placa escrito UFRJ e me inclinei mais ainda quando vi a faculdade. Era tão grande! Eu estava muito ansiosa para começar a estudar lá logo!

Depois que passamos pela faculdade, só se passaram mais uns três minutos até o motorista parar em frente a uma enorme casa marrom cheia de flores e um pequeno jardim lindíssimo na frente.

Paguei o motorista e ele me deixou seu cartão, para caso eu precisasse sair para algum lugar.

Sai do carro junto dele e ele me deu minha mala que estava no seu porta malas.

- Obrigada!

- Obrigada a você. - Ele diz antes de entrar no carro e dar partida.

Comecei a olhar em volta para ver com era o bairro e vi que era um bairro muito tranquilo. Quase não se ouvia barulhos, tinham casas espalhadas por ela e também muitas árvores.

Até que eu olhei para o lado e vi uma menina que parecia ser da minha altura, ela era loira, vestia uma calça preta e uma blusa com a logo do Batman e também estava com uma mala parada ao seu lado.

Resolvi tomar coragem e fui até ela, ela provavelmente também moraria na República.

Caminhei até ela sem ela notar minha presença, já que estava de fones e mexendo no celular.

- Oi! - Falo aparecendo em sua frente e ela me olha.

- Oi! - Ela tira um lado de seu fone e aperta minha mão.

- Eu sou Isabela, vou morar aqui na República. - Sorrio o mais simpática que consegui.

- Ah... eu sou Hanna, também vou morar aqui. - Ela sorri e eu percebo que ela usa aparelho nos dentes. - E olha, que bom que você apareceu, eu estou aqui a um tempo esperando alguém aparecer... não queria entrar sozinha. - Ela sorri tímida.

- Eu faria o mesmo. - Assinto e ela ri. - Bem, então vamos? - Pergunto e ela assente pegando sua mala.

Fomos em direção ao portão da República e eu fiquei encantada vendo como o jardim era fofo. Tinham uns banquinhos, umas áreas fechadas com flores, uns arbustos, o caminho era de pedras, era a coisa mais fofa do mundo.

- Você conhece alguém daqui? - Hanna pergunta enquanto caminhávamos pelo jardim.

- Não, só falei com o administrador. - Falo ainda admirando o local.

- Nem eu, mas eu fiquei sabendo que eram cinco meninas e três meninos. - Ela fala e percebo que chegamos na porta.

- Eu espero que essas garotas sejam legais. - Falo pegando na maçaneta para abrir a porta.

- Eu também. - Ela fala e eu abro a porta.

Assim que a abri vi uma enorme sala que tinham três sofas grandes, uma tevê logo ao canto, uma escada enorme e vários quadros nas paredes, era tudo bem colorido na verdade, e eu achei lindo.

Também tinham três pessoas paradas no meio da sala com suas respectivas malas. Uma garota e dois garotos.

- Oi! Tudo bem? - Um dos garotos que tinha um cabelo castanho escuro e olhos verdes veio até nós. - Eu sou o Nicolas! - Ele estede a mão na minha direção.

- Isabela! - Aperto a mão dele sorrindo.

- Hanna. - Hanna aperta a mão dele em seguida.

- Esses são Mirela e Max. - Ele aponta para um garoto de cabelos escuros e uma menina de cabelo rosa. - Todos nós somos novos aqui então, não se preocupem com veteranos excluindo calouros. - Nicolas sorri de uma forma fofa.

- É um prazer. - Sorrio para eles.

- Da onde você veio? - Nicolas pergunta.

- São Paulo. - Ele assente.

- Eu também. - Mirela, a menina de cabelo rosa, fala.

Nesse momento ouvimos um barulho da porta se abrindo e o meu celular também tocou na mesma hora. O peguei e vi que era minha mãe.

Eu ia atender quando alguém esbarrou em mim, provavelmente a pessoa que tinha chegado.

- Opa! Foi mal. - Olhei para cima e vi um garoto de cabelos escuros e olhos claros que abriu um sorriso lindo.

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Continua...

Eu Não Te AmoWhere stories live. Discover now