i.
Espuma do mar a entressonhar,
com cintilar fosco a no fim da onda bailar.
Canta canta a espuminha, sobre este seu eterno lar,
que circula toda a terra, onde jaz o fim do mar.
D'onde fita nuvens, doudas a brincar,
entre os passarinhos, banhando-se de luz solar-Ofuscando a luz da espuma a devanear,
sobre o negro céu pronto a desabrochar
com véus e mantas sob toda à superfície, colocando-a terna a nanarii.
És para o mar o acalanto
da quentura para humanos,
És segurança e leveza,A calma vida amorfa, afagando do mar suas tristezas.
iii.
No teu âmago és cérulea,
refletindo esta anciã visão d'onde
o céu, um dia alveo-quebradiço, derramou-se na face da vastidão - mar - jazendo o nascimento da leitosa amorfa,
a qual clamamos "espuma-do-mar".iv.
Vives em meio a vastidão,
a do céu, sua eterna celestia casa
e a do mar, sua fresca pátria.
Ambas eternas em teu cerne,
ambas escorrem com egrécia beleza - doce e caméliosa,
com lídima suavidade - ora uma vez divina morada de Afrodite acalantada...v.
Poderia o mel mais doce ser tão doce como você?
Talvez não em gosto, pois água marina salgada é,
E doçura não é só medida em gosto,
mas também por alma, beleza e poesia;Vives no mar, vejo-te sempre como a beira da onda, parece que fosses entrelaçada delicadamente em cada dobra, fitas o céu a uma eternidade, recebes cada ambrosia que pinga da branda abóbada.....
E Teuu não-corpo é como espuma de café!
Porém és da mãe-maré e és profética a apreciar este grande moroso céu, como fantasma a assombrar um antigo castelo reclamado pela natureza, ou um antigo mausoléu...vi.
Tua doçura é infinita, pertences a mãe da natura que lhe clama, és sagrada além de doçura. Não conte ao mel...
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Tecelã de Sonhos - Poesia D'água
PoetryMyths, Dreams and Poetry. port/eng it is a hymn as much as it is an obsession - but isn't it holy? - Vim d'uma morosa manhã de abril, cresci como coruja cantante na copa do pau-brasil, tornei-me como bruma e desfiz-me...