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🔷️TAILA

É uma casa grande para um homem sozinho, dois andares, toda branca, até a porta é branca.

Se fosse minha eu trocaria pelo menos a porta, colocaria um jardim pra harmonizar a frente da casa, colocaria umas janelas de vidro, eu faria varias coisas.

Cocada - Não vai entrar? - Ele se vira pra falar comigo.

Estou em frente à casa de Caian, eu nunca tinha reparado no quanto essa casa precisa de um toque feminino.

Concordo com a cabeça e dou uma ultima olhada na frente da casa.

Cocada sobe os poucos degraus em frente à porta e bate na mesma, em segundos Iure aparece abrindo a porta.

Ele desce os degraus correndo e ergue os braços pra me abraçar, eu nego com a cabeça e sorrio de lado pra ele.

Não é que eu não quisesse abraçar ele, eu só não estava prepara pra isso.

Iure retribui meu sorriso.

Iure - Analu está tomada banho, ela já comeu e comeu bastante, agora ela está deitada vendo tv, agarrada em Josué. - Ele dispara a me dar exatamente as informações que eu queria.

Taila - Obrigada! - Eu digo pra ele.

Eu queria dizer tantas coisas.

Ele se vira e sobe os degraus entrando na casa de Caian, eu sigo ele porta adentro.

Manu e David estão deitados um em cada sofá da sala, os dois estavam bastante machucados, mas Manu se superou indo me salvar mesmo tão ferida.

Grazi - Pelo amor de Deus, eu estava quase enlouquecendo. - Ela grita atrás de mim e me abraça e aperta forte, com seus braços médios, magros e esmagador, não daria para evitar esse abraço, mesmo que eu a negasse ela viria até mim.

Eu me viro pra olhar minha amiga, mais baixa que eu e muito mais forte que eu.

Grazi - Vem, vamos ver Analu antes de eu te dar um banho. - Ela fala baixinho e me puxa.

Subo uma fileira de doze escadas, eu conto uma por uma.

Eu estou prendendo a minha mente em cada detalhe de cada coisa, estou me permitindo pensar e observar tudo que antes eu nem me importava em reparar, talvez dessa forma a minha mente não vague para o lugar que eu quero evitar.

Grazi abre a porta de um dos três quartos da casa de Caian.

Até agora não sei por que uma casa tão grande para um homem sozinho.

Analu estava deitada, abraçando Josué que estava com a cabeça encostada no rosto dela.

Eu ando até onde minha filha está e ela se levanta rápido, pulando em mim, me agarrando com seus braços pequenos e quentes e suas pernas também pequenas e maciais.

Analu - Eu estou bem mãe, eu fui forte, já sou uma mulher. - Ela fala com o rosto enfiado no meu pescoço.

Meus braços apertam minha menina, tirando toda e qualquer distancia que poderia existir entre nos duas.

AO ACASO  | MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora