Quinto capítulo

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Thomas Shelby levantou-se cedo aquele dia, estava com um sorriso esplêndido. Enquanto colocava suas abotoaduras, dispensou Lizzie que estava nua em sua cama.

- Nos veremos novamente? - perguntou Lizzie Stark levantando-se da cama bagunçada. Não obteve resposta. Para Thomas o silêncio era esclarecedor. Ele sempre deixou claro suas intenções com a garota desde a noite em que a contratou como secretária. Desde que se reencontrou com Emma pelo corredor na mansão dos Moore a libido se fez dolorosa e presente. Não era mais um garoto para se aliviar entre as mãos, e Stark estava disponível.

***/***

- Vamos, John. - bateu na porta de John e Esme. Pensou nos sobrinhos, no quão infeliz devia ser ouvir a atividade que o pai e madrasta realizavam dentro do quarto. Riu com o próprio pensamento.

- Não acho coerente essa mudança do bastardo argentário. O que está tramando Thommy? - pergunta John colocando as calças e seguindo o irmão até o carro.

- Deixe comigo, certo? - o líder dos Peaky Blinders respondeu enquanto dirigia até o escritório.

Acompanhava a contabilidade junto a John. Arthur estava servindo um copo de whisky a todos para brindar mais uma aposta ganha.

- Conheço esse seu olhar, não minta para mim que sua viagem foi apenas a negócios, Thomas. Está cercando a garota para a encurralar. Homens, pensam com o pinto. - disse Polly bebendo o líquido do seu copo e de Thomas.

Mais tarde, no mesmo dia, o Sr. Moore foi pessoalmente conhecer os cadastros, fichários, cadernos contábeis da empresa dos Shelby. Era uma boa quantia, e no bando seria vantajoso para o giro bancário.

Thomas não deu detalhes de seus negócios, limitou apenas o que era deveras importante o homem saber. Seu cadastro estava feito e sua conta aprovada.

- Fez boa viagem? - perguntou Thommy ao acompanhar o Sr.Moore com uma bebida.

- Confesso que o trem não é um dos meus transportes favoritos. Porém, mais veloz. Sou um homem ocupado, Sr.Shelby, e para ser sincero não aguentaria escutar minha esposa reclamar do balanço do barco - disse rindo, enquanto Thommy girava sua bebida no copo transparente.

Thomas não deu mais abertura ao homem idoso a sua frente, mas isso não impediu a curiosidade do mesmo em perguntar sobre seus negócios. Todos de Birmingham sabiam o quão obscuros eram os Shelby.

- Não somos amigos, somos sócios de transações. Está ganhando bem para cuidar do meu dinheiro - disse Thomas.

Não demorou muito para ficar novamente sozinho, sala vazia e suspiros cansados. O dia estava no fim e ainda assim tinha o compromisso de ver a mercadoria recebida. O caminho até os galpões foi silencioso. Ajoelhou-se diante dos grandes baús e abriu um para conferir. Cocaína da pura e whisky nobre.


(Estou acompanhando os comentários de vcs e eles são motivos de muita alegria. Continuo postando nas quartas-feiras e sextas-feiras. Um beijão.. e dedico boa parte da história a minha modelo de inspiração, minha Prima❤️)

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