Terceiro capítulo

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Ninguém mais do que Thomas Shelby sabia o que era o ato de sobrevivência, de persistência em continuar vivo. Os maus momentos da guerra aumentaram sua notoriedade. Enquanto sua sanidade era testada pós-guerra, sua ambição tornou-se mais obstinada em sua volta da França.

O membro da Shelby Company Limited não se contentou apenas em ter suas ações registradas,  legalizadas. Sentiu a necessidade de expandir. As corridas de cavalo eram apenas uma pequena parte de suas jogatinas. Apostas, corridas, exportação e importação de mercadoria, uma organização criminosa era somente o início. Ele queria mais, sempre mais. Não satisfeito, continuou sua afoita em um território diferente de Birmingham, foi além.

Thomas já contava que seu capital aumentasse, precisava deixar seu dinheiro seguro. Juntou o útil ao agradável, comprou terrenos e casas das quais deixou grande parte em nome dos irmãos e  dos sobrinhos. Algo que ninguém podia contestar era o significado que a família tinha para ele. Mas ainda assim o dinheiro era abastoso e não lhe compensava deixá-lo escondido em galpões presos em cofres que podiam ser facilmente arrombados. Foi aí que decidiu negociar com o Sr. Moore, o banqueiro da cidade Londrina.

Sr.Shelby fazia tudo milimetricamente calculado, precisava que seu dinheiro estivesse seguro, e essa negociação com o banqueiro era como uma aliança conveniente para todos os envolvidos - além de ter de volta a chance de ficar a sós novamente com a senhorita Emma, Emma Moore.

Eles se conheceram no Pub. Dia de música livre, ela contratada para tocar à noite. A moça não tinha a intenção de ter sua identidade descoberta naquela noite, preferia apenas que ele a tratasse como uma igual naquele salão, e não como sendo filha do banqueiro de Londres. Mas ela era tudo, menos igual a todos, e pouco lhe interessava se ela era filha de um homem poderoso. O que ela até certo momento não sabia era que o líder da gangue dos Peaky Blinders tinha acesso para buscar seu histórico.

Emma junto a Thomas manifestou ser uma mulher de desejos e anseios. E ele gostava de ser o primeiro em sua vida a instigar suas vontades. Era libertador o prazer mútuo quando estavam a sós, e ele mal esperava para tê-la novamente em seus braços.

- No que está pensando? - perguntou John liberando a fumaça do cigarro de seus pulmões. Os dois estavam na sala diante a lareira; o fogo aquecia os homens que poucos minutos antes se encontravam na chuva a céu aberto na noite escura.

Thomas sorriu, sentindo a sensação que a nicotina percorria seu corpo enquanto tragava seu cigarro da melhor qualidade. A nicotina não era tão mais viciante que o corpo de sua garota, ela era o motivo que lhe roubava seus pensamentos.

John, ao perceber que não obteria resposta do irmão, desejou-lhe boa noite, e tomou o resto do whisky que Thomas deixara em cima da mesa de apoio e foi para o quarto ao encontro da esposa. E Thomas, entregou-se às  lembranças das noites frias que se tornavam quentes quando estava junto da sua mulher.

(Trouxe a versão do Thommy, estou tentando deixar o mais fiel ao personagem. Lembrando que não sou profissional.)
(Obrigada por lerem❤️)

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