Banheira

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Acordei com beijos no meu rosto, abri os olhos e Nick me olhava com carinho.

- Bom dia flor do dia – ele abriu um sorriso brilhante que faria qualquer um perder o folego.

- Bom dia – respondi com a mão na boca.

- Porque ta tapando a boca? Não quer que eu te beije? – ele perguntou curioso.

- Não quero que sinta meu bafo, sai pra lá – empurrei ele enquanto se desdobrava em risos -  não tem graça.

Levantei e fui pro banheiro.
Enquanto escovava os dentes senti uma dor forte de cabeça. Era uma lembrança pra não beber tanto novamente. Terminei minhas higienes e voltei pro quarto. Reese e Sarah estavam ali novamente.

- Bom dia – falei sem graça. Eles com certeza nos viram dormindo juntos.

- Bom dia Julieta – Reese falou sorrindo.

- Bom Dia Gwy – Sarah me olhava com carinho.

Caminhei até minha bolsa e me abaixei para guardar minha nécessaire. Quando me levantei, senti uma tontura muito forte, olhei para Nick que falava algo, mas eu não conseguia entender. Então tudo ficou escuro.

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- Gwyneth! Gwyneth, está me ouvindo??? – escutei a voz de Nick desesperado.
Abri os olhos encontrei ele e Sarah. Reese estava mais atrás.

Reparei que estava deitada no chão. Me sentei devagar e perguntei:

- Eu desmaiei? - perguntei sentindo a pontada na cabeça.

- Sim – Nick me olhava preocupado – Vamos pro hospital!

- Foi só uma sincope. Vamos tomar café, depois vemos o que fazer – me levantei e encontrei os três me olhando como se eu fosse louca – vamos pessoal. Depois do café vamos pro hospital. E não ousem falar nada pros outros.

Caminhei pra fora do quarto e comecei a descer as escadas. Senti outra vez aquela dor de cabeça.
Agora eu sabia que não era só uma ressaca. Mas preferi não comentar sobre isso, não queria deixá-los mais preocupados.

Muita gente já estava tomando café, eram 9h da manhã. Eu realmente não tinha fome, na verdade estava cansada, mas forcei um pedaço de croissant, porque sabia que Nick e Reese estavam me observando.

Todos pareciam estar muito animados com o fim de semana ali na casa do lago, mas já tínhamos que voltar pra Boston, pois a maioria dos convidados tinham plantão, inclusive eu.

- Que horas você entra hoje? – Sarah me perguntou. Ela estava sentada numa poltrona comigo, enquanto observávamos os demais.

- As 21h, porque? – respondi curiosa.

- Pensei de fazermos alguma coisa hoje de tarde, lá em casa. O que acha? Podemos chamar seu namorado – ela disse rindo me deixando vermelha de vergonha.

- Não fala assim – sussurrei, olhando em volta – não namoramos, e sinceramente, será que ninguém mais acha essa relação bizarra? – perguntei agora encarando ela.

- Bom, tecnicamente vocês não são irmãos. É um pouco estranho, porque o pai deles criou você, mas com o tempo as pessoas podem se acostumar.

- Isso é uma loucura, Sarah. Provavelmente nem vai durar. Tem muitos fatores que vão contra essa relação. Eu e ele nem deveríamos estar criando tanta expectativa sobre tudo isso. No fim das contas vai ser só um caso confuso e problemático. – falei incerta e preocupada.

- Bom, se você acha isso, quem sou eu pra contrariar. Mas acho que existe muito mais que só um caso entre vocês. E acho que o Nicholas te ama. Reese me contou que ele perguntava sempre de você desde que foi embora, até que um dia confessou que você era uma raiz que crescia no peito dele. Essas foram as exatas palavras que Reese usou. – Sarah falou me encarando.

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