Ciúmes

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•Tom's POV•

Meus planos não eram de ficar no sítio e dormir, eu queria voltar pra casa e descansar lá, mas eu tinha uma vantagem: uma vez que eu estava com sono, qualquer lugar era um lugar.

Demorou um pouco, por conta de todos os pensamentos que rondavam minha mente, mas depois de muito pensar em Claire, no Ian e nos dois juntos, cai na real de que era ao meu lado em que ela dormia com a ternura de uma criança inocente, e assim, consegui dormir.

×××××××

Pelo visto, quando acordei, somente eu e Claire haviamos passado a noite no sítio. Tudo estava em completo silêncio e a garota ao meu lado ainda dormia profundamente.

Resolvi descer até a cozinha e tomar um pouco de água e levar também para Claire, que com certeza estaria de ressaca quando eu a acordasse para irmos embora.

Subi as escadas em silencio e ela permanecia na mesma posição em que a deixei poucos minutos atrás.

Eu não queria que ela acordasse agora, gostava de a ver dormir. Foi por isso que entrei na ponta dos pés e tomei cuidado para não mexer muito o colchão quando sentei ao seu lado. Seu rosto parecia tão calmo e terno quanto ao por do sol do fim de uma tarde de outono, principalmente pelo feixe alaranjado de luz solar que entrava pela janela e iluminava suas bochechas rosadas e seus lábios entre abertos. Eu poderia olha-la por horas, se não fosse pelo meu espirro incontrolável que acabou a acordando.

- Bom dia, princesa dorminhoca. - estiquei minha mão com o copo d'agua para ela que olhou com os olhos quase fechados por conta da claridade.

Claire estava deitada de bruços e me olhou com os olhos semicerrados, quando notou o copo d'agua. Se ajeitou na cama de modo que ficou meio deitada e meio sentada e pegou o copo de minha mão.

- Não me diz que você fez de novo. - levou o copo até a boca e por cima dele me fitava com os olhos inchados.
- De novo o que?
- Ficou me olhando dormir.
- Você sabe que eu não resisto. - me aproximei e beijei sua bochecha.
- Isso seria fofo se não fosse assustador. - brincou ela - Obrigada pela água.
- De nada. Sabia que iria acordar com sede.
- Na real acordei ainda bêbada.
- Você esperava o que?
- Ai, não grita. - ela reclamou e colocou dois dedos em um lado das têmporas - Cade todo mundo?
- Eu nem levantei meu tom de voz e todo mundo foi embora ontem, menos a gente porque eu tive que ficar aqui cuidando de uma moçona bebada.
- Awwn, fofo. - era nítido seu deboche, mas aquela situação me fez achar graça, e não raiva.
- Ta bom, já ta ótima, né? - me levantei - Podemos ir? Eu to morrendo de vontade de tomar um sorvete de manga e aqui não tem.
- Eca. - ela me olhava com nojo - De manga? De que mundo você veio, garoto?
- Não me olha assim, você já tomou?
- Não.
- Então não fala mal do sorvete de manga.
- Falo sim, não tinha outro sabor pra você gostar não?
- Tinha, mas esse é o melhor e eu vou te forçar a comer.

Fui para cima dela lhe dando cócegas. A essa altura ela já havia deixado o copo de água sobre a cômoda ao lado da cama e eu aproveitei para brincar com ela. Eu adorava o som da sua risada, então fazer cócegas nela, tinham outras vantagens além de ve-la se contorcer toda e implorar para que eu parasse.

Pra mim, esse era o ápice de intimidade entre duas pessoas que realmente se gostavam e isso me deixava completamente tranquilo sobre nosso relacionamento.

- Ta bom, ta bom. Agora chega. - dizia ela ainda sorrindo e procurando por fôlego.
- Ta, então levanta. - eu já tinha me levantado e esperava ela fazer o mesmo.
- Tom, são delirios de minha mente bêbada ou você quis me matar afogada ontem?
- Eu te fiz uma favor e te dei banho gelado antes que você entrasse em coma alcoólico, então de nada.
- Eu quase morri foi de hipotermia.
- Lá vai você sendo exagerada de novo. - revirei os olhos e me sentei na ponta da cama, ao seu lado - Claire?
- Hm?
- Quer que eu te de outro banho? - a intensidade no meu tom de voz quando lhe disse tais palavras, era quase palpável e meus olhos, involuntariamente, desceram até as pernas nuas dela, subindo por todo o seu corpo que só estava com uma lingerie branca e pararam em seus seios.
- Meu Deus, Thomas. Para de me olhar assim! - ela envolveu o corpo no lençol solto da cama antes que minhas mãos alcançasse suas pernas bronzeadas.
- Então levanta, vai! - dei um pulo da calma e bati palmas pra chamar atenção.

Polaroid | TOM HOLLANDWhere stories live. Discover now