Décimo oitavo capítulo

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(Presente)
- Sinceramente, você fica bela em todos eles... - Diz Nancy ao tocar o tecido de cetim. - Minha opinião de nada vale, não consigo decidir.

- Sua opinião é de grande valia para mim. E não estou com ânimo para festividades, sua companhia torna esse evento agradável - disse Emma sorrindo para a amiga se analisando em frente ao espelho da butique de roupas. - Prove algum, por favor. Não me sinto confortável sendo a única a me deleitar em meio a tantas opções de vestidos.

Nancy não resistiu à oferta, provou quatro vestidos e sorria esperançosa. Sabia que não podia pagar por eles, mas se sentia feliz pela oportunidade de experimentá-los. Fazia tempo que não se sentia bonita, Emma resgatou o que havia se perdido há tempos em Nancy. Sua confiança, autoestima, empoderamento e principalmente o sentimento de mérito. Além de uma amizade sincera e verdadeira.

- Nancy, está linda! Salmon definitivamente é a sua cor - Emma fez questão de fazer a amiga dar uma volta para visualizar o caimento por inteiro.

A vendedora disposta estava orientada a tratar bem as duas moças a sua frente, afinal, se tratava da filha do banqueiro local. A jovem se dispôs a comentários incentivadores, Nancy não se sentiu confortável, diferentemente de Emma que sabia disfarçar o incômodo.

- Não posso levá-lo, infelizmente não cabe nos meus orçamentos.

- Por favor, vou querer levar este vestido que a minha amiga veste. E de cetim verde, obrigada. - A vendedora não pensou duas vezes em embalar os vestidos.

- Emma, não posso aceitar!

- Uma vez, um amigo me disse a seguinte frase: "A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material.O maior prazer está na contemplação". Certamente Leonardo da Vinci tinha razão. O vestido é apenas uma parte, você fica atraente e merece ser contemplada.


***

(Flashback)
- Por que escolheu datilografia como curso, Emma?

O som do sino alertava o fim da aula, mas não significava o fim dos assuntos instigantes entre Emma e o professor Jonathan Campbell.
Alguns alunos deixavam suas classes apressados enquanto Emma era acompanhada pelo professor no vasto campo do instituto.

- Minha mãe era uma talentosa contadora de histórias, veio a falecer quando eu tinha apenas oito anos de idade. Para ter uma lembrança sólida dela, optei por escrever suas histórias. Assim poderia ter uma parte dela com a qual eu pudesse matar a saudade. Meu pai notou meu interesse pela escrita e viu nisso uma oportunidade para ingressar nos negócios da família com a datilografia.

O professor era um bom ouvinte, apreciava a honestidade nas palavras de Emma. Ela era encantadora em toda a sua singularidade. Não deveria nutrir sentimentos pela sua pupila, mas era inevitável não se sentir atraído pela inteligência e sensibilidade da moça.

- E qual é o seu desejo? Vincular-se aos negócios da família ou mostrar seu talento para o mundo?

- Vou desapontar meu pai, provavelmente... - disse, e os dois riram juntos.

- "A mais nobre paixão humana é aquela que ama a imagem da beleza em vez da realidade material, toda arte bela deve ser contemplada". Como Leonardo da Vinci termina "O maior prazer está na contemplação". Vejo beleza nos seus contos e eles merecem ser contemplados pelo mundo.

- Meu pai não é um grande apreciador de obras literárias... - disse Emma com um sorriso contido.

- Perdoe-me a palavra, mas quem não é capaz de admirar sua epopeia não passa de um tolo.

(Enfim, minha volta! Eu trouxe um capítulo dedicado a amizade e companheirismo. Espero que tenham gostado. Um grande beijo e obrigada por tudo pessoal.)

(Próximo capítulo será dedicado ao Thommy. Não esqueçam do voto e comentários, me ajuda muitooo❤️)

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