GUERRA DOS REINOS

Olho por olho, dente por dente, rainha por rainha.

Logo pela tarde muitos ainda estavam dormindo enquanto alguns limpavam a bagunça da festa, que era pouca coisa pois os puritanos respeitam muito a natureza.

_Fredo, acorde! - Amélia, sem sucesso, pedia para Fredo acordar.

_Senhor!

Nisso Fredo acordou.

_Ora ora, agora só acorda se o chamarem de senhor... -disse Amélia em tom de brincadeira.

_ha ha ha, eu precisei acordar justamente para te lembrar que não precisa me chamar de senhor, aliás, sou muito jovem.

_Rs, é claro, jovem senhor! - Disse Amélia sorrindo.

_Os soldados de Azbéria já estão aqui, eu tomei a liberdade e convoquei todos os soldados puritanos também, aliás eles precisam descansar depois da audiência, ontem mandei cartas a Ócuos e também ao rei do Submundo, que estão aqui com suas tropas de filhos d'água e mortos vivos, por isso preciso que desça para falar com eles, antes que se estranhem.

_É claro, minha amiga, obrigado por tudo. - Disse Fredo, olhando com orgulho para Amélia.

Então Fredo começou se arrumar

_Você tem me ajudado muito, e sei que está comigo nessa, e é bom, pois conto contigo e Sitael.

Amélia sorriu.

_Falando em mim aqui estou, vamos? Os soldados estão esperando, da pra ouvir o barulho deles daqui. Disse Sitael encostado sobre a porta.

Fredo abraçou Amélia por um braço e Sitael pelo outro e foram andando em direção aos exércitos.

_Eu direi palavras duras hoje, precisamos de seres firmes para lutar, mas quero que nao mudem a opiniao que tem sobre mim. -Disse fredo olhando pra Sitael e virando-se para Amélia.

_É claro, meu amigo - Disse Sitael olhando para os olhos de Fredo. Amélia disse o mesmo.

Fredo se apresentou diante dos exércitos e do povo.

_GUERREIROS! -Exclamou Fredo.

automaticamente todos eles se atentaram as suas palavras.

_Todos sabemos do inimigo que nos espera lá fora, e do poder que carrega em suas mãos, mas não podemos nos acovardar e esperar que eles destruam o nosso lar, que matem as nossas famílias.

É ISSO! VAMOS LUTAR! -Exclamavam os soldados.

_ Nossos reinos viveram em paz por muitos anos, e este foi o legado de meus pais. Será pela paz que nós uniremos forças.

-Aqui os Guerreiros gritavam eufóricos.

_Nós seremos o barulho na mente daqueles que não alcançam o sono.
Seremos como espinho na carne daqueles que pisaram numa floresta desconhecida.
Seremos como o sol, que aquece os povos mas incendeia as areias do deserto.

Não vamos deixar que destruam Don sem fazermos nada, por isso hoje, eu, rei Fredo, declaro Guerra a Imperatriz do Fogo a Ladra da Ilha de Pedra, ceifadora da vida e demolidora das terras de Don.

Sera olho por olho, dente por dente, soldado por soldado.

E pelos puritanos, algo pelo qual eles se orgulharão pelos séculos dos séculos.

_RAINHA POR RAINHA! -Exclamou Fredo.

Todas as palavras foram ditas enquanto Fredo erguia a mão de Ócuos a esquerda e do Rei do Submundo a direita, enquanto olhavam firmes nos olhos dos guerreiros.

E todos os que estavam presentes rasgavam suas gargantas em apoio ao Rei, e pela defesa da soberania de Don.