A PROFECIA

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O tempo foi passando e cada vez estavam mais longe do reino de Céres, passaram por muitos lugares, conversaram com muitas criaturas, até que Fredo encontrou uma amiga de infância, uma pequena ninfa de muitos talentos, com pouco mais que quinze centímetros, chamada Amélia, e Fredo logo a convidou para que o acompanhasse em sua viagem.

- Eu, meu Senhor? Quem sou eu nos dias de hoje para acompanha-lo...

Isso foi dito porque Amélia havia mudado muito desde a última vez que falou com Fredo, pois foi quando ele ainda era criança. Mas isso não importa, pois seu caráter nunca mudou.

-Amélia, por favor, somos amigos desde que eu era criança, será uma honra tê-la a meu lado. E mais, me chame de Fredo, você e eu passamos por muitas aventuras juntos pra que haja tanta formalidade entre nós, disse Fredo com um sorriso de lábios em seu rosto.

Amélia ficou totalmente alegre e logo saiu por alguns instantes para se preparar para a viagem. Enquanto isso, os rapazes aproveitaram para descansar um pouco.

Quando Amélia voltou, juntaram todas as coisas e seguiram viagem.

Andavam e andavam, e cada vez o caminho ficava mais estreito, até que chegaram no que Fredo chamou de "Vale das Sombras" isto porque a floresta tinha árvores tão altas que tapavam o sol completamente.
Sitael não queria que Fredo passasse pelo vale e recomendou que o desviassem, mas Fredo, valente como era, não queria perder esta aventura. Então convenceu Sitael e os soldados a acompanharem.

Tudo que se podia ouvir naquele lugar era o ar que entrava e saia de seus pulmões, e ninguém pronunciava nenhuma palavra. A guarnição atenta a todo momento e somente Fredo e Sitael estavam com candelabros pois ninguém imaginava que passariam por aquele lugar durante a viagem.

De repente, no meio do silêncio as luzes dos candelabros começaram a desfocar, como se estivessem tendo seu brilho roubado, e então uma voz horripilante ecoou:

"O dia está próximo, e dois irmãos se encontrarão, e a guerra que habita no reino desconhecido virá a ser do nosso mundo."

Então, uma fumaça tomou conta daquele lugar, e desesperados, ninguém encontrava uma saída, pois tudo que viam era a escuridão.

Quando perceberam, surgiu uma luz maior que a escuridão, e todas as sombras recuaram para longe. Foi Amélia, que quando viu todos em apuros entendeu como única saída expulsar as sombras para que ao menos pudessem enxergar.

Nisto, uma criatura medonha, com três olhos escuros no rosto enrugado, com verrugas e cabelos grisalhos, tinha pouco mais que um metro e vinte de altura, e usava uma capa preta maior que seu corpo, e a toca cobria sua cabeça paralisou as asas de Amélia com magia negra, e ela caiu ao chão, sem que os outros percebessem. Caminhava lentamente na direção de todos sussurrando:

- "Seus pais estiveram aqui, por muitas vezes, antes mesmo de você vir a nascer, jovem Rei."

Mas Fredo tinha certeza que jamais seus pais manteriam contato com ser tão sombrio quanto aquele.

- "Você é incrédulo como seu pai foi, mas o destino já foi selado, nenhum de vocês terá poder para impedir o que está por vir, mas um de vós conhecerá o poder e este salvará os Reinos de Don."

Ouriçado, admirado e curioso, a criatura veio sobre o Rei e logo os soldados entraram em posição de ataque e defesa, mas a criatura parou e sussurrou com uma voz pesada e terrorosa:

"O sangue do seu sangue atentará contra aqueles que você ama e isto despertará algo inimaginável em ti, e assim como as luzes hoje expulsaram a escuridão, passarão anos até que haja um vencedor da Guerra dos Reinos."

De repente, as sombras começaram a voltar, e antes que um dos soldados pudesse atacar a criatura, sua espada virou pó, e todos, junto com Amélia, foram teletransportados para fora do Vale das sombras.

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