CAPITULO 11

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***

Abro meus olhos lentamente, sentindo uma imensa dor de cabeça. Reviro minha cabeça para os lados, afim de reconhecer aquele local. Eu estou no hospital, há um tubo de soro sobre o meu antebraço, reviro os olhos. — Droga! — Resmungo tentando tirar aquele tubo agoniante de meu antebraço.

— Não faz isso, é para o seu bem. — Uma voz feminina profere fazendo-me parar. Olho para o lado e vejo uma bela garota de cabelos longos, olhos caramelos e nariz empinado. Ela vem sorrindo em minha direção. — Muito prazer, me chamo Nicole. —  Fala ao estender suas mãos para me cumprimentar. — E Você? Como se chama?

— Nicolly. — Respondo vendo sua expressão fechar.

— O que?

— Nicolly, Nicolly Kidman! — Respondo soltando um sorriso de lado.

Nicole começa a observar todo o meu corpo, até chegar em meu joelho enfaixado. — O que houve?

— Eu sofri uma queda e acabei esmurrando meus joelhos com força sobre o chão. — Vejo sua cara de deprimissão se formar. — E Você? O que faz aqui?

— Vim para fazer uns exames, faz um bom tempo que não venho me sentindo bem. — Suspira.

Antes que eu pudesse retrucar, minha tia aparece com um semblante de preocupação. Segura uma de minhas mãos. — O médico quer fazer exames em você.

— Mas eu estou me sentindo bem.

— Ele disse que é preciso.

Não respondo nada, apenas assinto com a cabeça, levantando-me da maca onde meu corpo se encontrava, não colocando muitos esforços.

***

— Quero que se deite nessa maca, faremos uma série de exames em você, coisa rápida. — O doutor ordena apontando para a maca, obedeço. Uma agulha é injetada em meu antebraço, tirando um pouco do meu sangue. Vários exames foram feitos em mim.

***

— O que ela tem, doutor? — Minha tia pergunta indo até o doutor, que se encontrava jogando a agulha no lixo.

— Não posso responder agora, os exames só estarão prontos daqui à dois dias. — Ela concorda com a cabeça. — Espero que vocês tenham um bom dia. — O doutor profere soltando sorrisos para mim e minha tia.

A porta é destrancada mesmo antes de o doutor pôr a mão na maçaneta. — Bom dia! — A voz masculina profere ao entrar para dentro do quarto.

— O que esse garoto está fazendo aqui? — Grito ao perceber que era Kaique.

— Calma, eu só vim ver como você está, sua mãe me avisou do ocorrido e eu vim o mais depressa possível. — Tenta se explicar ofegando profundamente. Reviro os olhos. Kaique se senta ao meu lado pegando uma de minhas mãos e depositando um beijo. Solto-me com impulso e vejo o próprio aborrecido. — Não vai me perdoar nunca?

— Eu já te avisei que eu te perdoei, só não quero mais nada com você.

— Vou deixar vocês dois à sós, precisam ter uma conversa. — Minha tia profere ao abrir a porta do quarto e se ausentar.

Kaique levanta-se e vai até a porta para fechar por completo. Volta para a sua posição inicial. O silêncio toma conta do quarto, deixando apenas o ruído do relógio na parede ecoar. Seu olhar brilhante vinha de encontro ao meu. Seus lábios carnudos vem encostando lentamente sobre os meus, mas eu o evito, vendo o próprio revirar os olhos. — Porque não me dá mais uma chance? — Indaga com o seu olhar agora melancólico.

Talvez Não Exista Um "amanhã".Where stories live. Discover now