Lagrimas da Fenix

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Com tropas marchando em direção ao Vale da Lua, um lugar de artefatos mágicos de Don, carregando o cetro de Tyrosidom usando sua armadura de bronze que deixava apenas sua cabeça a mostra, a rainha vermelha se aproximava, montada em um Horche, uma raça de cavalos de Solária, um Reino cujo o filho do sol é imperador. A cor é tão intensa como se estivesse vestido do próprio sol, forte e poderoso, seus pelos são como fio de aço que ficam em constante movimento parecendo a marcha da lava dos vulcões. Seus cascos são feitos de diamante e em suas costas carregam dois pares de asas de penas brancas acima dos ombros, que nem a mais afiada das laminas poderia aparara-las.

O vale foi por muito tempo o cofre onde fora guardado muitos objetos que surgiram com a mesma magia que criou Don. A rainha vermelha procurava a chamada lágrima da fênix, um líquido azul contido em um pequeno frasco amarrado por um cordão.

O vale era todo rochoso e
Logo que nele pisaram, os soldados da rainha obrigaram todos os camponeses que estavam por perto, pelo menos cinqüenta, a ajoelharem-se e saudaram a rainha, que desceu do horche e caminhou entre eles.

- Sabem porque este vale carrega este nome? - Perguntou a Rainha, olhando pra cada um dos homens, mulheres, crianças e idosos presente.

Diante do silêncio de todos, os soldados ameaçaram os camponeses com as espadas em busca da resposta para a questão da rainha, mas ela os repreendeu e prosseguiu sua fala.

- Este lugar é rochoso, esburacado, parece vazio mas é cheio de mistérios, e quando a noite vem o brilho puro que nele habita faz com que Don sempre encontre uma luz diante da escuridão, assim é a lua. -seguia dizendo à rainha, que parecia lembrar de algo enquanto falava ‐ então ficou imóvel e um silêncio pairou sobre o lugar, ainda que os pássaros e a natureza fizessem barulho.

-Eles morreriam de desgosto se vissem o que estão fazendo. ‐ Disse alguém no meio do povo.

-Quem ousa? - perguntou a rainha sem muito se alterar.

- Eu, majestade. -Um velho ajoelhado no meio do povo, com vestes brancas e um cajado, enquanto os camponeses e as criaturas tremiam de medo.

A rainha lentamente se aproximou, o pegou pelo pescoço e o pôs em pé.

-Diga isto olhando nos meu olhos! - Respondeu a rainha, enquanto seus olhos castanhos começaram tornar-se como chamas ardendo.

Quando o velho abriu a boca para falar novamente e mirou em seus olhos, seu corpo começou a queimar por dentro, como se uma chama em seu interior o estivesse consumindo.

- Já chega feiticeira! -Disse o guardião do vale, que se aproximava a passos largos, vestindo sua armadura de prata e empunhando uma espada dourada.

-Mais isso? Me chamam por tantos nomes, por não saberem como me chamo. -Exclamou a rainha, largando o velho quase morto ao chão.

Nesse momento o Guardião rapidamente aproximou-se do velho, ajoelhando-se, e ouviu seus batimentos que estavam quase nulos, pois a rainha, a pouco, quase o cozinhou por dentro.

Tirou de seu pescoço um frasco preso no colar e pôs apenas uma gota na boca do ferido, que em poucos segundos reanimou-se.

-Vejo que não terei esforço algum em procurar o que vim buscar, pois está aqui, bem na minha frente. - Disse a rainha, com seu leve sorriso perverso entre os lábios.

-Terá que passar por mim antes de toca-lo! -Respondeu o Guardião.

-Não seja por isto! -Rebateu a rainha, que pegou a espada de um dos soldados e travou uma luta com o guardião.

No atrito das espadas, nem por um momento alguém acreditava que o Guardião a venceria, a rainha era estremamente habilidosa com a espada.
De repente, diante do vale a rainha desarmou o guardião e o pôs contra a parede com a lâmina posta em seu pescoço.

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