Cap. VIII: VISÕES: O FUGITIVO E A PRINCESA

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TRANSILVÂNIA. IDADE DAS TREVAS


- Filho! Se apresse! - um homem vestido com uma longa capa negra grita entrando no quarto de um rapaz que ainda dorme.

- Não temos mais tempo!

- Ah... Victor; Espera um pouco... Pai? - o rapaz diz mal humorado, quando uma janela bem atrás dele começa a brilhar.

- Quem mais? - o homem diz colocando uma carta bordô com contornos dourados numa grande mala preta de couro, quando uma bola de fogo enorme explode a janela bem atrás do rapaz. - Victor já não está aqui, meu filho! Aquele traidor miserável fugiu durante a batalha, não se lembra?

- Malditos mortais! - o rapaz grita agarrando o pai que já segura a mala.

- Cuidado! - o homem de preto grita, enquanto o filho, o agarra pulando para fora do quarto, e as paredes explodem.

Pai e filho agora correm pelos corredores sombrios que tremem enquanto vitrais e paredes são bombardeados por tochas.

Lá fora; bolas de fogo já são lançadas por catapultas trazidas por milhares de pessoas que marcham na direção de um castelo negro imenso, guardado por vampiros, lobisomens bípedes e lobos gigantescos.

- Queimem! - a multidão furiosa grita.

- Queimem tudo!

De repente, alguns da multidão vêem vários morcegos saindo das torres do castelo.

- Vermes! - o homem de pele pálida que corre com o filho pelo castelo em chamas grita furioso.

- Já mataram minha amada e muitos de nossos aliados! Meu derradeiro filho não!

- Pai; deixe os morcegos e nossos aliados cuidarem deles.
Vamos! - o rapaz grita olhando para uma janela que dá para a floresta, onde uma pequena luz percorre o que parece ser uma ferrovia bem distante.

- Por aqui! - o jovem grita se jogando sobre o vitral, e seu pai o acompanha.

Assim que saltam, eles se transformam em vários morcegos que mergulham, voando na direção da pequena luz que vem da floresta.

Lá atrás; a multidão enfurecida continua destruindo o castelo, quando é atacada por uma revoada de morcegos furiosos, monstros como lobisomens, strigois, um casal de humanos armados com balestras, machados e espadas, e até um ser que lembra um humano de asas emplumadas, que também defendem o castelo.

Já o pai e o filho que se transformaram em morcegos; agora se aproximam de um trem bala enorme que saindo de um grande portal luminoso atravessa a floresta reduzindo a velocidade.

Dentro do trem, é anunciado que a velocidade foi reduzida para não perturbar as criaturas da floresta.

- Essa não! - uma garota pálida de cabelos brancos reclama:

- Assim vamos atrasar ainda mais.

- Tenha paciência, alteza! - Diz a voz grave de um abominável homem das neves, que lhe serve um chá com bolachas.

- Muito obrigada. Sir Friuz!

- Disponha, alteza! - o monstro gentil diz sentando-se ao lado dela.

- Está ansiosa não é?

- Estou sim. - a garota diz se servindo com chá.

- Papai me disse que será bom para que eu aprenda a controlar...

[ UDG ] A GAROTA DA CAPA. O CONTO REPAGINADOΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα