Cantigas Invernais

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cantigas invernais, envoltas de langor
enamoradas da densa neve
caindo pálida e cândida,
sobre longos campos níveos
adornadas de beleza tenra
ao tornar-se elã

época asonharada, de magia etérea
do cair da fina geada, às cinco da manhã

pequenas flores congeladas
com magia escorrem líquidas
fluídas como o nascer de uma cachorreira,
numa floresta morta, abençoada por pã...

cantigas invernais
que de meus lábios escapam serenas
como a brisa vinda d'um último longínquo inverno;
és vida em morte
és natureza vívida e bela
mesmo ao congelar das pétalas
és assassina de folhagem esbelta;
em minha essência tu permaneces bruta.

Tecelã de Sonhos - Poesia D'águaOnde histórias criam vida. Descubra agora