Ten Million dollars

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Três longos dias se passaram e Stiles não tinha sido localizado, provando assim que, o inferno era de fato na terra porque Derek estava pronto para queimar tudo o que via pela frente. Levou apenas algumas piscadas para Stiles desaparecer do seu alcance, o Alfa tinha apostado as fichas em que Stiles estaria apenas petulantemente tentando provar um ponto, mas a idéia caiu por terra quando horas se passaram e ele não retornou para o carro aguardando que sua cabeça esfriasse. Os guardas temeram retornar e dizer que não puderam encontrá-lo em lugar algum, ninguém tinha se quer o visto. Hale não foi compreensível questionando como diabos alguém usando roupas nobres não tinha sido percebido, não acreditando que nem um par de olhos o avistou, contudo, se de fato era a verdade significava que Stiles não queria ser encontrado. O que foi provado quando no primeiro dia de buscas encontraram peças de roupas dele em posse de pessoas do lado norte, para uma família de camponeses Stiles disse que era o braço direito de um nobre generoso falecido, afirmou também que tinha apreço pelas vestimentas, mas precisava comer e não possuía nenhum moeda, sendo assim, as trocou por alimentos e água. Com um mercador trocou as botas por sapatos surrados e duas moedas, e os anéis de ouro por um cavalo de temperamento explosivo. Sendo assim, Stiles poderia estar em qualquer lugar à aquele momento e Derek se amaldiçoou por não tê-lo apresentado ao povo imediatamente, ninguém conhecia o rosto da rainha e por mais bonito que ele fosse, ainda poderia se misturar entre eles.

No segundo dia, todos apenas esperavam o chão abrir e os engolir porque podiam reconhecer uma tempestade quando ela estava vindo, os relâmpagos quebravam e da mesma maneira os rosnados do lobo acoavam. Os mais velhos apontavam similaridades com os piores anos do Mestre, preso por seu tio para a própria segurança até completar 21 anos e determinar ser liberto. Contudo, era ainda pior porque dessa vez nenhuma prisão o seguraria enquanto Stiles não retornasse. Simultaneamente a rainha servia bebidas em um bar dirigido por uma viúva e sua filha no leste, trabalhando em troca de alimentação, abrigo e uma dose ou outra após o expediente noturno, meia história triste fora o suficiente para ser contratado.

No terceiro dia, ele fingiu limpar o balcão enquanto ouvia homens perguntarem por forasteiros à dona e ela negar dizendo que apenas os clientes costumeiros frequentavam o estabelecimento, Stiles se abaixou quando notou que um dos homens era Boyd.

"Tudo bem, Benjamin. Você tem muito a explicar, começando do porquê guarda reais estão atrás de você? O que você fez?", Ela perguntou fechando a porta do lugar, eles abririam em breve. "Diga a verdade ou mandarei Dara ir atrás deles".

Ele se endireitou olhando entre a filha e a mãe, "Não será necessário, eu falo".

"Pois vá em frente".

"Primeiramente meu nome não é Benjamin".

"Eu já desconfiava".

"Me chamo Stiles e sou a rainha".

Ela riu, "Meu nome é Abigail e eu sou deusa da beleza", riu um pouco mais, mas Stiles não a acompanhou, "Você não pode estar falando sério". Stiles puxou a camisa para mostrar a marca do clamor, "Isso deveria provar o que exatamente além de que você é marcado? Qualquer um sem nome da vila poderia ter o mordido".

"Linda disse que a nova rainha teria pele de neve, cabelos da noite e olhos de fogo", Dara falou. "Por quê você estaria fugindo se fosse de fato a rainha?"

Ele mostrou o braço enfaixado, "Estou tentando ensina-lo uma lição, não aceitarei que Derek me trate de outra forma além de na base de uvas na boca e abanar com folhas de bananeira, sou o maior bem que um dia passou por seus dedos".

"Derek... Seria o Mestre?"

"Sim, aposto que ele esteja colocando o chão a baixo agora. Lhe darei tempo para pensar e chegar aos termos de que eu dou as cartas". As mulheres se entreolharam, "Posso ir embora se quiser, mas não os dêem pistas de por onde ando".

"Só um segundo". Dara pediu e puxou a mão para o canto sussurrando, "Não podemos mandá-lo embora".

"Você não pode estar comprando essa conversa".

"Mas e se for verdade? A senhora quer mesmo ter sangue ruim com a rainha? Ele pode pisar em nós como se fôssemos insetos insignificantes".

"E se ele for um ladrão?"

"Podre coitado, estamos em uma situação que se nos roubar fosse a intenção, ele quem nos daria dinheiro", ela o espiou inspecionando as unhas, "É mais do que claro que ele é um nobre".

"Digamos que ele seja a rainha, mas e se os motivos forem outros para ele estar fugido? Se ele cometeu algum crime, nós também estaremos em acoberta-lo".

"Os guardas não deram a entender que ele estava sendo caçado, apenas procurado".

"Ele pode ser apenas um maluco, filha".

"Mas e se ele não for?"

Abigail a olhou por algum tempo e se afastaram, "Suponhamos que esteja falando a verdade, tê-lo aqui não nos tratará problemas, não é?"

"De maneira alguma, pelo contrário, serão muito recompensadas".

"Quanto tempo pretende ficar?"

"Pouco tempo, apenas o suficiente para ser efetivo. Contudo, novamente se quiserem que eu vá, tudo bem, posso encontrar outro lugar".

"Você pode ficar, seja lá quem for não te deixarei sozinho e sem teto, nosso povo cuida um dos outros".

"E eu aprecio muito".

"Ok... Pensando bem, talvez eu esteja com um pouco de inveja", a adolescente disse e a mãe riu.

"Por que?", a rainha questionou.

"Todas as mulheres do reino são apaixonadas pelo Alfa, Stiles. Todas elas sem exceção, bem, menos as mais velhas do que ele. As donzelas esperavam realmente conquista-lo de alguma maneira irreal e improvável".

"Mas como não ser, mamãe?"

Stiles sacudiu a cabeça, "Sou uma donzela sortuda então".

• • •

Derek estava sentado no trono encarando o anel na ponta de seus dedos quando um oficial se apresentou para reportar o resultado das buscas do dia. Ele nem se deu o trabalho de olha-lo, pois se Stiles não estava ali queria dizer que não tinham o encontrado. "As fronteiras estão fechadas?"

"Sim, Sr. — Ninguém entra ou sai".

"Espalhe a notícia que farei um nobre de quem trouxer informações viáveis sobre o paradeiro dele, encherei de dinheiro suas casas e estufarei seus rabos com riquezas".

Boyd assentiu, "O desenhista já está ao seu aguardo".

"Diga a ele que entre".

"Sim, Sr". Boyd deu meia volta e em seguida, o desenhista entrou carregando seu material.

"Majestade", se encurvou e sentou no banco que tinha trazido, posicionou a brancheta sobre as pernas. "Preciso primeiro descreva o formato de seu rosto".

Derek continuava encarando a pedra, "Ele tem o rosto estreito e pescoço longo, o queixo sutilmente quadrado e marcas de expressões de sorriso nas bochechas", o homem desenhava agilmente, "Seus olhos são grandes e arredondados cor de âmbar com os cílios escuros e curvos. Sobrancelhas finas e pele alva pintada por pontos de nascença, nariz pequeno e pontudo encaixando-se com o seu rosto delicado. Seus dentes são alinhados e brancos, seus lábios rosados são finos em formato de arco do cupido, orelhas pequenas, cabelo escuro e curto caindo sobre os olhos".

"Algum detalhe que queira apontar?"

"Stiles tem um ponto de beleza na bochecha esquerda", Derek pensou em dizer sobre a tatuagem, mas ninguém deveria vê-lo o intimamente para perceber o desenho. "Ele está com o braço direito enfaixado e no esquerdo, usa uma pulseira de ouro e diamantes quase impossível de abrir sem a chave".

"Como devo nomea-lo, Soberano?"

"Stiles Hale".

"Qual será a recompensa, meu senhor?"

"10 milhões de dólares para quem o trazer até mim ou quem ao menos trazer informações possibilitando o encontro do paradeiro dele", O olhou finalmente "Deixe-me ver". O desenhista ofereceu o papel amarelado e Derek reconheceu a face do mate naquele desenho.

On Short Tighten LeashWhere stories live. Discover now