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🔷️TAILA

Olho para todos os lados da minha casa e não consigo mais reconhece-la.

Está tudo destruído

Jéssica cuidou de tirar os corpos, a ambulância levou David, Iure e Manu para o hospital e agora eu estou aqui sozinha no meio de uma zona absolutamente perdida.

Me sento na escada que da para o segundo andar da casa e apoio minha cabeça no corrimão.

Eu vim para o Rio com a intenção de ser a melhor delegada que esse estado ja viu, depois meu objetivo mudou sem eu ao menos perceber, me transformei na delegada que faria de tudo para derrubar o dono do Alemão, já que eu não conseguia de jeito nenhum destruir o amor que eu não deveria sentir por ele, talvez eu pudesse destruir ele de alguma forma.

Mas ai tudo mudou de novo e agora eu estou aqui sem saber para onde ir, em quem devo confiar, o que devo fazer, sem a minha filha e sem o meu amor.

Não consegui ser a melhor delegada do Estado, não consegui derrubar Rei e ainda perdi tudo.

Sinto lagrimas descerem pelo meu rosto e fecho meus olhos.

É muito triste pensar que chorar é a única coisa que eu tenho feito bem, ultimamente.

Rei – Você tem que parar de se culpar. – Ouço a voz dele e abro meus olhos para olha-lo.

Ele está com uma calça de moletom preta, um casaco de capuz também preto, um boné de aba reta, um tênis da nike branco.

Ele é tão lindo, com sua voz grossa e rouca, sua presença é tão firme e autoritária que meio que obriga você fazer exatamente tudo que ele quer sem ele ao menos abrir a boca.

Eu fiz de tudo que eu podia para não ama-lo, mas eu não consegui, mesmo depois de tudo o que ele me fez, parece que amar ele é uma das coisas em que eu fui criada para fazer.

Taila – Como? Eu sabia que isso poderia acontecer, eu deveria ao menos ter mantido policiais aqui de escolta.

Rei – Não, não podia e você sabe que não pode envolver seus policiais em nada. – Ele chega mais perto de mim e se abaixa na minha frente para ficar na minha altura.

Rei – Você não sabe quem está com ele ou não, se você tivesse colocado policiais aqui seria um risco de tudo acontecer antes mesmo do previsto.

Eu olho fixo para seus olhos.

Queria tanto que ele me abraçasse agora.

Taila – Eu vou ter que ir para um hotel, não tem como ficar mais aqui. Preciso pegar roupas minha, de Grazi, Iure e David. – Paro de falar com a lembraça de Grazi jogada no chão.

Me levanto rápido e passo a mão no rosto para tirar as lagrimas.

Taila – Grazi, eu preciso ver a minha amiga. – Falo enquanto subo as escadas correndo.

Rei – Ela está bem, deixei ela no hospital e Fifa me ligou pra avisar que esta tudo bem. – Ele pega meu braço e me puxa pra ele, fazendo nossos corpos se chocarem.

Caian passa os braços em volta de mim e me aperta contra ele, eu encosto minha cabeça no seu peito sem abraçá-lo e fecho meus olhos enquanto deixo o cheiro dele invadir meu nariz e me acalmar.

AO ACASO  | MORRO Where stories live. Discover now