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IMPORTANTE: Desculpem, mas, POR AGORA, vou passar a publicar dia sim, dia não. Espero que não deixem de acompanhar a história por causa disso :( Love you all 


Eu: Harry, nem sei que te diga- disse ainda surpreendida


Harry sorriu orgulhoso de si mesmo e segurou na minha mão enquanto estávamos dentro do táxi, a caminho do hotel. Já tinha estado em França, há alguns anos com a minha família e sempre foi uma das cidades que mais gostei de visitar, principalmente no inverno. As cores que esta estação tem a oferecer torna a cidade ainda mais bonita.

Fomos levados até um bairro chamado Le Marais, que pelo que o taxista nos explicou era um dos bairros mais modernos e conhecidos de Paris. Ao contrário do que eu achava, a morada que Harry deu não era de um hotel, mas sim de uma livraria. Será que ele ia fazer uma paragem para comprar algo específico?


Harry: Chegámos! - disse entusiasmado mal o táxi parou

Eu: Não íamos deixar as coisas no hotel primeiro? - perguntei confusa

Harry: Este é o nosso hotel, ou melhor, apartamento! - disse apontando para a livraria

Eu: Harry, deves precisar de óculos, isto é uma livraria

Harry: Parece, não parece? - perguntou sorrindo- Este edifício é um apartamento, mas com o conceito de livraria. A intenção é que seja diferente e torne a experiência dos clientes mais acolhedora e única

Eu: Como é que se chama este hotel? - perguntei curiosa

Harry: Hotel Marais Paris Boutik La Librairie


Mal tocámos à campainha, fomos recebidos por um senhor chamado Nicolas e a sua esposa Christine que nos levaram numa pequena tour pelo apartamento e nos explicaram como cada coisa funcionava. Referiram ainda que o apartamento tinha um sistema de alarme em que se as portas ficassem muito tempo abertas, os donos receberiam um aviso e iriam de imediato ver se algo estava errado.

Mal entrámos, estávamos na sala-quarto. Era um espaço bastante amplo, em que do lado mais próximo da rua ficava uma enorme janela, tapada com cortinados brancos bastante grossos, para não deixar que quem passasse na rua conseguisse ver o que se passava no interior da casa.

A cama tinha o tamanho ideal para nós os dois e parecia ser maravilhosa. Esta estava encostada numa estante preta enorme cheia de livros dos mais variados géneros. Escondida discretamente junto da mesma, estava uma outra cortina para fazer a separação entre o quarto e a sala. Na parede oposta, havia alguns quadros decorativos.

Na parte que constituía a sala, havia um sofá de dois lugares, uma mesa de centro, mais uma estante cheia de livros de alto a baixo e alguns quadros decorativos pendurados numa da parede. Havia ainda uma televisão pendurada na parede que ficava de frente para o sofá.

Escondido por duas pequenas estantes, que se moviam utilizando um botão numa das laterais, havia duas portas. A primeira dava acesso a uma cozinha pequena, mas acolhedora, com tudo aquilo que poderíamos precisar para os dias em que ficaríamos ali.

E a porta restante, levava-nos à casa de banho que apesar de também ser pequena, era bastante moderna e acolhedora. O que mais me cativou naquela divisão, foi a ideia de poder relaxar na banheira enquanto lia um dos muitos livros daquele apartamento.

Conseguia, definitivamente, imaginar-me a viver naquele apartamento para o resto da vida. Aliás, sempre que era mais nova e imaginava a minha casa, era bastante parecida com aquela, em que as paredes de todas as divisões estavam cobertas por livros.


Nicolas: Maior parte dos livros que encontram nas estantes foram deixados por pessoas que também alugaram este espaço, portanto pode dizer-se que há um pouco do mundo aqui- disse em tom de curiosidade

Eu: Podemos deixar um livro nosso também? - perguntei super feliz por contribuir para aquele espaço, apesar de apenas ter trazido um livro comigo

Christine: Claro, e se quiserem, podem levar outro para lerem- ofereceu- Se um dia voltarem podem sempre trazer o livro que levaram e trocar por outro


A ideia agradou-me bastante e, com certeza, fazia intenções de voltar aquele apartamento, então não via qualquer problema em deixar ali algo de mim, para partilhar um pouco de mim. Christine e Nicolas acabaram por se ir embora, logo depois de se assegurarem de que estava tudo em ordem e eu e Harry fomos deixados sozinhos naquele apartamento maravilhoso.


Eu: Queres descansar um pouco? - perguntei depois de uns minutos em silêncio

Harry: Que tal irmos tomar o pequeno almoço à Place de la République? Fica apenas a 10 minutos daqui- sugeriu- É que depois de almoço tenho uma reunião de trabalho


Fiquei um pouco triste por saber que mal tínhamos chegado e Harry não tardava nada teria que trabalhar, mas a verdade é que aquela viagem tinha esse mesmo propósito, eu ter vindo com ele era só um bónus para ambos.


Eu: Vamos então! - disse entusiasmada- Podemos ver os arredores e voltamos a tempo de fazer o almoço, para depois poderes ir trabalhar

Harry: Lamento ter de deixar-te aqui sozinha durante toda a tarde

Eu: Não tem problema, eu sabia o que vinhas cá fazer- disse calmamente

Harry: Prometo que a reunião vai ser rápida e que depois teremos o resto do tempo todo para estarmos juntos e para ver a cidade


Não sabia o que lhe dizer pois Harry parecia que estava a tentar tranquilizar-se a ele mesmo. Por muito que não me agradasse a ideia de ficar sozinha, sabia que eram apenas umas horas e que depois disso, provavelmente, iríamos passar o tempo todo a passear e a desfrutar da nossa viagem, então não estava realmente preocupada que ele tivesse de estar ocupado por umas horas.

Saímos do apartamento e fomos até à praça que Harry tinha sugerido e, que neste caso, era uma das principais em Paris. Escolhemos uma pastelaria que tinha fabrico próprio e tomámos rapidamente o pequeno almoço, pois estavam tantas pessoas a conversar dentro do mesmo espaço, que o barulho tornava a experiência um pouco desagradável.


Harry: Queres fazer uma tour num daqueles autocarros panorâmicos? - sugeriu ao ver o terminal dos mesmos

Eu: Que tal deixarmos isso para amanhã que temos mais tempo? Vamos dar um passeio por aqui a pé, para não irmos muito longe e aproveitamos e vemos as lojas e tudo mais


Harry concordou comigo, ainda que não parecesse muito feliz, e acabámos por caminhar, observando monumentos como Statue de la République. De tudo o que vi, o que mais gostei foi Musée des Arts et Métiers que, apesar de parecer pequeno por fora, na verdade, por dentro era bastante grande e tinha uma grande coleção de instrumentos; o canal Saint-Martin, por onde combinámos passear no dia seguinte, e, por fim, o Théâtre Le République. Acabámos por comprar bilhetes para um espetáculo aleatório hoje à noite.


Harry: Queres comer num restaurante? - perguntou à medida que fazíamos o caminho de volta até ao apartamento

Eu: Já não deves ter muito tempo, se for para comermos em casa, ainda teríamos de ir às compras e cozinhar- disse reparando nas horas no meu telemóvel

Harry: Comemos por aqui então- disse olhando para os restaurantes por que passávamos


Acabámos por entrar num restaurante chamado Le Café Pierre que servia Pavé Rumsteak Avec Sauce Poivre, basicamente é um pedaço de carne com molho de pimenta, e que pelos vistos era típico do país. Já não tínhamos muito tempo, então estava a rezar para que o serviço de mesa fosse rápido


Deixei o link para verem as fotos de apartamento no link externo do capítulo :)
Espero que estejam a gostar da história, vai haver mais ação bastante em breve.

P.s: Nunca fui a Paris, então desculpem se algo estiver errado

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