Casa do Lago

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•Claire's POV•

A noite se estendeu por mais alguns minutos já que acabamos pegando no sono, um no colo do outro. Quando acordamos, Tom disse que precisava ir para ajudar com algumas coisas referente a ceia de Ano Novo e se foi na parte da tarde do dia seguinte.

Depois de muito tempo, eu finalmente estava feliz e sentia que nada poderia arruinar o que, sem querer, acabamos construindo. Nosso estranho e caotico, porém incrível relacionamento. Incrível porque, acima de tudo, acabamos virando grande amigos além de amantes e não poderia estar dando mais certo. Tudo estava em seu devido lugar.

Depois de 3 horas que Tom deixou minha casa, ele me ligou por facetime dizendo que já estava com saudade e quer saber? Eu também estava, mas tinhamos nossas vidas e precisávamos arrumar algumas coisas nelas.

A véspera de Ano Novo vai ser amanhã e hoje estou indo para Hampshire passar a virada do ano junto com a família dos meus tios que moram lá e junto a minha família que está lá desde o natal.

Não temos uma nevasca forte a duas semanas e hoje não nevou o dia todo, isso significa que as estradas estarao livres e a viagem de ônibus será tranquila até Hampshire.

×××××××

Passei 4 dias na casa de meus tios e voltei a Londres sozinha, já que o restante dos membros de minha família escolheram por passar mais alguns dias em Hampshire com meus tios. A verdade é que eu não me sentia muito a vontade naquela cidade e muito menos na companhia de meus tios. Não me entenda mal, eles são maravilhosos, mas são do tipo que querem saber de cada detalhe de sua vida e torce o nariz pra algumas escolhas que fazemos para nossa própria vida.

Tom e eu conversavamos todos os dias por mensagem de texto e duas das quatro noites que passei fora de Londres, ele me ligou por facetime e uma das vezes acabou conversando mais com Melissa do que comigo, o que foi estranho porém engraçado. Eles se tratavam como dois amigos de longa data e viviam fazendo piadas um com o outro.

Tom me buscou na rodoviária e me levou para sua casa ao invés de para a minha, ele disse que Harry estava com saudade e que ele queria tentar uma coisa comigo. Essa última parte me deixou apreensiva mas não demonstrei, eu estava feliz por estar perto dele e ele parecia estar feliz também, já que cantarolava a maior parte do caminho da rodoviária até de volta a sua casa.

Antes de chegar a sua casa, ele estacionou em uma rua cheia de comércios e me pediu para aguardar no carro e não espionar. Eu confesso que a curiosidade falou mais alto e eu tentei ver onde ele tinha entrado mas perdi ele de vista no meio de toda aquela multidão que estava aproveitando as liquidações pós festas.

Ele entrou no carro com um largo sorriso e antes disse, colocou duas sacolas que eu não consegui identificar no porta malas.

- O que você ta aprontando, Holland? - o vi abrir a porta para entrar no carro.
- Nada. - fechou a porta e me deu um selinho rápido.
- Você ta é me deixando com medo.
- Não tem que ficar com medo, só espero que você saiba fazer. - ligou o carro e arrancou.
- Fazer o que, Thomas? Você ta me deixando ansiosa. - falei com manha.
- Relaxa, amor. - pousou a mão em minha perna e a apertou levemente.

Ele desviou o caminho e fez uma rota completamente diferente da rota de sua casa, o que reforçou minha preocupação.

- Você não é nenhum daqueles caras loucos que levam garotas desavisadas para algum lugar distante e rouba os órgãos dela pra vender na deep web, né?
- Que? Do que você ta falando? - falou rindo.
- Você! Ta indo pra outro lugar e nem me falou nada.
- É porque é uma surpresa.
- Eu vou gostar?
- Espero que sim.

Polaroid | TOM HOLLANDWhere stories live. Discover now