Não era um sonho

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•Tom's POV•

- Claire? - chamar o nome dela foi a primeira coisa que fiz quando acordei e não a encontrei ao meu lado como deveria acontecer.

Por um segundo fiquei com medo de que tudo o que aconteceu na noite passada tivesse sido um delírio da minha cabeça, mas ouvi a porta do banheiro do meu quarto se abrir e Claire sair de lá enrolada em uma toalha, com os cabelos molhados e segurando a escova de dentes dela que ficava no meu banheiro.

- Oi. - ela disse sorrindo, aparentemente tão feliz quanto eu.
- Nada, só queria me certificar de que não era um sonho. - a respondi, vendo Claire se aproximar de mim.
- Foi real e eu te amo. - ela sentou ao meu lado na cama e me deu um selinho demorado, enquanto afagava meus cabelos.
- Eu te amo. - foi minha vez de dizer. Ela sorriu, se levantou e foi até o banheiro de novo, fechando a porta atrás de si.

Eu estava sentado na cama, não conseguia parar de sorrir e assim que ouvi o barulho da porta se fechar, deixei meu corpo cair de volta na cama e fiquei sorrindo para o teto, feliz como nunca estive. Infelizmente tive meu momento interrompido por batidas na porta.

•Claire's POV•

Ontem foi a noite de amor mais carinhosa e com mais amor envolvido que já tivemos. Não teve maldade. Mãos nas mãos, olhos nos olhos, lábios nos lábios, pele na pele. Ele nunca havia me tocado com tanto intensidade, com tanto amor como dessa vez. Os movimentos lentos demonstravam tudo o que sentiamos um pelo outro. Sua voz rouca no meu ouvido, junto com seu cheiro e sua pele tocando a minha, nos lembrando a cada segundo de que não havia nenhuma espaço entre nós e nada que nos impedia de nos amarmos como fazíamos. Era somente eu e ele, nos amando.

Ao acordar, senti seus braços me envolvendo em um abraço forte. Senti seu peito nu em contato com as minhas costas. Me virei para observar seu rosto enquanto ele dormia. Parecia um anjo. Eu não me cansava de olhar para ele, mas precisava de um banho depois do que fizemos ontem, então comecei a dar carinho em seu cabelo e distribuir alguns beijos pelo seu rosto algumas vezes, tentando acorda-lo. Quando vi que seria inútil, tomei coragem de me afastar dele e fui até seu guarda-roupas, onde sabia que encontraria peças de roupas minhas.

No banho, só conseguia sentir saudade da noite de ontem, principalmente da parte em que me senti tão feliz que transbordou pelos meus olhos enquanto Tom mantinha seu corpo o mais próximo do meu. Senti falta de sua mão em meu rosto, a secando minha felicidade em forma de lágrima, depois seus lábios nos meus e seus braços me puxando para cada vez mais perto.

Ouvi a voz alto e rouca de Tom me chamar, logo depois que me envolvi na toalha e me preparava para escovar os meus dentes.

Eu voltei para o banheiro depois de dar um bom dia para ele e enquanto colocava minha roupa que encontrei no armário de Tom, ouvi batidas na porta e a voz de Tom dizer "entra".

Era Sam. Eu não o via fazia praticamente dois meses e ficaria feliz em finalmente me encontrar com ele. Os irmãos de Thomas haviam se transformado nos meus irmãos também, eramos uma família novamente. De dentro do banheiro, eu ouvia perfeitamente o que eles diziam, mesmo Sam sussurrando as vezes.

- Tom, ta sozinho aí, né? - Sam perguntou.
- Agora eu to.
- Cara, eu não vou deixar você fazer isso.
- Isso o que? - Tom quis saber.
- Eu vi que trouxe uma garota pra casa ontem. Você não deveria. Você gosta da Claire e se fizer isso vai estragar qualquer chance que tenha de voltar com ela. Fora que você faz essas palhaçadas e fica ainda pior depois, aí eu que tenho que ficar te dando colo pra você chorar de saudade da Claire.
- Mas Sam... - ele parou de falar quando eu abri a porta do banheiro.
- Não me diz que a garota ainda ta aí. - Sam sussurrou, mas consegui ouvir.

Polaroid | TOM HOLLANDOnde histórias criam vida. Descubra agora