Eu Não Te Amo

26_ Obrigado Isa.

Olá leitores!
To aqui só pra pedir uma coisinha a vocês.
Queria que vocês seguissem o meu instagram @brnyx , la eu costumo postar quando vai sair capítulos novos, quais livros estou atualizando, pesso a ajuda de vocês para escolher as capas, nomes de personagens e essas coisinhas. Se puderem me seguir e me chamar lá... vamos ser besties pow!

Era só isso mesmo ta? Obrigada por lerem minhas histórias e bom capitulo❤

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O homem nos encarava e eu pude sentir o cheiro forte de álcool vindo dele.

- Que... quem é voxe? - Ele cospe as palavras se aproximando de mim.

Enquanto eu o olhava assustada, senti Matheus me puxando para trás e parando na minha frente.

- NÃO ENCOSTA NELA! - Matheus grita completamente irado.

- Ta... ta critanu comingoo? - O homem fala com muita dificuldade e Matheus agarra na gola de sua camisa o empurrando na direção da porta.

- Cala a boca desgraçado! Eu já to cansado de você! - Matheus soca o homem e os dois caem no chão perto da escada.

- NÃO FILHO! - A mãe de Matheus gritava desesperada e Lipe chorava se agarrando a saia de sua mãe.

Fui até eles e segurei a mão de Lipe me abaixando na frente dele.

- Leva sua mãe para o seu quarto e fique lá com ela. A abrace e tente acalma-la, ta bom? Você consegue fazer isso? - Pergunto e ele assente entre lágrimas.

Lipe levou sua mãe que chorava desesperadamente para um cômodo e eu fui correndo até Matheus que ainda batia no homem.

- MATHEUS! MATHEUS JÁ CHEGA! - Grito segurando em seu braço e ele me olha. Matheus respirava rapidamente e ainda tinha ódio no olhar. - Por favor.

Ele me encarou e depois de parecer pensar muito, ele se levantou e deu um último chute no homem que já estava desacordado.

- Cadê minha mãe? - Ele pergunta passando a mão no rosto que agora suava.

- Eu pedi pro Lipe leva-la para o quarto. - Fui até ele para limpar sua testa que havia sujado com algo que eu não identifiquei. Enquanto eu limpava, Matheus me olhou de uma maneira diferente, eu não sabia explicar o que era... mas era diferente.

Me afastei dele meio sem jeito e ele abaixou a cabeça.

- Você tem que tira-lo dali. - Falo olhando para o homem que estava jogado na frente da escada.

Matheus foi até o cara e o trouxe o colocando deitado no sofá.

- Isso precisa acabar. - Matheus fala e vai em direção ao cômodo em que a mãe dele estava. Logo depois voltaram os três e a mãe dele colocou as mãos sobre a boca quando viu o homem deitado em seu sofá. - Eu to cansado de ir dormir todas as noites preocupado se esse desgraçado está te tratando mal. Eu vou ligar para a polícia e isso acaba hoje.

- Não filho! Ele não tem me maltrado mais! Só bebe demais as vezes. - A mulher fala com seus olhos vermelhos.

- Não minta pra mim mãe! Olha esses hematomas no seu braço! - Ele aponta para o braço dela e só ai eu noto varias marcas roxas. - Não pense que eu não notei.

- Não foi ele.

- Ah não? E o que foi? Você caiu?? Pelo amor de Deus! Eu vou ligar agora e não saio daqui sem ver esse desgraçado sendo preso. E o que mais tem aqui desse apartamento são testemunhas! - Matheus fala já colocando o telefone no ouvido e sua mãe chorava.

- Matheus? - O chamo baixo. - Posso conversar com sua mãe antes?

Matheus ficou um tempo olhando para mim e depois acabou assentindo.

Fui com a mãe do Matheus até um cômodo que notei ser um quarto de solteiro. Nós nos sentamos na cama e ela não me olhava, apenas chorava.

- Olha... talvez a senhora não queira nem me dar ouvidos pelo fato de eu ser bem mais nova. Mas queria muito que me escutasse. O seu filho te ama e em poucos dias eu notei facilmente que ele se preocupa e daria a vida pela família. Ele só quer o bem da senhora.

- Eu sei querida... eu sei. - Ela me olha. - Mas... eu amo o Mauro! Eu não consigo simplesmente deixa-lo ser preso.

- Ele ainda agride a senhora? - Ela me olha com um olhar completamente triste. - Seja totalmente sincera.

- As vezes. Mas não é por mal!

- Olha pra mim. - Seguro em sua mão. - Não importa se é por mal, se é sem querer, se " tem motivos " ... nenhum homem tem direito nenhum de encostar o dedo em nenhuma mulher! E motivo nenhum justifica! A senhora é uma mulher forte, criou dois filhos que se preocupam e que só querem o seu bem. - Ela voltou a olhar para o chão. - A senhora não está sozinha. Seus filhos sempre vão estar aqui pela senhora e agora eu também vou.

- Eu... eu não...

- Eu tive uma tia. - Ela olha para mim novamente. - Não lembro muito dela porque eu tinha apenas 6 anos. Mas eu sempre ouvi da minha mãe o quanto ela sofria por causa de seu marido. O mesmo a agredia constantemente, mas ela não queria se separar dele. Ela o amava. - Continou segurando sua mão enquanto ela me olhava atentamente. - Só que o amor não a salvou. Um dia ele a agrediu tanto que ela não resistiu. - Sinto uma lagrima descer. - Ele a matou. Levou-a de nós e depois sumiu. Eu... eu não to te contando isso para te dar medo, mas para te alertar! Muitas mulheres ja passaram por isso e infelizmente ainda passam por isso no Brasil, e... eu não quero que a senhora tenha esse tráfico fim. Eu detesto ter que dizer isso, mas infelizmente é a verdade. Um passo que a senhora dá de entregar aquele homem a polícia, pode salvar muitas outras mulheres.

A mulher chorava, e no minuto seguinte me puxou para um abraço onde chorou ainda mais.

Eu estava ali pra isso, pra abraça-la o tempo que fosse preciso. Talvez para mim seja fácil dizer que é só entrega-lo a polícia, mas pra ela que " o ama " dói muito. Mas era preciso, a vida dela é mais preciosa.

Voltamos a sala e a mulher foi até Matheus e tomou-lhe o celular.

- Deixa que eu faço isso. - Ela mesmo ligou para a polícia.

Matheus veio andando até mim e simplesmente me abraçou. Me abraçou forte e sussurrou no meu ouvido.

- Obrigado Isa.

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Continua...