Não Perca o Controle

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LUNA TOGATA

Parece que voamos pela cidade. Layla investe toda a sua energia e disposição para alcançar o leste de Deika, o epicentro da batalha. A paisagem passa por nós como um borrão, mas consigo ver pessoas sendo levadas para longe da luta. Heróis ajudam idosos e crianças, feridos - que são, em sua minoria, e sem muita gravidade -, mas mostram como está o confronto: acirrado. Sinto a aflição subir pelo corpo e meu coração bate mais forte, de medo pelo o que vou encontrar quando chegar até Akantha.

Conforme nos aproximamos do leste de Deika, o cenário muda: destruição mancha as estradas, gritos ecoam pelo ar e uma dor pulgente pode ser sentida pelas redondezas. Pessoas correm ao tentarem fugir da confusão, e o resto tenta ajudar com o que podem: dando assistência para quem saí da cidade e indica os postos médicos de emergência. Algumas pessoas gritam para o nosso grupo para voltar, mas nosso objetivo está na batalha.

Quando chegamos ao epicentro, descemos das costas da besta. A fera retorna a forma humanoide, observando o redor em choque. Nosso arredor está em silêncio, indicando que ainda estamos a alguns metros longe da luta.

-- Qual é o plano?- Jackie arruma suas luvas na mão pronto para o uso da individualidade.

-- Vocês dois precisam ajudar a evacuar os civis. Ainda tem um monte de gente que precisa de ajuda.- um grupo de pessoas se ajuda, enquanto correm para a área segura.

Jackie olha o grupo e assente, igualmente a Layla, que volta a forma da fera branca. Antes de irem, o moreno olha para mim.

-- E você? O que vai fazer?

-- Vou direto a fonte do problema: Akantha. Eu tenho que detê-la, de uma vezes por todas.- olho para a direção na qual os civis correm, e é para onde vou.

-- Fica bem, ok?- o tom de Jackie é suave, sem o sarcasmo de sempre ou o tom irônico que as palavras dele carregam.

Jackie toca no meu ombro e vejo uma pontada de medo sombrear seu rosto. Sorrio para o moreno, numa tentativa de aliviar todo o estresse da situação, mas falho. Também estou com medo. Então, num ato inesperado, Yoshida me abraça. Por um instante, não sei como reagir ao abraço dele, mas logo depois retribuo. Sinto o seu medo através do arrepio que percorre o corpo dele.

-- Vou ficar bem, eu prometo!- as palavras saem verdadeiras, mas não acredito nelas, até porquê... não sei o que me aguarda.

A dupla volta pelo caminho que viemos. Sigo-os com o olhar, até sumirem de vista. Quando já não estão no alcance da minha vista, caminho pela cidade. Caos é a única palavra que descreve as imagens que vejo: prédios quase desmoronando, ruas em chamas, estradas arrasadas como se um furacão tivesse passado e deixado a sua marca: Akantha. Olho com tamanho pavor o que a vilã fez, a fúria que carrega seus poderes só porque acha que estou morta.

Olho para o caos generalizado, imaginando, quais os horrores destruitivos Akantha consegue projetar com seu poder. Qual a extensão do poder dela? Minha mente divaga por um turbilhão de pensamento similares a esses enquanto cruzo a cidade. Vejo mais pessoas correndo e ouço gritos. Me impulsiono a ir para frente, até cruzar uma esquina. Quando chego, me deparo com a legião tomando conta da cidade. Milhares de vilões inundam as ruas, fazendo muitos heróis recuarem sem forças para agir.

Do outro lado, outro grupo faz alguns heróis recuarem. Dabi, contente com a dominação do grupo de heróis, esboça sobre o rosto um sorriso vitorioso. Suas mãos se incendeiam em chamas azuis e tremeluzem no ar. O moreno projeta as mãos para o grupo de heróis, num ataque potente que vai carbonizá-los e não deixará nada para trás além das cinzas dos cadáveres.

𝐇𝐄𝐑𝐎𝐄𝐒 𝐒𝐓𝐈𝐋𝐋 𝐂𝐑𝐘 • 𝐁𝐍𝐇𝐀Onde as histórias ganham vida. Descobre agora