F.R.I.E.N.D.S - Tom Holland

Tom

- mas tinha que ser ele Martina? De todos os caras justo o que não me suporta e ainda insiste em me difamar na internet? - meu tom era alto e eu sabia que qualquer um fora desse trailer podia me ouvir. Mas eu não me importava. Ela tinha que me ouvir.

- não dá pra escolher quem a gente ama, Tom. Por favor entenda. - ela tenta explicar, confesso que não dou nenhuma chance.

Um pessoa com o coração partido faz e diz muita merda.

- ama? já tá nesse nível? Ahhh francamente - uso o sarcasmo como defesa e ela de imediato revira os olhos.

- Thomas eu já disse a ele para não se envolver em nenhuma polêmica, nem falar sobre você pois somos amigos. Você só tem que dar uma oportunidade.

- Martina ele chamou o meu irmão de rato. O Paddy lembra? - ela assenti que sim. - Então você lembra o quanto ele ficou por dias por causa do ódio gratuito do seu namorado né?

- isso foi uma fase. James tá diferente agora. - ela o defende tão cegamente que nem parece a mesma Tini de sempre.

- ele foi cruel, não foi uma fase como quer acreditar.

- eu o convidei para o jantar anual do hotel, acho que é uma grande chance de vocês se conhecerem e se resolver.

Eu a encaro incrédulo. É como se minha ficha estivesse demorando para cair. Ela o ter convidado para algo tão íntimo como o jantar anual dos Camilo, era algo significativo. Era real. O namoro era real. Meu coração se parte novamente em pedacinhos. Eu podia o ouvir partir dentro do meu peito.

- por mim, por favor. - ela implora se aproximando de mim. E me abraça. Era tudo o que eu não precisava agora. Sentir ela tão perto e tão longe assim.

- não faz isso.

- isso o que? - a deixo confusa.

- se aproximar achando que tem algum poder sobre mim. Você não tem. Sermos amigos não significa que tem o direito de manipular.

- Tom eu não estava tentando te manipular. Eu só queria chegar a um acor....

- um acordo? - a interrompo. - fala sério Martina você vive num outro mundo? Por que para ser tão tonta assim.

Como eu já disse pessoas com o coração ferido sempre estragam tudo. E eu nesse exato momento estou estragando as coisas e jogando a culpa nela, sendo que a culpa só pertence a mim. Desde o início era só dizer o que eu sentia e pronto. Mas aqui estou eu tentando negar pra mim mesmo que esse é o modo mais fácil. Estou tão enganado.

Ela deixa a sala sem dizer nada. Não precisava, seus olhos já disseram tudo. Ela estava magoada, mas pior do que isso ela não sabia por fui tão cruel. A culpa me consome. Merda. Dou um soco na parede do trailer tão forte que meu punho sangra de imediato.

- parece que alguém está muito puto aqui. - Harrison ironiza. Eu não aguento olhar para ele e me desmancho em lágrimas.

- ela me acha um idiota.

- não, que isso Tommy. Ela sempre te achou um idiota. Agora ela tem certeza. - o encaro com tanta raiva que ele levanta suas mãos em forma de rendição. - não tá mais aqui quem falou.

- perdi minha melhor amiga e a garota que eu amo em menos de 1 hora. - ele então né abraça, e eu soluço. Pareço um bebê chorão que perdeu seu brinquedo favorito.

- não vamos deixar o biscoiteiro vencer. okay? - ele diz com uma convicção assustadora.

- biscoiteiro? - pergunto.

- é uma giria do twitter para pessoas que querem ganhar fama em cima dos outros ou certas situações. Ele é um biscoiteiro. - ele explica.

- olhando por esse lado ele é mesmo.

- você a ama de verdade e está disposto a tudo?

- sim.

- então vamos para a guerra irmão. - ele olha para o nada como se estivesse em uma cena heróica e acabasse de dizer a fala principal.

- você está me assustando.