Tom

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Para mim a Martina estava morta. Eu ainda faria a série, trataria ela com a educação que trato todos, mas não a chamaria de família de novo. Nunca mais. Preciso urgente seguir com a minha vida olhando só para frente, ficar parado esperando ela me alcançar só machucava o meu coração. Chega de post do Instagram aparecendo na minha timeline, com fotos do novo casal surgindo o tempo todo. Chega de briga de fandom por causa de shipp que nunca rolou. Chega de tablóides sensacionalista e pretensiosos, inventando histórias atrás de história. Chega de Hollandilo.

A maioria das fãs tinham razão, esse shipp nunca aconteceu. Eu queria? Óbvio. Mas estava mais do que claro o quanto a Martina nunca sentiu o mesmo, fala sério a gente deu só um beijo durante nossos anos de amizade. Estávamos predestinados a dar errado.

Retiro todas as fotos nossas que ficavam coladas em um painel do meu quarto, junto as fotos de família, e as coloco dentro de uma caixa de papelão que peguei na cozinha. Guarda as camisetas de banda que ela comprou pra mim por achar que eu ficaria bem nelas, os enfeites diversos de lugares que ela visitava no mundo inteiro, também vão parar na caixa. Os óculos, meu perfume favorito, que Tini havia me dado em meu último aniversário, cujo qual eu ainda nem tinha usado e até mesmo suas roupas que ela deixava de vez em quando, quando vinha para dormir...tudo na caixa.

- filho a....- ela para no meio da frase ao me ver encaixotar as coisas de Tini. - O que você está fazendo Thomas Stanley Holland?

- jogando fora o passado e focando no futuro.

- lindo!! filosófico!! - ela bate palmas como deboche, tinha pego essa mania de Martina. Como me livrar de um fantasma que vai sempre me assombrar. - Pois pra mim parece que você tá querendo jogar fora as coisas da Tini.

- acho que foi isso o que eu quis dizer com jogando o passado fora. - ela me fuzila com o olhar.

- não faça coisas das quais possa se arrepender, filho.

- mãe só me diz o que veio me falar, okay. - ela bufa mas não briga, minha mãe é daquelas que quer seus filhos aprendendo com seus erros.

- Olivia está aí na sala, ela disse que vocês combinaram de sair.

- ela chegou? Ótimo, já estou pronto faz um tempo. - digo passando um perfume na minha camisa preta.

- me diz que não tá tentando usar essa garota pra tampar seus sentimentos pela Tini? - ela pergunta, mas pelo meu olhar ela já sabe a resposta. - Tom!!! Não seja burro, pode colocar tudo a perder.

- só tira as coisas que separei daqui mamãe, e não se preocupe...sei me cuidar. - deposito um beijo em sua testa antes de sair.

- e aonde eu coloco todas essas coisas? - ela grita.

- no lixo. - grito de volta, já no corredor.

*******************

Olivia me trouxe para um pub conhecido aqui de Londres, já havia frequentado algumas vezes com o elenco de Far From Home e gostei bastante na verdade, fico feliz por nunca ter vindo aqui com Martina ou esse encontro ia já começar com o pé esquerdo. A loira usava roupas pretas básicas parecidas com as minhas, quem visse de fora iria pensar que éramos um casal  combinando. O papo era sobre faculdade, não era tão cabeça quanto eu queria mas eu tinha a cerveja em mãos para entupir minha mente de absolutamente nada. Só pra esquecer. Esquecer Martina.

Eu olhava para Olivia bem a minha frente e tudo o que eu pensava era em como Tini amaria esse pub, lembro que ela tinha me convidado para um karaokê no centro da cidade dias antes de eu saber que ela estava com alguém, e sinto um nó na garganta só de pensar em como as coisas mudaram tão rapidamente. Me sentia nostálgico. Mas agora tudo o que havia sobrado era um simples nada. Tudo jogado pela janela por ela própria.

- você está com a cabeça muito longe. - ela para de falar sobre sua faculdade no minuto em que percebe que eu não dou a mínima.

- sinto muito, acho que não sou o cara certo para se estar essa noite. - confesso.

- o que aconteceu? - ela pergunta. Penso em não contar, em esconder em como fui otário e em como meu coração está levemente partido, mas o álcool já fala por si só.

- fui chutado pela minha melhor amiga e também o amor da minha vida. Ela deve estar nesse momento fodendo com outro cara, e eu tô um caco.

- ei se ela faz um cara como você de palhaço, foda-se ela. - ela diz se aproximando. A garota fica cada vez mais próxima até alcançar minha boca, seus lábios parecem famintos e ela me beija ferozmente. Eu penso em como isso era traição para Martina, mas depois de lembrar de James, eu a puxo mais. Nossas bocas estão sedentas. Após terminar, ela morde meus lábios inferiores. E ri. Talvez de vergonha. - Isso foi bom!

- foi sim... você está beijando melhor agora. - digo me lembrando do meu primeiro beijo. Foi horrível e ela ri porque tenho certeza de que se lembrou também.

- éramos crianças ingênuas, agora somos adultos. - ela diz.

Conheci Olivia durante uma reunião de amigos que meus pais faziam todo ano em casa, ela é filha de uma das melhores amigas da minha mãe e isso facilitou nossa convivência. Ela foi minha primeira paixonite, e em consequência meu primeiro beijo também. Mas o sentimento se passou muito rápido, tanto pra mim quanto pra ela. Eu foquei no meu trabalho e ela nos estudos, e agora nos reencontrarmos era incrível.

- se você quiser eu te ajudo a esquecer de vez essa garota. - ela propõe diretamente.

- eu quero. - é tudo o que consigo dizer.

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MAIS 1 SÓ PORQUE GOSTO DE MIMAR VOCÊS ❤️❤️❤️❤️

ATÉ A PRÓXIMA XOXO 😘

F.R.I.E.N.D.S - Tom HollandWhere stories live. Discover now