AO ACASO | MORRO

5️⃣0️⃣

🔹️Maratona 2/3
Obs: Tive uns imprevistos ontem e infelizmente não consegui finalizar os dois capítulos que faltaram 😩

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🔷️RDÊ

Vingança é um prato que se come frio?

O meu está quase congelado

Eu tinha a sensação de que estava tudo escorrendo por minhas mãos, como se eu estivesse tentando segurar água.

O plano era me vingar de Rei, afinal, eu dediquei a minha vida a ser um bom gerente de boca, e ele quase me matou por uma mulher que ele tinha acabado de conhecer.

Ele sempre foi conhecido por ser cabeça de fósforo, se as coisas fugissem ao seu controle, ele agiria sem pensar, mas matar quem sempre esteve ao seu lado nunca foi algo que achei que ele faria.

Agora eu dedico minha vida a me vingar dele, mas como fazer isso se eu não consigo mais ter controle sobre a situação?

Entrei no crime por grana, eu tinha Julia pra cuidar, ela só tinha a mim e eu a ela, eu faria tudo por ela e fiz, até hoje.

Eu estou sentado no quarto que foi separado para vigilância, com varias tvs onde passa todas as imagens das câmeras que estão espalhadas tanto pela casa quanto pela rua.

Me aproximo da pequena tv, olhando fixamente para as imagens que ali mostravam.

Mais uma traição.

Julia está subindo e descendo no pau do Caio, no meio da sala do cativeiro, onde eu poderia a qualquer momento sair do quarto em que eu deveria estar dormindo e ver e eles não estão nem se importando com isso.

Ela inclina a cabeça pra trás com a boca semi aberta, sem peça nenhuma de roupa em seu corpo, enquanto Caio puxa seu cabelo pra trás, ela quica em seu colo de olhos fechados.

Julia sempre foi ambiciosa, ela sempre quis mais do que poderia ter e quando eu dava o que ela queria, ela já queria mais e eu sempre fazendo tudo por ela e ela por mim, até hoje.

Eu não estou com raiva, eu não estou sentindo absolutamente nada.

Me levanto da cadeira e sigo em direção ao meu quarto, me deito na cama e fecho os olhos.

Como eu disse, eu estava tentando segurar água.

Abro os olhos 5 horas mais tarde, olho no relógio pequeno que tem na parede em frente da cama, são 08h14min da manhã.

Julia está com uma perna em cima da minha cintura, deitada de bruços e o rosto virado para mim.

Eu me viro pra ela e fico parado olhando a serenidade em seu rosto.

Eu amo tanto essa mulher.

Levo minha mão direita e aliso sua bochecha lentamente.

Julia - Vai dormir preto. - Ela sussurra e se vira para o outro lado ficando de costas pra mim.

Eu sorrio comigo mesmo ao ouvir o apelido pelo qual ela sempre me chamou e o qual eu sempre adorei ouvir, Preto.