Tom

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As luzes da boate piscavam tão forte que quase me deixavam cego, eu estava dirigindo então assim como Elysia, decidi não beber. O que não é uma boa ideia para quem quer afogar as mágoas, no meu caso eu não queria só afoga-las. Sempre tento colocar o álcool em cima das minhas feridas para fazer elas se cicatrizarem mais rápido, mas dessa vez o corte era profundo demais e como meu pai havia me dito, não tinha volta. Fui cruel com Tini e isso estava me matando, mas é a única maneira de tentar romper esse sentimento que a cada dia parecia estar mais forte.

Jogar todas as coisas que me lembravam dela no lixo não foi o suficiente, meu subconsciente queria mais. Qual é? Dois dias depois a garota foi se hospedar na minha casa. O destino parecia gostar de brincar com a minha cara e com meu coração, pois ele sabia que eu nunca superaria uma pessoa que está no cômodo ao lado. Era por essa razão que Haz estava me ajudando a arrumar um apê para nós dividirmos. Igualzinho ao plano que bolamos aos 12 anos de idade, só que na época eu não pensava em fugir.

- tá com a cabeça aonde? Espero que não seja na Marina.- Olivia se aproxima já cambaleando por efeito do álcool.

- é Martina. E não, eu não estou pensando nela. - respondo.

- olha que eu vou ficar com ciúmes hein. - ela fala sorrindo. Mal sabe ela que todos os pensamentos pertenciam a Tini.

- aonde está Harry e Marie? - pergunto para Sam que estava a poucos centímetros de mim.

- o Hollandilo 2.0? Já foram para casa. - ele diz alto já que a música atrapalha nossa comunicação.

- porque chamam eles de Hollandilo? Achei que esse era o shipp seu com a Mariana. - Olivia questiona errando novamente o nome da Camilo, penso que talvez ela faça de propósito.

- é uma longa história. - tento encurtar o papo. Falar sobre o nosso casal não era algo adequado para quem quer esquecer.

- na verdade não é não. - Elysia joga no ralo minha chance de não tocar nesse assunto. - O Harry tem o sobrenome Holland e a Marie o sobrenome Camilo. Harry Holland + Marie Camilo = Hollandilo 2.0, qualquer idiota sabe disso.

- tá me chamando de idiota? - a loira pergunta parecendo ofendida.

- eu não disse, mas se você quer interpretar assim.

- Elysia!? - Sam chama a atenção da namorada.

- não fiz nada ué. - a garota se defende. Eu sabia que ela não ia com a cara de Olivia, ainda mais porque ela sempre tentou me juntar com a Tini bancando o maldito cupido.

- acho melhor a gente ir embora Olivia, você já bebeu demais. - pego a mão da loira antes que ela possa responder, o barulho desse lugar estava me incomodando.

No carro ela não diz uma palavra, acho que já está bêbada demais, eu agradeço internamente por isso já que também não estava afim de papo. O caminho até sua casa é curto, sua família morava bem perto do centro de Londres em um dos bairros mais respeitados daqui. Quando estaciono o veículo em frente a sua casa, a vejo me encarar do banco do passageiro. Ela sorri para mim maliciosamente, passando suas mãos pela me coxa até às mesmas chegar no zíper da minha calça, seus olhos denunciam o desejo. Eu poderia transar com ela aqui e agora, isso facilitaria meu processo de esquecer o passado. Mas não faço. Retiro suas mãos de mim levemente, um ato que a faz me encarar chateada.

- achei que quisesse esquecer a Meredith.- seu rosto está tão próximo ao meu que posso sentir seu bafo de cerveja.

- só estou cansado Olivia, okay? - ela tenta me beijar mas eu recuo, não sei bem o porquê mas eu faço.

- tem certeza que é só isso?

- sim. - minha frieza a faz descer do carro, mas penso comigo que não importa já que amanhã ela vai esquecer tudo isso de tão bêbada que estava. Fico aliviado de não ter rolado nada, não acho justo usar alguém desse jeito.

Depois de vinte minutos dirigindo paro meu carro em frente a minha casa, diferente dos meus pais eu não me preocupo em guardar o carro na garagem, acho esse bairro tranquilo. Sam me mandou mensagem para avisar mamãe que não precisava esperar ele acordado, já eram quase 4 da manhã e pelo visto ele iria madrugar. Assim que passo pela porta ouço um soluço baixo, como um choro abafado. O som vem diretamente da sala, e ficavam cada vez mais intensos a medida que eu me aproximava. Ao cruzar a cozinha vejo Martina sentada no sofá antigo do meu pai com os braços em volta dos joelhos e rosto todo molhado, assim que seus olhos me vêem ela tenta secar as lágrimas.

- desculpa não vi que você estava aí. - sua voz falha mesmo sendo uma frase tão pequena, ela está tão indefesa que tenho vontade de abraçar ela e dizer que tudo vai ficar bem. Mas eu já não tinha certeza se iria mesmo.

- você está bem? - pergunto com medo de ser ignorado.

- só uma crise de ansiedade boba, fica tranquilo. Você se divertiu? - ela pergunta mudando completamente de assunto. Essa tática era boa, e Tini sempre usou comigo. Eu sempre cai.

- sim, foi divertido. - digo. A loira da um meio sorriso para mim como se quisesse dizer que estava tudo bem. Mas eu sabia que não tava. Por um instante observo aqueles olhos tristes me encarando e sinto meu coração se partir. Eu queria pedir desculpas pelo modo que a tratei, queria mesmo. Porém evitar ela seria mais fácil.

- espero que tenha feito tudo o que tem vontade.

- eu fiz. - me viro para ir embora seguindo o plano de ignora-la, mas meu instinto fala bem mais alto. - Na verdade não, eu não fiz. Mas eu vou fazer...

Todos sempre tem seus 10 segundos de loucura total e esse era o meu. Como um impulso colo meus lábios aos dela a deixando assustada, mas por incrível que pareça ela não me afasta. Ao invés disso me cede a passagem deixando minha língua invadir sua boca, travando uma batalha com a dela. Devagar deito ela no sofá, sem quebrar o beijo, ela passa suas mãos pelos meus cabelos dando leves puxões, suas lágrimas se misturaram com o beijo e o gosto salgado invade meu paladar. Era como ir aos céus, eu estava sedento por ela e podia ver que ela também estava por mim. Tini levanta minha blusa a arrancando completamente do meu corpo, jogando-a no tapete da sala, ela desce seus beijos para meu pescoço e deposita leves mordidas na minha orelha, sinto um arrepio por onde sua boca toca. Quando desço minhas mãos para retirar sua blusa ela me empurra bruscamente, só consigo sentir minhas costas baterem no chão gelado.

- tira as mãos de mim. - a garota diz.

- como assim Martina? Você tá louca? - fico com raiva.

- só não quero que você me toque. - ela parece assustada. Mas a raiva me consome, sinto como se estivesse sendo rejeitado por ela, de novo.

- se você não queria era só ter parado, não precisa de escândalo. - visto minha camisa frustrado.

- não você não entendeu... - ela começa, mas a interrompo.

- não precisa inventar desculpas, era só ter negado. Sei que você tem namorado mas foi só instinto. Foi um erro, peço desculpas e digo que não vai mais se repetir. -  deixo o cômodo sem nem ao menos dar uma chance dela se defender.

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AGORA QUE O BICHO PEGA HEIN 👀👀👀👀⚠️

OBRIGADA PELAS PALAVRAS DE CARINHO E PELA COMPREENSÃO DE TODOS, AGRADEÇO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO ❤️❤️❤️❤️

COMO PROMETIDO, UM POUCO MAIS CEDO DO QUE O NORMAL....MAS AMANHÃ NÓS VOLTA A ATIVA 😂😂

ATÉ AMANHÃ XOXO 😘💚

F.R.I.E.N.D.S - Tom HollandWhere stories live. Discover now