Prólogo❗

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Julho de 2019
Rio de Janeiro
Delegacia de Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro

Estou tão cansada que nem consigo raciocinar direito, não vejo a hora de esse plantão acabar e ainda faltam 4 horas.
Ouço alguém bater na minha porta, levanto os olhos que estavam presos na tela do computador.

Taila - Entra - Jorge entra na minha sala com uma cara de felicidade pura, arqueio uma sobrancelha pra ele com cara de interrogação sem esboçar sorrisos, ele me olha e bate na mesa fazendo uma dancinha.

Taila - Vai continuar com a palhaçada ou vai falar logo o que você quer? Tenho tempo pra perder não - Ele para de dançar e bate continência pra mim.

Jorge - Desculpa doutora, nós conseguimos prender o dono do alemão, Rei - Olho pra ele com uma cara de surpresa e logo em seguida tento disfarçar minha reação.

Taila - E onde ele esta? Estou atrás desse vagabundo a quase 1 ano, como isso aconteceu?

Jorge - Deixa que ele mesmo te conte, Rodrigo está levando ele pra sala de interrogatório - balanço a cabeça fazendo que não

Taila - Trás ele aqui pra minha sala - Jorge me olha sem entender

Jorge - Taila, ele é perigoso, vai trazer ele pra sua sala pra que? - Coloco a mão na cintura olhando pra ele com cara de poucos amigos

Taila - Eu te devo satisfação desde quando? Faça o que eu estou mandando e traga o preso pra minha sala, agora! - Jorge balança a cabeça e sai sem falar nada.

Me jogo na minha cadeira com o coração batendo a mil, chega o peito dói, passo a mão no rosto sem entender porque estou tendo essa reação, já tem 7 anos que eu não vejo o Rei, porque isso agora? Eu tenho que ser profissional, preciso ser profissional, repito isso pra mim varias vezes, até que ouço batidas na porta novamente. Me levanto e ajeito minha roupa, passo a mão nos cabelos e vou até a porta abrindo-a

Taila - Entra, Rodrigo, deixe o preso e pode sair - Rodrigo olha pra mim e abre a boca pra falar algo, mas sou mais rápida que ele

Taila - Pode sair -Aponto pra saída e ele sai olhando pra mim, olho pra Rei que está sentado na cadeira de costas pra mim, respiro fundo e vou pra minha cadeira, sentando na mesma, cruzo as pernas e coloco minhas mãos onde ele não possa ver, eu to tremendo tanto que to até com medo dele perceber.

Olho pra ele e ele está olhando pra mim, com o olho esquerdo inchado, e a boca com um corte, mas ele sorri de lado, aquele sorriso que me fazia molhar a calcinha só de olhar.

Taila - Olha olha, se não é o grande Rei na minha humilde delegacia - falo com um tom bem irônico e com um sorrisinho forçado, olhando bem nos olhos dele, ele levanta as mãos mostrando as algemas sem tirar aquele sorriso dos lábios

Rei - Estou bem aqui, a sua disposição, quer sentar no meu pau agora ou vai esperar pra mais tarde? - passa a língua pelos lábios molhando os mesmo sem tirar os olhos de mim

Taila - Posso acrescentar na sua fixa assedio sexual, desacato a autoridade e mais outras coisinhas - Ele da uma gargalhada, jogando a cabeça pra trás.

Rei - Tudo bem, como eles te chamam por aqui mesmo, Doutora?

Descruzo as pernas sem tirar os olhos dele, me inclino sobre a mesa colocando as mãos em cima da mesma

Taila - Você esta preso por trafico de drogas, porte ilegal de armas, formação de quadrilha, homicídio e eu poderia falar sua ficha criminal a noite toda, mas to sem saco - Falo me levantando e indo até ele, sem desgrudar os olhos dos dele

Taila - Você pode se manter calado, tudo que você falar pode e deve ser usado contra você, agora se levantar - paro em frente a ele e ele desce os olhos por todo o meu corpo, passa a língua molhando os lábios e se levanta ficando próximo demais de mim

Rei - Porra índia, senti uma saudade fodida de tu - encosta o rosto no meu pescoço, eu fecho os olhos sentindo cada pelo do meu corpo se arrepiar, ele deposita um beijo no meu pescoço e olha pra mim, ele ta tão próximo que sinto a respiração dele em mim.
Dou um passo pra trás sem conseguir pronunciar nenhuma palavra e vou até a porta da minha sala

Taila - Jorge - Chamo e ele que está sentado na mesa dele olha pra mim

Taila - Leva o preso pra cela, a única visita que ele pode receber é do advogado.

Abro mais a porta dando passagem pra Jorge entrar na minha sala, ele sai puxando Rei pra fora da sala.
Rei passa por mim olhando nos meus olhos e eu retribuo o olhar com o nariz bem empanado tentando mostrar autoridade o maximo que eu posso.
Quando vejo Jorge adentrar a delegacia eu entro na minha sala, sento na minha cadeira e finalmente me permito chorar.

Meu Deus, por que esse homem ainda tem tanto efeito sobre mim?

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Gente, o prólogo é uma parte de um capítulo que se encontra no meio do livro, onde ja ocorreu uma passagem do tempo de anos.
Sendo assim, Taila não é delegada com 17 anos.
Leiam ao menos o primeiro capítulo antes de questionar. No primeiro capítulo está tudo explicado.
Obrigada por lerem minha fic, espero que gostem ❤

AO ACASO  | MORRO Where stories live. Discover now