silenciosa através da floresta,
entressonhando descalça e ansiando
por um pedaço de alma que aqui deixei
na manhã tranquila de anteontem.
acalento os pinheiros e beijo cambucás
enquanto procuro meu caminho para o campo de calêndula,
onde devo ter deixado minha alma,
no leito d'um rio, chamado "abril ainda"
minha alma desmanchou-se em gotas de ambrosia,
deito na grama e ouço os pássaros cantarem,
pois a alma que eu deixei lá, agora
adoça o bico delicado do canário,
e encho a lacuna d'alma bebericando alegria de seu doce cântico selvagem.
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Tecelã de Sonhos - Poesia D'água
PoetryMyths, Dreams and Poetry. port/eng it is a hymn as much as it is an obsession - but isn't it holy? - Vim d'uma morosa manhã de abril, cresci como coruja cantante na copa do pau-brasil, tornei-me como bruma e desfiz-me...