Night

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Já fazia alguns dias que Nicholas havia contado pra família sobre Verena e o bebe. Eu o evitava ao máximo, e só falava com ele o necessário. Nas cirurgias, procurava chamar outro neurocirurgião.

Era Sábado de manhã, e todos estavam reunidos pra tomar café juntos.

- Nicholas, o que pretende fazer? Vai se casar com Verena? – Carter perguntou, fazendo Reese engasgar.

- Não senhor. Ainda estamos conversando. Ela decidiu ficar em Boston mais um tempo – ele respondeu seriamente.

- Bom, então diga a ela que fique aqui conosco. É ruim para uma gravida ficar em hotel – disse Carter.

- O que? – Reese falou alto, olhando pra cada um presente na mesa.

- Sem discussão. É a mãe do meu neto. – ele deu a cartada final.

Senti meu estomago embrulhar. Teria que lidar  com isso ainda.

- Com licença. Vou subir me arrumar, preciso dar uma passada no hospital – falei, rapidamente me levantando.

Corri pro meu quarto. Isso seria difícil. Mas Carter tinha razão, era péssimo pra uma gravida ficar em um hotel.

Ouvi uma batida na porta.

- Estou entrando – falou Madeline, fechando a porta atrás dela e logo se sentando comigo na janela.

-Sim mamãe, o que foi? – perguntei.

- Gwyneth, está na hora de sermos sinceras. Você está apaixonada pelo Nicholas? – arregalei os olhos com a pergunta, chocada demais pra responder algo. – Eu o vi várias vezes saindo do seu quarto pela manhã sem camisa. E a forma como vocês se olham não me engana. Seja honesta com sua mãe.

- Mamãe, não diga bobagens – falei nervosa demais.

- Não se preocupe, Carter não sabe. Mas tenho algo para dizer – ela se aproximou mais de mim, e pegou minha mão, olhando em meus olhos – eu sei que você nunca se encaixou nessa família, e nunca se sentiu nossa filha, mas eu sempre me senti sua mãe. Você é a única filha que Deus me permitiu ter, e eu te amo tanto Gwyneth.

Ela parou um momento, segurando as lagrimas, enquanto eu me derretia com suas palavras.

- Estou falando isso, porque a última coisa que quero nesse mundo, é ver minha filhinha sofrendo. Sou sua mãe sim, e sou sua amiga também. Eu sempre vou apoia-la querida. Quero que conte comigo – a essa altura ela já deixava as lagrimas caírem.

- Oh mamãe, eu sinto muito por isso. Não queria decepciona-la dessa forma, mas foi inevitável – me joguei em seus braços, permitindo que ela me fizesse carinho.

- Você não me decepcionou meu amor. Vocês não são irmãos. Eu respeito seus sentimentos por ele, mas não quero que se magoe. E também, me preocupada que Carter não fique feliz. Ele provavelmente não permitiria que vocês prejudicassem o hospital. – ela falou ainda abraçada em mim.

- Não se preocupe mãe. Nós já terminamos. Ele vai ter um filho, e eu vou seguir minha vida – me afastei, limpando os olhos.

- Você o ama? – ela perguntou.

Apenas assenti. Não poderia colocar em palavras sem voltar a chorar.

- Bem, tenho certeza que podemos lidar com as coisas. Estou do seu lado meu amor – ela me abraçou novamente e depois de eu garantir que estava bem, ela se retirou.

Sem dúvidas, essa foi a minha maior surpresa dos últimos dias.

Me arrumei e fui pro hospital assinar meus prontuários. Assim que terminei, encontrei Jonah e mais alguns médicos, inclusive Sarah, que veio me abraçar.

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