Myths, Dreams and Poetry. port/eng
it is a hymn as much as it is an obsession
- but isn't it holy?
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Vim d'uma morosa manhã de abril, cresci como coruja cantante na copa do pau-brasil, tornei-me como bruma e desfiz-me...
suavidade da luagem, tecida fina em candura, mesmo ao ser feroz, a vagar junto da arcaica noite sacarina, seu véu virginal alabastrino cai por mantas ao tornar-se prateado; pungente e viscoso, como ventre d'uma deusa arisca.
o lume que alui por terra, assim como estrela-da-manhã que por este solo já rugiu, é ardente como sol de meio-dia, e por entre acordes d'uma branda lira, à véspera da noite tonta, torna-se melodia - amelopiando a chegada da estação nívea.
a noite vernal enluarada, rodeada da brisa marina, deriva-se da mais vetusta religião; é saborosa como benção, alimenta a alma e o coração, embuída em delírios, ébrias de sonhos míticos, é malina e muitas vezes pueril. são resguardadas por éolos cândidos, que tornam as afáveis dos pés às mãos.
no mar-de-vênus colheram vida e Visão; encontram-se todos juntos, apenas na estação alva-vernal. a luagem pinga pela noite, e escorre até o mar-breu, o zéfiro entoa e dança, guiando até si, o querido inverno juvenil.
de junho à agosto tudo merge-se em bacanaria febril; constante delírio, opulente como ave-do-paraíso assobiando antigas cantigas, dançadas por anjo serafim caído.
em setembro o sono é derramado, e acalanta suavemente. langorosas, derretem em sonhos tenros, nacarinos e cálidos, e o inverno, a beira-mar selênica, é colhido ao amanhecer pálido; "Até junho, querida lira, faço-o ternamente, do árido ar veranil, ao cair do níveo inverno alado"
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