Resistir

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Feliz ano novo!

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LUNA TOGATA

Uma dor lascinante martelava contra minha cabeça enquanto meus sentidos estavam confusos. Levantei com as mãos na cabeça, afim de ajudar na dor. Quando a luz finalmente parou de afetar a minha visão, eu olhei ao redor e eu não sabia onde eu estava. Era uma cela com barras de ferro já enferrujada devido a umidade excessiva, além do mal-cheiro e pelor aspecto de morte que a cela por si só carrega. Aos poucos, lapsos de memória vieram a tona na minha mente e eu me comecei a recordar do que tinha acontecido: o combate entre mim e Akantha, Naomi como refém e depois eu não lembrava de mais nada.

Tentei me levantar, mas uma dor excruciante me fez soltar um gritinho. A dor se localizava na altura da minha caixa torácica, o que só podia significar que eu havia quebrado uma - ou na pior das hipóteses, duas costelas. Por mais que a dor fosse grande, me obriguei a sentar e concentrar o meu poder para curar a área. No entanto, os meus poderes não funcionaram. Tentei novamente, mas nada aconteceu.

-- Deve estar se perguntando o por quê dos seus poderes não estarem funcionado.- a voz de Akantha ecoou pelo lugar, causando em mim um calafrio forte que tentei mascarar consertando a minha postura.

Akantha saiu da sombra onde se mantinha escondida.

-- O que você fez comigo? Onde estamos?- uma risadinha escapou pelos lábios da vilã, enquanto meu olhar era duro para ela.

-- Com você, nada ainda. Apenas coloquei uma pulseira que inibe seus poderes para evitar algum joguinho seu. Então vai ter que curar suas costelas a moda antiga.

Quase perguntei como ela sabia aquilo, mas me obriguei a calar a boca.

-- Você ainda não respondeu a minha outra pergunta.- rebati, com o olhar fixo ao dela.

-- Estamos em lugar onde os seus amiguinhos jamais encontrarão. Nem pense que alguém vai achar você e resgatá-la!- procurei algum traço que me dissesse que ela estava blefando, mas parecia que Akantha estava dizendo a verdade.

Meu coração começou a bater forte contra o peito, o medo se manifestando, mas mantive o rosto impassível.

-- Já que você me capturou, vai me contar quais são os seus planos comigo?- mesmo por debaixo do capuz, consegui ver um sorriso nascer nos lábios da vilã.

-- Já que você insiste tanto...- Akantha começou a caminhar devagar em direção a cela. -- Você nasceu com uma individualidade poderosíssima, como tem ciência. Mas o que você não o sabe é o real potencial que carrega dentro de si mesma. Um poder ainda mais poderoso do que a Fênix Branca... a Fênix Negra!

-- Fênix Branca, Negra...? Do que você tá falando?- minha mente estava confusa, sem entender do que Akantha estava se referindo. Eu não tinha nenhum poder de fênix ou sei lá do que ela estava falando.

-- Ah, então você não sabe ainda. Mas deve ter tido sonhos... sobre destruir o mundo.- meu coração acelerou instantaneamente. Não tinha como ela saber sobre meus sonhos que eram motivados por meus traumas com meu poder e meu passado. Não se passavam disso. -- Pela sua cara, isso é um sim.

O sorriso de Akantha se tornou maior. O medo fora estampado sobre meu rosto, e aquilo era a maior diversão não só para ela, mas como para a Liga que só assistia a cena.

-- Como você sabe sobre os meus sonhos?- arrisco a perguntar por que sei que ao fazer isso, eu vou entrar no jogo dela. E não posso cair na armadilha de Akantha. -- Como você parece me conhecer tanto, como a palma da sua mão?

𝐇𝐄𝐑𝐎𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐂𝐑𝐘 • 𝐁𝐍𝐇𝐀Onde as histórias ganham vida. Descobre agora