F.R.I.E.N.D.S - Tom Holland

Tom

O plano era dividir e conquistar. Nos dividimos em duplas para tudo dar certo, não pensamos direito nas infinitas possibilidades de isso sair completamente fora do controle, ou dar errado. Até porque se pensássemos muito não iríamos para frente com o plano, minha mãe estava no 14° andar o que indicava muito trabalho pela frente. A primeira meta era passar pelos portões sem causar alvoroço e nem ser reconhecido.

Parte 1 - Dividir

Sam + Elysia ➡️ eles foram os primeiros a entrar no hospital, os dois estavam vestidos de um típico casal de idosos britânicos, com suéteres e tudo. Os dois passaram batido pelos fãs e jornalistas que cercavam o portão de entrada do hospital.

Harry + Marie ➡️ o casal foi logo em seguida, os dois atuavam como um casal de namorados comum que buscavam ajuda médica, Marie havia feito uma maquiagem um tanto real no rosto do meu irmão, como se ele tivesse entrado em uma briga e terminado com uma garrafa presa na bochecha. Fiquei pasmo como todo mundo caiu nesse truque barato.

Martina + Paddy + Eu ➡️ Tini se vestiu de médica, Paddy de Jedi e eu de faxineiro, o nosso trio tinha tudo para dar errado. Mas Martina tinha suas cartas na manga, ela fez meu irmão e eu nos escondermos no banco de trás da Range Rover preta que a loira havia pegado emprestado de um segurança de seu avô. O carro não era nada suspeito tendo em vista que a maioria da população britânica usava um.

Parte 2 - Conquistar

Conseguir entrar não foi tão difícil como pensei, devo confessar. Mas uma vez já dentro do hospital nós precisávamos chegar até o quarto da minha mãe sem chamar muita atenção, o que no caso de Paddy era uma tarefa complicada já que o mesmo só faltava estar com um sabre de luz para participar da franquia de Star Wars. No elevador discutimos uma maneira de fazer tudo dar certo, teríamos que ir uma dupla de cada vez — não teria erro.
Sam e Elysia foram na frente assim que as portas de metal se abriram, o quarto era o 202 no final do corredor, o resto da equipe se separou pelo andar para não levantar suspeitas.

- vai dar tudo certo! - Tini diz baixinho em meu ouvido enquanto mantém os braços ao meu redor. Eu sorrio para ela, e de repente me vem o sentimento de felicidade por saber que ela estava ali. O olhar dela cruzado ao meu sempre fazia meu coração desparar e ela estava tão sexy debaixo daquele Jaleco. Oh Deus como sou apaixonado por essa mulher.

- gente acho que babou geral!!! - Paddy chama nossa atenção para a cena bem a nossa frente. Harry e Marie haviam sido parados por uma enfermeira padrão, eu sabia que a garrafa na cara não ia prestar.

- moça eu já te falei que eu estou bem, foi só um machucadinho de nada. Tudo numa boa. - ele explicava parecendo calmo, mas por dentro eu sabia que ele estava pirando.

- você está com uma garrafa de vidro presa ao rosto, senhor!!! Isso não é um machucadinho não. - a enfermeira explica aflita.

- minha filha ele já disse que tá tudo bem. - Marie já não estava tão paciente.

- foi a senhora que fez isso com ele? O senhor pode denunciar ela, não precisa ter medo.

- eu vou bater nessa mulher. - Marie declara, enquanto Harry tenta acalmar ela.

- você não vai fazer nada a respeito? - uma senhora se vira para a nossa direção, observando a cena junto com a gente.

- quem? eu? - Martina pergunta confusa.

- sim, você é médica não é....

- não minha senhora, eu sou...- a cutuco quando vejo que ela pode revelar nosso disfarce. - Sou médica sim, formada e tudo mais.

- então faça alguma coisa, o garoto tá sangrando. - a senhora de cabelos grisalhos ordena.

- puta que pariu. - Paddy observa segurando o riso.

Martina se aproxima do trio de encrenqueiros que havia parado completamente aquele andar do hospital. Harry e Marie discutiam com a enfermeira chamando a atenção de todos que passavam, os dois eram feitos um para o outro, ambos se irritava fácil e ambos não tinha papas na língua. Fui atrás da loira, pois desde o início do plano era para manter os grupos formados, óbvio que não contávamos com a briga de Hollandilo 2.0 para atrapalhar.

- vamos parar de discutir né, vocês estão fazendo muito alarde aqui. - Tini dispara assim que chega na roda, ela fala com um timbre de voz diferente do seu normal. Ela sabia atuar muito bem.

- e você é? - a enfermeira ranzinza pergunta.

- a médica ué, não tá vendo o jaleco? - Marie defende a irmã que pela expressão facial implora para ela calar a boca.

- ahh você deve ser a residente do Dr. Hill certo?

- absolutamente certa. - Martina confirma sem nem ao menos saber quem é Hill.

- ótimo, vamos levar esse rapaz para a sutura. Precisamos urgentemente levar ele para a sala de pequenas cirurgias. - a enfermeira diz.

- será que tem mesmo essa necessidade? Não acho que esteja realmente muito grave a situação. - Martina fala.

- ELE TÁ COM UMA GARRAFA PRESA NO ROSTO!!! QUAL É O PROBLEMA DE VOCÊS? - ela se exalta.

- não precisa gritar madame. - Marie já havia perdido a paciência a muito tempo.

- não precisa se exalta, vou acompanhar esse jovem para a sala de pequenas cirurgias e eu mesma farei a....- Tini estala os dedos se virando para mim procurando por palavras.

- a pequena cirurgia. - termino sua frase.

- exatamente, obrigada... faxineiro. - ela da uns tapinhas em meu ombro. - Então vamos!!! - a seguimos pelo corredor central do andar.

- estão indo para o lado errado. - a enfermeira orienta. Nós nos voltamos para o outro lado em uma fila indiana, parecendo uns loucos.

- alguém para essas crianças! - uma voz grita no fundo do corredor. Era o doutor de antes, o doutor morte como Harry havia o apelidado.

- Então vocês acharam mesmo que poderiam vir aqui disfarçados e ninguém ia notar? - o doutor pergunta depois de nos levar para seu escritório. Ele tinha um olhar raivoso na cara, parecia um Bulldog todo enrugado.

- sim. - digo com toda a convicção como se fosse o óbvio, pois era.

- vocês estão muito encrencados. - ele diz.

- larga mão de ser azedo homem. - Marie fala, enquanto Tini fazia gestos para ela ficar quieta. - Você nunca teve mãe não? Estamos aqui para uns filhos verem sua mãe que está no leito da morte. Você ao menos podia ter compaixão.

- estamos mortos...- Paddy cantarola em meus ouvidos.

- tudo bem então, senhorita, como demostração de boa fé eu deixo vocês verem sua mãe. Mas só dessa vez. - não é que o drama da Marie funcionou.

Quando entro no quarto branco repleto de flores que a família havia enviado, corro para abraçar a ruiva que permanece deitada na cama no centro do cômodo. Seu sorriso ao nos ver é impagável, caio em lágrimas outra vez. Sam e Elysia ainda estão aqui, junto ao meu pai, que me olhava com seu típico olhar de "vamos conversar mais tarde". Ele me daria uma bronca por ser o mais velho e ter arrastado meus irmãos pra cá, por fazer o plano dar certo. Mas isso era para outra hora, agora tudo o que importava era minha mãe.

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Marie Camilo + Harry Holland = Hollandilo 2.0 😂😂😂

Que confusão esse povo armou hein 🔥🔥🔥🔥🔥

Vejo vocês no próximo capítulo xoxo 😘💚💙