Capítulo 15 - Bludgers

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Harry POV

Depois que arrumei minha roupa e meus cabelos, decidi andar um pouco para retirar o ar grotesco do que eu tinha feito antes de ir para a sala de Dumbledore.

Professora Minerva tinha acabado de sair da sala, então aproveitei para ir ainda com a passagem da escada em caracol.

- Professor?

O homem estava sentado na enorme cadeira de sua mesa, olhando fixamente para alguns papéis que estavam em sua direção.

Óculos meia-lua escondendo os seus olhos que subiu encontrando os meus apenas para afastar os livros e endireitar a postura.

- Harry.

- A moeda da Ordem deu sinal. O senhor não acha que deveriam mandar algum recado ou algo?

- Eu recebi o chamado, mas não é um socorro, é somente um aviso. Eu espero que você entenda, Potter, que tudo é feito por algum acaso. Mas sempre lute para não depender tudo do outro.

Eu não entendia o que ele estava falando, era claro isso. Mas eu apenas assenti colocando a moeda em meu bolso e subindo o zíper do mesmo.

Snape subiu as escadas para a sala, parecendo mais bravo que o normal ao me encontrar naquela hora da noite ali, mas a expressão de Dumbledore suavizou a do outro.

McGonagall me olhou, agora na porta escorada, deixando o claro o pedido para sairmos dali. Ela andava ao meu lado na escada, por mais apertado que estivesse.

- Professora?

- Pode falar.

- Você acha que as coisas vão ser piores que da última vez?

Ela me olhou serena, do jeito que somente ela conseguia transmitir. Negou com a cabeça e continuou andando, com o olhar no caminho.

- Seus pais foram muito corajosos de enfrentar os Comensais e chegar até ele. Eu espero que tudo esteja mais suave dessa vez, já que ele sabe que você é quem ele deve procurar. Também desejo que você seja forte, você é a esperança. Não só para a gente, mas para todo o mundo bruxo.

Eu assenti meio perdido, com vergonha. Eu quase perdi Sirius um tempo atrás, se não fosse um escudo que eu fiz contra o feitiço da Lestrange, ele estaria morto.

Foi horrível ver ele lamentando-se que aquilo foi arriscado, que eu não deveria ter tentado. Lupin também me deu uma bronca, mas eu só deixei agir o coração antes de tudo.

Sirius é minha única família totalmente ligada aos meus pais, juntamente de Remus. Eu não gostaria de perder mais ninguém por minha culpa.

O feitiço era forte, ela totalmente tinha colocado vontade na sua conjuração. Era culpa minha aquilo, e se quando nos reunimos no Ministério aquele dia, também foi por um mal entendido desesperado meu.

-////

Faltava algumas horas para o jogo. O Salão Principal estava barulhento, com pessoas fazendo apostas, comidas trocadas e jogadores brigando.

Os jogos da Corvinal com a Sonserina sempre eram os melhores depois que a Grifinória teve que parar por ser perigoso.

Malfoy estava maravilhoso no uniforme preto com ligas prateadas e as partes verdes. O cabelos sem cortar mas ainda assim arrumado e o deixando totalmente com classe.

O almoço era uma das partes mais legais nos dias de Quadribol. Gina ficava totalmente desesperada e ansiosa, Ron tentava se controlar para não fazer apostas, Hermione sempre chorava por não conseguir estudar com o barulho.

- Da próxima vez irei comer no meu dormitório, falar que estou doente ou alguma coisa assim.

- Você sempre fala isso, Mione.

Ela me olhou com uma expressão desprovida de qualquer sentimento de bondade, fazendo com que eu jogasse o ombro para o lado, esbarrando nela.

- Preciso ir.

Levantei rapidamente, pegando algumas frutas na mão e saindo atrás do amontoado grupo de alunos que saíam na direção do campo.

Observei Malfoy conversar com uma garota, que se divertia. Eu poderia subir as escadas das arquibancadas ou simplesmente ficar ali me torturando, mas fui interrompido.

- Oi, Potter. Você poderia me ajudar com Transfiguração?

Minha boca abriu pronta para responder a garota de feição amorosa, mas a pessoa atrás dela não deixaria barato.

- Querida, eu acho que Potter não gostaria de sair com alguém que se veste tão pobremente igual você. Com toda a licença.

Pansy Parkinson puxou minha mão. Os cabelos lisos e longos saltitando conforme seus passos. Me levou até o canto de uma das escadas e me olhou perdidamente.

- Você está louco, Potter?

- Ela só queria uma ajuda...

- Ela queria uma ajuda com outra coisa, certamente não com os livros. Você deveria ter mais consideração com Draco, ele realmente não te merece.

- Ele estava falando com uma garota!

Ela revirou os olhos retirando uma maçã super avermelhada de minhas mãos e deixando em sua mão.

- Óbvio que ele estava falando, ele precisa de alguém para distrair os outros quando vocês forem comemorar a vitória do jogo, querido.

Ela mordeu a maçã e passou a subir as escadas com um desespero inútil, apenas saltitando com cuidado, mantendo a postura.

-////

Ron saiu correndo na minha direção quando me viu sentar nas arquibancadas, com Hermione vindo atrás.

Eu pedi para sentar do lado da Sonserina, e meu melhor amigo não deu chilique como eu achei que iria dar, apenas assentiu.

- Esse lugar é realmente bom.

Mione estava lendo um livro de alguma matéria enquanto o jogo estava começando. Era realmente torturante assistir aquilo e não estar jogando.

Draco Malfoy tinha entrado em ação, ele era realmente bom. A vassoura que seu pai tinha comprado era realmente boa nos comandos.

O cabelo voava com o ar que batia contra seu corpo. Eu alavanquei o corpo quando detectei o pequeno objeto em vulto Dourado com pequenas asinhas brancas.

O garoto pareceu ver minha ação e girou a cabeça procurando o Pomo, jogando a vassoura para a direção enquanto segurava firme no cabo e era levado na direção.

O apanhador da Corvinal também tinha avistado, e virou na direção, de ponta cabeça.

- Olhe, Harry!

Observei a direção que o dedo indicador de Ron estava apontando e quis gritar quando vi um dos balanços ir na direção do menino loiro.

Zabini também participava do time, como artilheiro. Ele tinha acertado algumas goles no arcos, já deixando a Sonserina adequada para ganhar o jogo se pegasse o Pomo.

Todos os jogadores estavam dependendo de Malfoy, eu sentia sua pressão. Ainda mais quando a bolinha passou por cima de seu corpo e seus dedos fecharam ao redor.

Seu corpo caiu da vassoura mas ele não soltava a bolinha. Ele tentava fazer algum feitiço para não cair no chão, ele iria se machucar feio.

Foi questão de segundos para eu disfarçadamente puxar a varinha até a altura de minha manga da capa e fazer um feitiço de proteção, como uma rede e ele não cair de costas.

 O time inteiro começou a comemorar e a arquibancada tremia com as pessoas correndo para o campo. Deixei meu corpo cair de volta no lugar, respirando fundo e suspirando aliviado.

Need Help With Detention [Drarry / PT Version]Onde histórias criam vida. Descubra agora