AO ACASO | MORRO

2️⃣7️⃣

🔷️ TAILA

Está tudo aqui na minha frente.
São 87 armas sendo exportas, 59 homens espalhados pelo morro, desde o início do morro até o camarote no baile.

Rei está sempre sentado no trono dele, e em algumas das imagens aparece aquela loira que quis me afrontar uma vez.

Eu não consigo decifrar o que estou sentindo. No fundo eu sempre quis achar que ele jamais iria me superar, mas pelo visto ele seguiu em frente como se eu nunca tivesse existo e pior ainda é que ele seguiu em frente sem ao menos se preocupar com a filha.

Jessica- Foi tudo o que eu consegui. - Ela fala me tirando dos meus pensamentos.

Taila - Eu te disse que não queria você se envolvendo com ninguém lá. - Digo enquanto volto meus olhos pra ela, que está sentada na minha frente.

Jessica - Você queria imagens, queria detalhes, eu precisava tentar e eu conseguir. - Ela cruza os braços

Taila - Suas atitudes, suas consequências.

Jessica - Cocada é uma boa pessoa.

Taila - Ele é bandido Jessica. E braço direito do Rei, o que significa que é perigoso.

Jessica - Foram só uns beijos, doutora. E eu não vou mais por meus pés naquele lugar, é assustador. - Ela fala e eu ja não respondo mais, eu dei uma orientação e ela não seguiu, as consequências disso eu não assumo.

Volto meus olhos para a tela do tablet onde passa as imagens do baile.

No momento eu tenho o que preciso, agora eu só preciso organizar o que fazer com as informações.

Caio - Posso entrar? - Ele fala colocando a cabeça dentro da minha sala, e eu mais que depressa bloqueio a tela do tlabet.

Essa visita da Jessica foi confidencial, apenas eu e ela sabemos, eu não quero ninguém se metendo nos meus planos.

Taila - Está dispensada Jéssica! - Ela concorda com a cabeça e sai da minha sala.

Caio - Alguma novidade sobre a investigação do estuprador?

Taila - Estou esperando o madado do juiz para entrar na casa do suspeito e apreender seus pertences, o mandado deve sair hoje.

Caio - Você permite que eu fique a frente do caso? - Ergo a sobrancelha.

Ele esta estranho demais esses tempos, não solta mais piada, pede permissão pra tudo, nem se envolve mais na operação do Alemão.

Taila - Todo seu.

Caio - Obrigada. - Ele sorri e sai da minha sala.

Ligo novamente a tela do tlabet e volto a analisar as imagens, hoje eu to de plantão, então o dia vai ser longo demais.

Olho as horas no relógio do meu pulso, são 12h35min. Me levanto pegando minha 38 e colocando no coldre na cintura, visto meu blazer e saio da sala.

Taila - To indo almoçar Jorge, me avisa qualquer coisa, ta?!

Jorge - Pode deixar doutora.

Saio da delegacia e vou direto para meu carro em direção a minha casa.

Chego no condômino e estaciono meu carro em frenre a casa, quando desço do carro ouço a voz que tem o poder de acalmar meu coração.

Analu - Mamãe - ela fala enquanto corre até mim, abraçando minha cintura.

Taila - Ai carrapato, tava com saudade. - Digo beijando o topo da sua cabeça.

Analu - Mas você me viu hoje de manhã.