F.R.I.E.N.D.S - Tom Holland

Tini

Minhas mãos estão trêmulas, tenho uma respiração pesada e as pernas bambas custam para me deixar em pé. Estou imóvel, parada igual uma estátua em frente a porta dos Holland, essa era uma situação diferente dos outros dias. A alguns dias atrás eu entraria por essa porta, gritando com um deles e abrindo a geladeira para comer algo, agindo como se fosse minha casa pois de certa forma era. Mas os dias mudaram, palavras foram ditas e decisões foram tomadas. E aqui estou eu, olhando para a maldita porta marrom cor de madeira, com medo de tocar a campainha.

Nos dias de glória eu nem precisaria tocar a campainha, tudo o que eu faria era entrar. Sem cerimônia. Agora nos dias de luta eu simplesmente tenho medo, medo porque Tom ignorou todas as minhas chamadas e as inúmeras mensagens. Medo porque Harry e Sam não estavam falando comigo e até pediram um tempo para eles engolir tudo. Medo porque Paddy havia me ignorado completamente, um outro dia, na rua e ele nunca foi de fazer isso. Era o meu maior fã. Medo porque eu sabia que cada um nessa casa não queria a minha companhia. Mas eu estou aqui. Dom me ligou e eu vim, e de repente tenho ainda mais medo de que James tenha razão e eles realmente não me ama.

Ainda com as mãos tremendo aperto o pequeno botão da entrada, o frio de Londres era aconchegante e em meio ao nervoso se misturava ao frio da minha barriga. O barulho que a campainha faz era como um alarme me indicando que não havia mais volta, todas as malditas borboletas no meu estômago me matavam de ansiedade. Quando a porta se abre ela revela o pequeno ruivo com os olhinhos enxados, talvez de tanto chorar.

- Tini?- sua voz parece confusa e por alguns segundos eu penso que talvez ele vá me ignorar como havia feito antes, mas não. O caçula me abraça forte como se tivesse medo que eu não fosse real, e ele chora, um choro que parte meu coração. - Eu senti tanto sua falta.

- também senti sua falta meu pequeno Padawan. - meus braços ainda estão ao seu redor, Paddy me puxa para dentro da casa sem me soltar do abraço.

- Martina? - é a vez de Harry se surpreender. Ele vem até mim com os braços abertos prontos para um abraço, e assim se faz. Minha irmã está logo atrás dele, ela como namorada estava aqui para apoia-lo, eu aceno para ela e depois que Harry me solta eu a abraço. - É tão bom saber que você veio.

- Sentimos tanto sua falta! - Sam vem em minha direção me apertando em seus braços, Elysia sua namorada me cumprimenta logo em seguida. Estavam todos aqui.

- como vocês estão? - pergunto assim que o reencontro chega ao fim. Meus braços estão em volta de Paddy que não quer me soltar, ele sempre dizia que se sentia seguro com minha presença.

- estamos enlouquecendo por não poder estar lá. - Harry diz.

- seu pai me explicou a situação. Sinto muito. - ainda que nenhuma palavra seja capaz de consolar qualquer um deles, digo.

- obrigado Tini, é muito bom ter você aqui. - Sam, que nunca foi sentimental, diz.

- é bom estar aqui. - respondo.

- você está com fome? Posso preparar algo para você comer. - Sam pergunta, sempre tão gentil.

- não, tudo bem eu jantei no avião. Confesso não ser a melhor comida, mas cobriu o estômago.

- olha só quem voltou para casa!!! - ouço a voz do Haz descendo as escadas, logo atrás dele vem Tuwaine.

- quem é vivo sempre aparece. - Tuwaine me abraça rapidamente ainda sorrindo. - Cadê o mala do seu namorado? Deixou ele no hotel?

- na verdade deixei, no hotel de New York mesmo. - a cara de surpreso de todos na sala era impagável.

- fala sério irmãzinha, você largou o embuste pra trás? - Marie não perde a oportunidade.