Divergências

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Oi, pessoal! Tudo bem com vocês? Espero que sim! A partir deste capítulo, mas postagens podem ser atrasadas porque todos os capítulos que eu adiante nas férias acabaram, ou seja, eu tenho que escrever o resto.
No entanto, como estou no terceiro ano da escola, não tenho tanto tempo de sobra pra me dedicar ao que eu realmente amo fazer: escrever. Além disso, estou passando por uns problemas na escola quanto ansiedade e autoestima, o que só piora tudo! Então, se algum capítulo atrasar, não é porque sumi ou desisti. Não planejo desisti dela, ainda mais que estamos tão perto do fim! Enfim, aproveitem o capítulo de hoje!

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LUNA TOGATA

Não consigo dormir. Remexo na cama, sem conseguir parar de pensar que o Fábricador é o pai de Midoriya. Meu interior grita para que eu conte a ele, que eu diga a verdade. Mas não consigo. Não, quando sei que a notícia irá destruir Izuku e acabar com a alegria de ter seu pai de volta para si e ter a família completa outra vez. O segredo me corrói por dentro, pesando minha consciência. Sento na cama e me recordo do dia em que Midoriya me ajudou a controlar os estágios do meu poder. Depois do treinos, sentamos para descansar e começamos a conversar sobre a minha vida antes da perda de memória e assuntos aleatórios foram desencadeados no meio da conversa, arrancando risadas nossas e descontraindo o momento.

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Parece que vamos explodir de tanto rir. Midoriya me conta sobre algumas de nossas aventuras, na época que éramos apenas crianças com sonhos de se tornarem heróis. Pego a garrafinha de água para me refrescar e molhar a garganta, já castigada pelas risadas incessantes. Uma brisa tardia entra pela área de treino, dando trégua ao calor excessivo do final do outono. O vento bagunça meu cabelo e o de Midoriya. No meio da confusão de fios verdes, vejo a expressão do esverdeado mudar.

-- Está reflexivo.- não é uma pergunta, por mais que tenha saído como se fosse. Midoriya se encolhe, ainda preso em seus próprios pensamentos.

-- É só que...- Midoriya suspira e olha para mim. Vejo um pouco de receio em sua postura, talvez até medo. -- Meu pai voltou para nós, para minha família depois de anos.

Deito a cabeça, sem entender o motivo do medo de Midoriya.

-- E isso não é bom? Ah não ser que seu pai seja um cretino com você e sua mãe ou...- Midoriya balança a cabeça, negando e me pega outra vez de surpresa.

-- Não é isso! Meu pai nunca nos fez mal, não que eu lembre...- Midoriya volta o olhar para mim e consigo detectar outro sentimento vindo de si: saudade. -- É que muitas coisas estão mudando tão rápido. E ter o meu pai de volta foi como um choque. Eu fiquei receoso em me conectar com ele. Pesquisei sobre ele e não achei nada de ruim sobre ele, mas...

-- Você não se conectar, não é? Pelo menos, não como queria.- Midoriya arregala os olhos, como se eu tivesse dito exatamente aquilo que sentia.

-- E-é... é isso! Como adivinhou?

-- Me sinto assim como aqueles que eu conheci, mas que já me conhecem. Sinto a conexão que eles tem por mim, mas algo parece me barrar.- desvio o olhar para minhas, cerrando os punhos. -- Algo em mim diz para não confiar nas pessoas. Mas algumas, bom... para algumas pessoas devemos nos abrir. Certo?

Midoriya olha para mim, sem piscar, digerindo as palavras.

-- Certo! Você está certa.- Midoriya repete e sorri. -- Eu sinto feliz com minha família reunida, completa. Apenas esse sentimento de receio que me atrapalha, mas vou trabalhar nisso. Obrigada, Luna!

𝐇𝐄𝐑𝐎𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐂𝐑𝐘 • 𝐁𝐍𝐇𝐀Onde as histórias ganham vida. Descobre agora