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🔷️ REI

Eu absorvi tudo que Fifa falou.
Eu não posso negar que ele está certo, eu já tinha pensado o quanto eu mesmo estou me sabotando, mas eu tenho mania de acertar sobre tudo ao meu errador e errar tudo sobre mim.

Cheguei no postinho e fui direto para o balcão de atendimento.

Rei - Qual o quarto que a Taila está? - perguntei a atendente que ali estava.

Atendente - Ela está na CTI senhor Rei, não pode receber visitas. - Arqueio uma sobrancelha pra ela e coloco uma mão em cima do balcão.

Rei - Eu perguntei se ela podia ou não alguma coisa? - ela nega com a cabeça sem tirar os olhos de mim - Bora, me leva até ela.

A atendente concorda se levantando rapidamente e andando na minha frente.

Atendente - Luci, leva o senhor Rei até a paciente Taila Monção, por favor. O balcão não pode ficar sem ninguém. 

Fala pra uma enfermeira que estava em pé analisando uns papeis.

Luci - Mas ela está... - a atendente não deixa ela terminar.

Atendente - Leva ele Luci, Porfavor. - A enfermeira só concorda com a cabeça e segue na minha frente me levando por um corredor, até parar em uma porta e abrir a mesma.
Entro no quarto e vejo minha Índia deitada, cheio de aparelhos ligados ao seu corpo.

Encosto na cama em que ela está e analiso todo seu rosto. Ela respira sozinha, ela está tão serena que parece estar dormindo.

Rei - Eu vou dormir aqui, quero uma enfermeira a cada 10 min pra monitorar minha mulher. Se ela morrer, vocês morrem.

Ela concorda com a cabeça e sai do quarto.
E eu fico ali, de pé analisando o rosto da minha Índia.

Eu passei a vida aprendendo ser ruim, primeiro com meu irmão, nenhuma coisa boa veio dele. Depois da vida, pra entrar no crime você tem que provar muita coisa, ta ligado?! Pra você e pra quem está no comando e foi assim que eu fiz, eu queria ser grande e mostrei tanto meu valor para o antigo dono do Alemão que roubei o morro dele abaixo dos seus olhos sem ele nem perceber.

Eu nunca tive motivos pra ser bom pra ninguém, nem nunca senti vontade, minha vida estava me satisfazendo como era, mas eu percebi que era tudo pouco demais quando vi o primeiro sorriso da Taila direcionado a mim.

Sento em uma cadeira plástica que tem lá no quarto, tiro meu celular do bolso e passo umas ordens para os caras, eu to aqui mas to ligado em tudo.

Encosto minha cabeça na cama em que a Taila está deitada e adormeço ali mesmo.

Acordo com uma enfermeira aplicando uma medicação na minha Índia, me levanto assustado.

Rei - Que porra é essa? - Pergunto ja tirando minha arma da cintura

Enfermeira - É medi..di..cação para dor se..senhor - fala gagueijando - Balanço a cabeça em positiva e guardo a arma

Rei - Quando ela vai acordar? - Pergunto olhando o que a enfermeira esta fazendo

Enfermeira - A qualquer momento. - Concordo com a cabeça.

Ela termina de aplicar a medicação e sai do quarto.

Dou uma volta na cama toda olhando tudo pra ver se tem alguma coisa errada, logo depois volto a me sentar.

Seguro na mão dela e beijo a mesma

Rei - Acorda vai minha Índia, volta pra mim, da aquele sorriso que faz seus olhos fecharem, me responde com deboche, volta pra mim Índia, eu faço o que tu quiser mano.

AO ACASO  | MORRO Donde viven las historias. Descúbrelo ahora